Trametinibe
Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
O trametinibe é um inibidor alostérico reversível e seletivo do sinal extracelular ativado por mitógenos que regula a ativação e a atividade quinase das MEK1 e MEK2. Em melanoma e outros tipos de câncer esta via se ativa frequentemente por isoformas mutadas de BRAF que ativam a MEK, e o trametinibe inibe o crescimento de linhagens celulares de melanoma com mutação BRAF V600 e por sua vez a ativação da MEK por BRAF. A absorção é por via digestiva e tem uma biodisponibilidade de cerca de 72%, com uma elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (97,4%). O composto é metabolizado por desacetilação isoladamente ou com monooxigenação, ou ainda em combinação com vias de biostransformação por glicuronidação. Sua meia-vida é de 127 h. (5,3 dias).
Indicações.
Câncer de pele (melanoma) não operável ou metastásico. Pode ser empregado em monoterapia ou associado com dafrafenibe. Não há estudos sobre sua eficácia em melanoma ocular ou mucoso.
Posologia.
Por via oral, 2 mg 1 vez ao dia. Esta dosagem pode ser progressivamente reduzida a 1,5 mg e 1 mg, tomando sempre à mesma hora do dia, 1 hora antes ou 2 horas após uma refeição.
Reações adversas.
Tonturas, cansaço, dispneia, edemas, palpitações, atordoamento, hipertensão, epistaxe, sangramentos, mialgias, tosse, dispneia, vômitos, boca seca, queda de cabelo, visão turva.
Interações.
Em função de sua via de metabolização (desacetilação), é pouco provável que sua farmacocinética seja afetada por outros agentes. In vitro, comporta-se como substrato para transportadores como a P-gp. Como não se pode desconsiderar o fato de uma possível elevação dos níveis de trametinibe consequente a uma inibição hepática de P-gp, recomenda-se precaução quando haja administração concomitante de agentes que sejam inibidores potentes da P-gp (p.ex., verapamil, ciclosporina, ritonavir, quinidina, itraconazol).
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez e amamentação.