Colchicina
Ações terapêuticas.
Antigotoso.
Propriedades.
A colchicina não influi na excreção renal do ácido úrico nem sobre sua concentração sérica. Por sua capacidade de se unir às proteínas microtubulares (tubulina), interfere com os fusos mitóticos para produzir a despolimerização e desaparição dos microtúbulos fibrais nos granulócitos e outras células móveis. A ação da colchicina, portanto, é a inibição da migração de granulócitos para a área inflamada. Isso reduz a liberação de ácido láctico e de enzimas pró-inflamatórias que ocorre durante a fagocitose. Os neufrófilos expostos aos cristais de urato os ingerem e produzem uma glicoproteína. A colchicina parece prevenir a elaboração leucocitária desta glicoproteína que causa a dor e a inflamação. A colchicina é absorvida com rapidez e o pico plasmático de concentração aparece entre a primeira meia hora e 2 horas após. Grandes quantidades da droga e seus metabólitos entram no trato gastrintestinal, na bile e secreção intestinais. A droga pode ser detectada nos leucócitos e na urina até 9 dias após a administração intravenosa.
Indicações.
Tratamento e prevenção do ataque agudo de gota.
Posologia.
Ataque agudo de gota
Reações adversas.
Os efeitos colaterais mais comuns refletem a ação da colchicina sobre as células jejunais, que proliferam com rapidez. Distúrbios gastrintestinais: náuseas, vômitos, cólicas e diarreia, que logo se torna aquosa, profusa e sanguinolenta. Manifestações cardiovasculares: choque por perda de líquidos e eletrólitos. Distúrbios renais: oligúria, hematúria. Manifestações nervosas: miopatia e neuropatias. Sanguíneos: leucopenia transitória que logo é substituída por leucocitose (aumento de basófilos), anemia aplástica. Outros: alopecia, azoospermia.
Precauções.
Insuficiência hepática e renal.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à droga. Gravidez.