Telmisartana

Ações terapêuticas.

Anti-hipertensivo.

Propriedades.

É uma antagonista específico e seletivo dos receptores de angiotensina II (AT II), similar ao losartana, irbesartana e valsartana, sem afinidade por outros tipos de receptores. Não inibe a renina plasmática nem a enzima conversora de angiotensina, e nem bloqueia os canais iônicos. Sua absorção gastrintestinal é rápida e sofre discretamente o efeito da presença de alimentos. Seu efeito anti-hipertensivo é mantido por cerca de 24 horas, sendo que a resposta terapêutica máxima é obsevada após 4 semanas do início do tratamento. A telmisartana é metabolizada no fígado por conjugação com ácido glicurônico, dando origem e um derivado desprovido de atividade farmacológica. A maior parte do fármaco é eliminada pela bile; assim, os pacientes com patologias obstrutivas biliares ou insuficiência hepática grave podem apresentar diminuição da sua eliminação.

Indicações.

Hipertensão arterial de diferentes graus.

Posologia.

Por via oral, 80 mg uma vez ao dia.

Superdosagem.

Os dados disponíveis com relação a superdose são limitados; não obstante, sabe-se que há a possibilidade de ocorrer hipotensão arterial, a qual deve ser corrigida com tratamento sintomático.

Reações adversas.

Celafeia, enjoos, fadiga, sinusite, tosse, náuseas e edema periférico. Além disso, mais raramente observou-se diarreia, congestão rinossinusal, dispepsia, mialgia, dor precordial, infecção do trato urinário, faringite e dores abdominais. Excepcionalmente podem apresentar-se insônia, artralgias, ansiedade, palpitação, cãibras e exantemas cutâneos.

Precauções.

Administrar com precaução em pacientes com estenose bilateral da artéria renal, estenose da artéria do rim funcionante único ou naqueles que são tratados com fármacos que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, pois haverá risco aumentado de hipotensão arterial e insuficiência renal. Recomenda-se efetuar controles periódicos dos níveis plasmáticos de potássio e creatinina quando a telmisartana é administrada a pacientes com insuficiência renal. Em função da possibilidade de ocorrência de hipotensão arterial, as seguintes alterações devem ser tratadas antes de iniciar o tratamento com este fármaco: diminuição do volume plasmático ou da natremia devidas a tratamento diurético intensivo, restrição de sal, diarreia ou vômitos. Não existem dados sobre a segurança e a eficácia do telmisartam em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. Não se recomenda sua administração em pacientes com hiperaldosteronismo. Administrar com precauções a pacientes com estenose da válvula aórtica ou mitral, ou cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica. Não é necessário modificar a dose em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada. É aconselhável controlar os níveis de potássio nos pacientes com risco de apresentar hipopotassemia. A telmisartana deve ser administrado com precaução em pacientes com patologias obstrutivas biliares ou insuficiência hepática grave e em casos de vômitos ou diarreias, epigastralgia, transtornos cardíacos ou hiperaldosteronismo. Como ocorre com qualquer outro fármaco anti-hipertensivo, a diminuição excessiva da pressão arterial em pacientes com cardiopatia isquêmica pode acarretar infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Durante o segundo e o terceiro trimestres da gravidez, os fármacos que atuam diretamente sobre o sistema renina-angiotensina podem provocar lesões e inclusive a morte do feto em desenvolvimento.

Interações.

O tratamento simultâneo com outros fármacos que atuam sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona foi associado com hipotensão aguda, hiperazotemia, oligúria e, raramente, insuficiência renal. O uso simultâneo de telmisartana com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal comum à base de potássio ou outros produtos medicinais pode produzir hiperpotassemia (heparina). Do mesmo modo, em caso de co-administração com lítio, recomenda-se controlar os níveis sanguíneos de lítio.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez. Amamentação. Insuficiência hepática ou renal severas.