Vindesina
Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
Pertence aos alcaloides da vinca (vinca rósea) como a vimblastina e a vincristina. É um alcaloide sintético derivado da vimblastina que bloqueia a mitose, interrompendo a divisão celular na metafase pela ligação a uma proteína microtubular. A vindesina é pouco absorvida através do trato gastrintestinal; depois da administração endovenosa distribui-se rapidamente por todos os tecidos corporais. É metabolizada no fígado e excretada por via renal e biliar.
Indicações.
Leucemia linfoblástica aguda da infância resistente a outros fármacos, linfomas não-Hodgkin, crises blásticas da leucemia mieloide crônica e melanoma maligno refratário. Câncer de pulmão não de oat cels.
Posologia.
Adultos via endovenosa, inicial 3 mg/m2 de superfície corporal por semana seguidos de incrementos de 0,5 mg/m2 de superfície corporal por semana. Crianças: via endovenosa, inicial 4 mg/m2 de superfície corporal por semana. A aplicação endovenosa deve ser realizada em intervalos de 1 a 3 minutos.
Superdosagem.
Nos casos de superdose deve-se administrar ácido fólico.
Reações adversas.
Febre, calafrios, dor de garganta, artralgias, dor da parte inferior das costas, inchação dos pés, ulcerações na boca e nos lábios, dificuldade para andar, tonturas, visão dupla, ptose palpebral, cefaléia, depressão mental, dor de testículos, debilidade, alopecia, alterações renais, fezes negras, dor da mandíbula, dor dos dedos de mãos ou pés.
Precauções.
Seu emprego foi associado a um maior risco de surgimento de carcinomas secundários em seres humanos e teratogênese em animais e em seres humanos. O melfalano pode produzir supressão gonadal que provoca amenorréia ou azoospermia. Esses efeitos estão relacionados com a dose e a duração da terapia e podem ser irreversíveis. Recomenda-se evitar o uso de vindesina durante o primeiro trimestre de gravidez devido ao possível efeito teratogênico, mutagênico e carcinogênico deste fármaco; além disso, o feto pode padecer dos efeitos adversos observados no adulto. Recomenda-se não usar vindesina durante a lactação devido aos riscos para a criança (efeitos adversos, mutagenicidade, carcinogenicidade), mesmo se desconhecendo se o fármaco é excretado no leite materno. Os efeitos depressores de vindesina sobre a medula óssea podem dar lugar a uma maior incidência de infecção bacteriana, retardamento na cicatrização e hemorragia gengival.
Interações.
Alopurinol, colchicina, probenecida, sulfimpirazona, medicamentos que produzem discrasia sanguínea, depressores da medula óssea, radioterapia, vacinas com vírus vivos.
Contraindicações.
Granulocitopenia ou trombocitopenia grave. Infecções bacterianas graves: varíola existente ou recente, herpes-zóster. A relação risco-benefício deve ser avaliada em pacientes com gota, cálculos renais de urato, disfunção renal, infiltração de células tumorais na medula óssea.