Nizatidina
Ações terapêuticas.
Antiulceroso.
Propriedades.
A nizatidina é inibidor reversível, competindo com a histamina no nível dos receptores H2 localizados nas células parietais do estômago. A nizatidina inibe a secreção gástrica noturna de ácido, assim como aquelas induzidas pela cafeína, por alimentos, pelo betazol e pela pentagastrina. Não afeta a secreção da pepsina, aumentando ainda a secreção do fator intrínseco. Sua biodisponibilidade, quando administrada por via oral é de 70% sendo reduzida a 10% pela ingestão concomitante de antiácidos (hidróxido de alumínio ou de magnésio). Sua eliminação é renal, sendo que aproximadamente 60% na forma inalterada.
Indicações.
Úlcera duodenal ativa (administra-se entre 4 a 8 semanas). Manutenção da úlcera duodenal curada: em doses reduzidas, por períodos prolongados (um ano). Esofagite (erosiva e ulcerosa) diagnosticada endoscopicamente (até 12 semanas).
Posologia.
Úlcera duodenal ativa: 300 mg/dia em dose única ao deitar-se. Dose de manutenção em caso de úlcera duodenal curada e doença de refluxo gastresofágico: 150 mg/dia em dose única ao deitar-se. Em pacientes com função renal alterada as doses devem ser ajustadas da seguinte forma: úlcera duodenal ativa: com clearance de creatinina (CC) entre 20 e 50 ml/min, 150 mg/dia; com CC < 20 ml/min, 150 mg em dias alternados; b) manutenção da úlcera duodenal curada: com CC entre 20 e 50 ml/min, 150 mg em dias alternados; com CC < 20 ml/min, 150 mg a cada dois dias.
Superdosagem.
Doses elevadas em animais provocam salivação, lacrimejamento, êmese, diarreia, miose. Em caso de intoxicação deve-se administrar carvão ativado, induzir o vômito e iniciar tratamento sintomático.
Reações adversas.
Cefaleia; dor abdominal, astenia, dor nas costas, dor no peito, diarreia, náusea, flatulência, vômito, dispepsia, constipação, anorexia, mialgia, enjoos, insônia, pesadelos, ansiedade, rinite, faringite, sinusite, erupções cutâneas e prurido.
Precauções.
A resposta sintomática à nizatidina não exclui a presença de doença maligna ao nível gástrico. O risco/benefício deve ser avaliado durante a gravidez. O aleitamento deve ser suspenso. A segurança e a eficácia do fármaco em crianças ainda não foram avaliadas.
Interações.
Em pacientes que recebem altas doses de ácido acetilsalicílico (3.900 mg/dia), ocorrem aumentos das concentrações séricas de salicilatos.
Contraindicações.
Hipersensibilidade à nizatidina ou a outros antagonistas dos receptores H2 (cimetidina, ranitidina).