Crizotinibe
Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
Trata-se de um agente inibidor do receptor tirosina-quinase incluindo ALK; fator de crescimento de hepatócitos (HGFR - c-Met) e receptor d'origine Nantais (RON) que atua de forma dose-dependente, inibindo a fosforilação em ALK e c-Met em linhagens celulares e demostrando atividade antitumoral. É administrado por via oral, conseguindo boa distribuição e biodisponibilidade (43%), com um pico máximo (Cmáx) entre 4 e 6 horas. Exibe elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (91%) e sofre biotransformação metabólica pelo CYP3A4/5. Possui uma meia-vida prolongada (42 horas) e é eliminado por vias fecal (63%) e urinária (22%).
Indicações.
Câncer de pulmão de células não pequenas (non-small-cell lung cancer, NSCLC) com invasão local e metástases.
Posologia.
Por via oral, 250 mg 2 vezes ao dia com ou sem as refeições. Caso necessário (por ex., por intolerância), a dose pode ser reduzida a 250 mg uma vez ao dia.
Reações adversas.
As reações que foram registradas com maior frequência ( > 25%) foram diarreia, vômitos, neutropenia, constipação, transtornos visuais, edemas, enjoos, cefaleias, diminuição do apetite, elevação da bilirrubina e das enzimas hepáticas.
Precauções.
Deverá realizar-se o monitoramento periódico das funções hepáticas, controlando também a função hematológica. Deverá avaliar-se também o sistema pulmonar, dado que o fármaco pode produzir pneumonite. O período QT deve ser controlado, pois em alguns pacientes observou-se prolongamento deste parâmetro.
Interações.
Os fármacos inibidores do CYP3A (cetoconazol, claritromicina, ritonavir, saquinavir, itraconazol, nefazodona) podem aumentar as concentrações do antineoplásico. Por outro lado, os indutores (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina) podem causar redução das mesmas.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco.