Petidina
Sinônimos.
Meperidina.
Ações terapêuticas.
Analgésico opioide.
Propriedades.
A petidina é um congênere da morfina, agonista preferencialmente do subtipo de receptores m. Possui efeitos analgésicos, disfóricos escassos e antiespasmódicos discretos (diferentemente da morfina). É absorvido por todas as vias, com uma biodisponibilidade oral de 40 a 60%. Sua biotransformação ocorre no fígado; um dos produtos é a norpetidina, responsável da toxicidade do fármaco. A meia-vida é de 3 horas; é lipossolúvel, atravessa a placenta facilmente. A administração repetida de doses terapêuticas com intervalos breves pode induzir tolerância e dependência física. Após a supressão brusca, a síndrome de abstinência é menos grave que com a morfina tanto em relação à duração como às repercussões autonômicas.
Indicações.
Tratamento da dor pós-operatória e neoplásica. No pré-operatório como sedativo e agente em pré-medicação anestésica.
Posologia.
100 mg cada 4 ou 8 h por via IM ou SC.
Reações adversas.
Náuseas, vômitos, enjoos. Produz menos constipação e retenção urinária que a morfina. O quadro de superdosagem se caracteriza por excitação, alucinações, convulsões (acumulação de norpetidina, tóxico com meia-vida de 10 a 12 horas) e pupilas dilatadas.
Precauções.
Gravidez. Amamentação. Como com todos os analgésicos opioides, as doses em idosos, hipotireoidismo, insuficiência hepática e renal devem ser reduzidas. Os pacientes dependentes são tolerantes aos efeitos depressores.
Interações.
A clorpromazina e os antidepressivos tricíclicos aumentam os efeitos depressores respiratórios da petidina. IMAO: hipotensão ou hipertensão com excitação ou depressão.
Contraindicações.
Insuficiência respiratória. Hipotensão. Hipertensão intracraniana. Insuficiência hepática grave. Traumatismo craniano.