Tiamina

Ações terapêuticas.

Suplemento nutricional.

Propriedades.

A tiamina combina-se com trifosfato de adenosina (ATP) e forma uma coenzima, o pirofosfato de tiamina, necessária ao metabolismo dos carboidratos. As vitaminas B absorvem-se facilmente no trato gastrintestinal, com exceção dos sintomas de má absorção. A maior parte da tiamina é absorvida no duodeno. O álcool inibe a absorção da tiamina. A absorção total máxima por dia da tiamina oral é de 5 a 15 mg. Metaboliza-se no fígado e se elimina por via renal (quase completamente como metabólitos). As quantidades superiores às necessidades diárias excretam-se pela urina como produto inalterado e metabólitos.

Indicações.

Estados de carência de tiamina como resultado de nutrição inadequada ou de má absorção intestinal. A deficiência de tiamina pode dar lugar ao beribéri ou encefalopatia de Wernicke. A necessidade de todas as vitaminas é maior durante a gravidez e a lactação.

Posologia.

Adultos - beribéri: 5 a 10 mg 3 vezes ao dia (em preparado polivitamínico); tratamento da deficiência: 5 a 10mg 3 vezes ao dia até obter melhora. Doses pediátricas - beribéri, lactantes: 10 mg/dia; tratamento da deficiência: 10 a 50mg/dia em várias doses; suplemento dietético - lactantes: 0,3 a 0,5 mg/dia; crianças: 0,5 a 1 mg/dia. Ampolas - beribéri: adultos IM ou IV lento, 5 a 100 mg 3 vezes ao dia, seguidos de administração oral; doses pediátricas - suplemento nutricional (beribéri): IM ou IV lento, 10 a 25 mg.

Reações adversas.

São de incidência muito rara: erupções cutâneas, prurido ou sibilância (por reação anafilática).

Precauções.

Não sendo frequentes as deficiências de uma só vitamina B, normalmente administram-se associações. As melhores fontes dietéticas de tiamina são os cereais e as carnes (especialmente a carne suína). A administração parenteral é indicada somente quando a oral é inaceitável (devido a enjoos ou vômitos). Não usar as vitaminas como substituto de uma dieta balanceada. Não se recomendam as megadoses.

Contraindicações.

A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de encefalopatia de Wernicke. Isso porque a carga de glicose intravenosa pode precipitar ou agravar esta patologia em pacientes com deficiência de tiamina; esta deve ser administrada antes da glicose.

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