Timosina alfa

Sinônimos.

Timalfasina.

Ações terapêuticas.

Imunomodulador.

Propriedades.

A timosina alfa-1 (timalfasina) é um peptídeo sintético com atividade imunomoduladora. A timosina alfa-1 (timalfasina) é um peptídeo sintético de 28 aminoácidos, com um peso molecular de 3.108. Não se conhece completamente o mecanismo de ação da timosina no tratamento da hepatite crônica B e C. Produz a promoção de maturação das células T por parte de linfócitos sanguíneos periféricos estimulados por mitógenos; aumenta a produção de várias linfocinas como interferona<196>alfa, interferona-gama, interleucina 2 (IL-2) e interleucina 3 (IL-3) por parte das células T, posteriormente à ativação de antígeno ou mitógeno e aumenta os níveis de receptores de linfocinas nas células T. Também aumenta as reações dos linfócitos humanos mesclados halogênicos e autólogos por ativação das células T4 (assistentes/indutoras). Pode influir no recrutamento de células natural killers (NK), as quais se tornam citotóxicas após uma exposição à interferona in vitro, a timosina alfa-1 (timalfasina) aumenta os receptores de IL-2 e a produção de IL-2 nos linfócitos de camundongo estimulados por concanavalina A. Demonstrou-se mediante estudos clínicos que o tratamento com timosina alfa-1 em pacientes com hepatite crônica B e C (que se revelaram soropositivos durante pelo menos 6 meses), com enzimas séricas alanina aminotransferase (ALT) elevadas, ou tratamento com timosina produziu a remissão do vírus no plasma (DNA de HBV negativo) e a normalização das aminotransferases séricas. A timosina alfa-1 (timalfasina) é absorvida após sua aplicação subcutânea, alcançando com a dose recomendada um pico máximo de concentração plasmática de 25-30 ng/ml aproximadamente dentro da primeira hora após a administração, mantendo estes valores durante aproximadamente 6 horas. Observa-se uma elevação dos níveis plasmáticos proporcional à dose, tanto na concentração plasmática máxima (Cmáx) como na área sob a curva (AUC, area under curve). Os níveis plasmáticos retornam ao valor basal 24 horas após a administração. A meia-vida plasmática (T½) é de aproximadamente 2 horas e não há evidências de acúmulo pela administração de dose múltiplas. São eliminados pela urina entre cerca de 31% e 61% de uma dose única.

Indicações.

Tratamento da hepatite crônica B em pacientes com idade superior a 18 anos com doença hepática compensada e com replicação viral demonstrada. Tratamento da hepatite crônica C, em pacientes com idade superior a 18 anos, com doença hepática compensada e replicação viral demonstrada. Coadjuvante da vacinação antiinfluenza em indivíduos imunocomprometidos.

Posologia.

No tratamento da hepatite crônica B (monoterapia ou terapia combinada): 1,6 mg (0,9 mg/m2 de superfície corporal) por via subcutânea 2 vezes por semana durante 6 a 12 meses. No tratamento da hepatite crônica C (terapia combinada): 1,6 mg (0,9 mg/m2 por via subcutânea 2 vezes por semana durante 12 meses. Os pacientes cujo peso é inferior a 40 kg deverão receber uma dose de timosina alfa-1 de 40 mg/kg. A dose de interferona-alfa 2b será a que se recomenda nos esquemas de tratamento para as hepatites crônicas. Como adjuvante da vacinação anti-influenza em imunossuprimidos: 1,6 mg (0,9 mg/m2) por via subcutânea uma vez por semana durante 4 semanas, partindo do momento zero (primeira vacinação). O tratamento deve ser repetido na 8a semana (segunda vacinação) até a semana 12. Não deve ser administrado por via intramuscular ou intravenosa.

Reações adversas.

A timosina alfa-1 é muito bem tolerada e suas reações adversas são infrequentes. Ocasionalmente sensação de queimação no sítio de injeção e muito ocasionalmente perda transitória de massa muscular. Podem observar-se: febre, náuseas. Pode ocorrer, no início do tratamento, aumento transitório da ALT sérica, duas vezes acima dos níveis basais. Nestes casos, o tratamento pode ser continuado, a menos que surjam outros sinais ou sintomas de doença hepática.

Precauções.

O fármaco deverá ser utilizado com precaução em pacientes atópicos ou com reações alérgicas prévias. Em doenças auto-imunes a administração deverá ser ponderada para cada caso em particular. Não foram demonstrados efeitos mutagênicos. Os estudos de reprodução animal não mostraram diferenças em relação aos animais controle. Sua administração na gravidez deve ser feita apenas se houver uma clara necessidade. Não se sabe se o fármaco é excretado no leite materno. Sua segurança e eficácia não foram estabelecidas em pacientes com idade inferior a 18 anos.

Interações.

Utilizar com precaução com outros medicamentos que atuem no nível imunológico.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer outro componente da formulação. Imunossupressão (salvo que os benefícios sejam superiores os riscos). Insuficiência hepática ou renal graves.