Sinvastatina
Ações terapêuticas.
Hipocolesterolemiante.
Propriedades.
É uma droga obtida sinteticamente pela fermentação do Aspergillus terreus; como a lactona inativa, depois de sua ingestão hidroliza-se a beta-hidroxiácido. Seu principal metabólito é inibidor da enzima que catalisa a biossíntese do colesterol em suas primeiras fases. Une-se às proteínas plasmáticas em 94%. A biodisponibilidade do fármaco ativo é baixa, dado que sofre uma extensa captação hepática. Reduz o colesterol total no plasma, a concentração de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL). Não só atua sobre o colesterol inibindo sua síntese, como também aumentando a captação do LDL-colesterol no fígado. É muito eficaz na redução do colesterol total e LDL-colesterol na hipercolesterolemia familiar e não familiar, como na hiperlipidemia mista, quando o nível de colesterol indicar tratamento. Obtém-se, geralmente, uma resposta marcada ao tratamento na 2ª semana, com resposta terapêutica máxima entre a 4ª e 6ª semanas, mantendo-se durante todo o tratamento. Em pacientes com hipercolesterolemia grave, pode-se usar sinvastatina associada com outros hipocolesterolemiantes.
Indicações.
Hipercolesterolemias com aumento do colesterol total e do LDL-colesterol; hipercolesterolemias primárias, quando a resposta à dieta e outras medidas isoladas é inadequada.
Posologia.
O paciente deverá ser submetido a uma dieta hipocolesterolemiante antes e durante o tratamento. A dose inicial usual é de 10 mg/dia, em dose única à noite. A dose deve ser diminuída se os níveis de LDL-colesterol forem reduzidos abaixo de 2 mmol/L. Como não é excretado por via renal, não é necessário modificar a dose em pacientes com insuficiência renal.
Reações adversas.
Dor de cabeça, constipação e flatulência (1%): náuseas, dispepsia, cãibras gastrintestinais; diarreia e fadiga (0,5 a 0,9%). Raramente tem-se notificado aumento marcado das transaminases séricas. Ocasionalmente, observou-se aumento da creatinafosfoquinase sérica (CPK) derivada do músculo esquelético.
Precauções.
Antes de iniciar o tratamento, recomenda-se efetuar exame da função hepática e repeti-lo a cada 4 ou 6 meses durante os primeiros 12 meses do tratamento. Se o nível de transaminases for aumentado em 3 vezes seu limite máximo e este persistir, a terapêutica deve ser abandonada. O aumento transitório dos níveis de creatinafosfoquinase (do musculoesquelético) manifesta-se com mialgias difusas e flacidez muscular. Nestes casos, deve-se suspender o tratamento. Não deve ser utilizado em crianças; em idosos, a dose deverá ser remanejada como nos adultos jovens. Na hipercolesterolemia familiar homozigótica (ausência completa de receptores para LDL), não foi observado benefício clínico com sinvastatina. Pode ser administrado a mulheres em idade fértil, mas, no caso de engravidarem, o tratamento deverá ser suspenso.
Interações.
Aumenta levemente as concentrações de digoxina no plasma; melhora ligeiramente o efeito anticoagulante da varfarina. Não altera a ação do propranolol nem da fenazona, bem como de betabloqueadores, bloqueadores cálcicos, diuréticos e anti-inflamatórios não esteroides.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à droga. Doença hepática ativa ou elevação persistente das transaminases séricas. Gravidez. Lactação.