Somatropina
Ações terapêuticas.
Estimulação do crescimento.
Propriedades.
A somatropina de origem hipofisária é obtida do lóbulo anterior da hipófise humana; a somatropina recombinante sintética é produzida por recombinação do DNA e é estruturalmente idêntica à de origem hipofisária. A maioria de suas ações está mediada pelas somatomedinas, um grupo de hormônios sintetizados no fígado e em outros tecidos na resposta ao estímulo do hormônio de crescimento. Aumenta o número e o tamanho das células musculares, aumenta a massa de eritrócitos por estímulo da epoetina e afeta as áreas cartilaginosas de crescimento dos ossos longos. Influi no metabolismo dos hidratos de carbono antagonizando a ação da insulina e, possivelmente, afeta o transporte de glicose. Influi no metabolismo das gorduras, dos minerais (por retenção de fósforo e potássio) e das proteínas (aumenta a retenção de nitrogênio, que origina uma síntese protéica celular maior). Metaboliza-se no fígado (90%). Sua meia-vida é de 20 a 30 minutos, mas os efeitos são duradouros.
Indicações.
Falta de crescimento nas crianças por deficiência de somatropina.
Posologia.
De origem hipofisária e recombinante <196> IM ou subcutânea: 0,05 a 0,1 UI/kg em dias alternados, 3 vezes por semana, com um mínimo de 48 horas entre doses. Se o índice de crescimento não exceder 2,5 cm/6 meses, deve-se comprovar se o paciente apresenta anticorpos neutralizantes ou algum outro problema médico (hipotireoidismo).
Reações adversas.
Podem ser formados anticorpos em 30% a 40% dos pacientes diante de somatropina de origem hipofisária, nos primeiros 3 a 6 meses de tratamento, mas somente em raras ocasiões afetam a resposta a este. Raramente são descritas dor ou tumefação no local da injeção. O uso prolongado de doses excessivas em pacientes que não apresentam deficiência do hormônio de crescimento pode originar vestígios acromegálicos, diabetes mellitus, arteriosclerose e hipertensão.
Precauções.
A dose e pauta de administração devem ser individualizadas para cada paciente. O tratamento com somatropina só deve ser continuado se o paciente responder a ele.
Interações.
Os corticoides e a ACTH podem produzir inibição da resposta de crescimento induzido pela somatropina. Os esteroides anabólicos, andrógenos, estrogênios ou hormônios tireóideos, usados simultaneamente, podem acelerar a maturação epifisária.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de diabetes mellitus, hipotireoidismo não tratado e processos malignos, principalmente os tumores intracranianos.