Vorinostate

Ações terapêuticas.

Antineoplásico.

Propriedades.

Trata-se de um novo antineoplásico que atua inibindo a atividade enzimática das histona-desacetilases HDAC1, HDAC2 e HDAC3 (classe I) e a HDAC6 (classe II) nas células cancerosas, nas quais ocorre uma superexpressão de HDACs. A hipoacetilação das histonas pela transcrição aberrante de oncogenes está associada com a condensação da estrutura cromatínica e a repressão dos genes de transcrição. É por esta razão que a inibição da atividade de HDAC permite o acúmulo de grupos acetil, resultando em abertura da estrutura cromatínica e da ativação transcricional. O fármaco é administrado por via oral, apresenta taxa de ligação às proteínas plasmáticas de aproximadamente 71% e libera dois metabólitos inativos após sua biotransformação, que inclui glicuronidação e hidrólise, seguida de b-oxidação. Sua meia-vida é de 2 horas e sua eliminação predominante é por meio do metabolismo. Menos do que < 1% é recuperado na urina.

Indicações.

Linfoma cutâneo de células T (CTCL).

Posologia.

Recomendam-se 400 mg por via oral, uma vez ao dia, junto com a refeição. Em pacientes que apresentem intolerância ao fármaco a dose pode ser reduzida (300 mg ao dia) e o esquema posológico de segundas a sextas-feiras.

Reações adversas.

Relataram-se alterações gastrintestinais (diarreia, anorexia, vômitos, constipação), hematológicas (anemia, trombocitopenia), alterações no paladar, secura de boca, cansaço. Os efeitos adversos mais graves são o embolismo pulmonar e a trombose venosa profunda.

Precauções.

Deve-se proceder a um cuidadoso monitoramento clínico para detectar precocemente sintomatologia de embolismo pulmonar.

Interações.

Pode ocorrer prolongamento do tempo de protrombina em pacientes que estejam recebendo derivados cumarínicos anticoagulantes.

Contraindicações.

Não há contraindicações.