Dabrafenibe

Ações terapêuticas.

Antineoplásico.

Propriedades.

O dabrafenibe é um inibidor de quinases RAF. As mutações oncogênicas no BRAF têm sido identificadas frequentemente em tipos específicos de câncer, sendo 50% melanomas. A mutação observada com maior frequência é a V600E, que representa cerca de 90% das mutações BRAF observadas nos melanomas. O fármaco é absorvido por via digestiva e é administrado por via oral, sendo sua biodisponibilidade da ordem de 95%. Apresenta elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (99,7%). Seu metabolismo é mediado pelo CYP2C8 e CYP3A4, e sua meia-vida é de 10 h. Seus produtos de degradação são eliminados principalmente pelas fezes (71%), e apenas cerca de 23% pela urina.

Indicações.

Melanoma não operável ou metastático com mutação BRAF V600, na forma de monoterapia ou em associação com trametinibe.

Posologia.

Por via oral, 150 mg 2 vezes ao dia à mesma hora (1 hora antes ou 2 horas após as refeições).

Reações adversas.

As reações adversas observadas mais frequentemente foram: pirexia, náuseas, fadiga, cefaleia, artralgias, alopecia, vômitos, erupções cutâneas, hiperqueratose.

Interações.

Se deve evitar a coadministração com "indutores potentes" das enzimas metabólicas CYP2C8 e CYP3A4 (rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital, erva de São João (Hypericum perforatum) e também com os "inibidores potentes" (cetoconazol, claritromicina, itraconazol, genfibrozila, nefazodona, ritonavir, saquinavir). A biodisponibilidade da varfarina e da digoxina também é afetada. O dabrafenibe é um indutor enzimático que aumenta a síntese de enzimas que metabolizam fármacos entre os quais incluem-se CYP3A4, CYP2Cs e CYP2B6.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao princípio ativo. Gravidez. Amamentação.

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