Palifermina

Ações terapêuticas.

Agentes detoxificantes para tratamentos antineoplásicos.

Propriedades.

É uma proteína de 140 aminoácidos com um peso molecular de 16,3 kD que se diferencia do fator de crescimento queratinocítico (KGF) humano endógeno pela eliminação dos 23 primeiros aminoácidos da extremidade N-terminal para melhorar a estabilidade da proteína durante sua produção em sistemas de bactérias. O KGF é uma proteína que se liga a receptores específicos da superfície das células epiteliais, estimulando a proliferação, diferenciação e regulação de mecanismos citoprotetores, tais como a indução de enzimas antioxidantes. O KGF endógeno é um fator de crescimento específico das células epiteliais produzido pelas células mesenquimais, e é regulado de modo natural em resposta a lesões do tecido epitelial.

Indicações.

Mucosite oral em pacientes com neoplasias hematológicas submetidos a tratamento mieloablativo.

Posologia.

Dose: adultos, 60 microgramas/kg ao dia, administrados por via intravenosa em bolo durante três dias consecutivos antes e três dias consecutivos após o tratamento mieloablativo, compondo um total de seis doses. Antes do tratamento mieloablativo: as três primeiras doses devem ser administradas antes do tratamento mieloablativo, a terceira dose deve ser administrada entre 24 e 48 horas antes do tratamento mieloablativo. Após o tratamento mieloablativo: as três últimas doses devem ser administradas após o tratamento mieloablativo. A primeira destas doses deve ser administrada após a infusão de células-mãe hematopoiéticas, durante o mesmo dia, e distanciada pelo menos 4 dias da dose anterior de palifermina.

Superdosagem.

Até o presente não foram registradas interações de relevância clínica.

Reações adversas.

As principais reações adversas compreendem alteração do gosto, engrossamento ou descoloração da boca/língua, erupção, pruridos, eritema, artralgia, edema, dor, febre.

Precauções.

A administração não deve ser feita dentro das 24 horas imediatamente antes, durante, ou depois da infusão de uma quimioterapia citotóxica. Até o momento não foi observado aumento da opacidade do cristalino nos pacientes tratados con palifermina devido à interação do fármaco com os receptores de KGF que se expressam no cristalino ocular. Não houve avaliação da segurança e da eficácia de palifermina em pacientes com neoplasias não hematológicas que expressam receptores de KGF. Não administrar durante a gravidez e a amamentação. Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de palifermina em crianças, adolescentes, idosos, e em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática.

Interações.

Até o momento, não são conhecidas.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco.