Perampanel

Ações terapêuticas.

Anticonvulsivante.

Propriedades.

Trata-se de um fármaco antagonista no competitivo dos receptores ionotrópicos de glutamato de tipo AMPA (ácido a'amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiônico) em neurônios pós-sinápticos. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do SNC. Admite-se que a ativação dos receptores de AMPA pelo glutamato medeia a maior parte da transmissão sináptica excitatória rápida no cérebro. Seu mecanismo íntimo de ação não está totalmente elucidado. A administração é feita por via oral e a presença de alimentos diminuem a velocidade de absorção deste fármaco. Sua meia-vida é de 105 h, com elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (95%). Seu metabolismo é executado primariamente por uma extensa oxidação e posteriormente por glicuronidação; a eliminação ocorre por vias fecal (70%) e renal (30%).

Indicações.

Epilepsia.

Posologia.

Por via oral, 1 vez ao dia ao deitar (2 mg); conforme a resposta clínica, a dose pode ser aumentada em 2 mg ao dia semanalmente, até 12 mg/dia. A redução da dose deve ser realizada gradualmente. Em pacientes que fazem uso de anticonvulsivantes "indutores" (fenitoína, carbamazepina), recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose de 4 mg/dia.

Reações adversas.

Diminuição ou aumento do apetite, fadiga, euforia, irritabilidade, confusão, sonolência, tonturas, ataxia, disartria, visão turva, náuseas, cefaleia, hipoestesia, hipersonia, transtornos da marcha e do equilíbrio, agressividade, hostilidade, condutas suicidas.

Interações.

A coadministração com fenitoína, felbamato ou carbamazepina reduz os níveis de perampanel. Os "indutores potentes" do citocromo P450 (rifampicina, erva-de-São João) também podem reduzi-los.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco. Intolerância à lactose. Gravidez. Insuficiência hepática grave.

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