Tietilperazina

Ações terapêuticas.

Antiemético e antivertiginoso.

Propriedades.

A tietilperazina é um derivado fenotiazínico que possui ação antiemética e antivertiginosa em virtude de sua ação sobre a zona quimiorreceptora bulbar e sobre o centro do vômito propriamente dito. Desta maneira, previne e evita todos tipos de náuseas e vômitos, bem como as vertigens de origem central e vestibular ou labiríntica. É bem absorvida pelo trato gastrintestinal após sua administração por via oral, e é extensamente metabolizada; apenas cerca de 3% da dose é eliminada na forma inalterada pela urina. Outras vias de administração da tietilperazina são a via retal, por injeção intramuscular ou subcutânea.

Indicações.

Tratamento do vômito associado a transtornos gastrintestinais, intolerâncias medicamentosas, traumatismos cranianos e aumento da pressão intracraniana devido a radioterapia ou cirurgia. Síndrome de Ménière e outras enfermidades, enjoos, síndrome vertiginosa. Vertigem. Cinetose.

Posologia.

Dose: 6,5 mg por via oral, 1 a 3 vezes ao dia.

Superdosagem.

Caso ocorra a superdose, os sintomas observados compreendem sonolência, confusão, seguidos, nos casos extremamente graves, por coma e arreflexia, taquicardia, hipotensão ortostática e o colapso, depressão respiratória; agitação, reações distônicas agudas, convulsões. Como até o momento não se conhece nenhum antídoto específico, recomendam-se medidas gerais tais como lavagem gástrica seguida, caso necessário, da administração de carvão ativo e monitoramento das funções cardiovasculares e respiratória. Para o tratamento da hipotensão aguda, é aconselhável a administração de expansores do plasma. Caso seja utilizado um vasopressor (não deve ser a adrenalina), aconselha-se uma vigilância rigorosa da função cardiovascular. No caso de reações distônicas agudas, administrar fármacos antiparkinsonianos e, para as convulsões, benzodiazepínicos (diazepam).

Reações adversas.

As mais importantes são: secura de boca, sonolência, sedação, taquicardia, hipotensão. Assim como com outros derivados fenotiazínicos, a tietilperazina pode provocar, apesar de muito raramente e em geral apenas em pacientes jovens, sintomas extrapiramidais, como crises oculógiras, dificuldades de deglutição e linguagem, espasmos musculares. Estes sintomas costumam responder rapidamente ao tratamento com um agente antiparkinsoniano por via parenteral, ou simplesmente pela suspensão do fármaco.

Precauções.

Recomenda-se evitar a aplicação intra-arterial de tietilperazina. Em pacientes de idade avançada a terapia a longo prazo pode acarretar discinesia tardia, razão pela qual recomenda-se não administrar tieltilperazina por períodos superiores a 2 meses, além de exercer rigorosa vigilância dos sinais neurológicos. Recomenda-se controlar o paciente durante a fase pós-operatória da anestesia devido a uma possível depressão do Sistema Nervoso Central e/ou intranquilidade. Aconselha-se informar aos pacientes sobre possíveis riscos ao dirigir veículos, manejar máquinas ou outras atividades que requeiram especial atenção. Não se recomenda sua administração durante a gravidez ou a amamentação, salvo naqueles casos em que o benefício para a mãe supere os riscos potenciais para o bebê.

Interações.

Até o momento, não foram registradas interações.

Contraindicações.

Pacientes com hipersensibilidade aos fenotiazínicos, estados comatosos, crianças com idade inferior a 15 anos pois estes pacientes são particularmente suscetíveis aos efeitos secundários extrapiramidais.

Princípios ativos que interagem com Tietilperazina