Naftifina

Ações terapêuticas.

Antimicótico.

Propriedades.

Trata-se de um derivado alilamino com atividade fungicida contra um amplo espectro de microrganismos dermatófitos, compreendendo Trichophyton spp., Microsporum spp., Epidermophyton floccosum. Não obstante, a naftifina exerce ação fungistática contra leveduras como Candida spp. O exato mecanismo de ação da naftifina é desconhecido; acredita-se, entretanto, que o fármaco iniba seletivamente a enzima esqualeno 2,3-epoxidase, que está envolvida na biossíntese de esteroides. Desta forma, ocorre um aumento da concentração de esqualeno no interior da célula fúngica e uma diminuição do teor de esteroides, principalmente de ergosterol, o qual é essencial para a formação da membrana plasmática do fungo. Após a aplicação tópica a 1% (creme ou gel), a absorção sistêmica é de apenas cerca de 4% a 6%. Sua meia-vida é de 2 a 3, e tanto a naftifina intacta como seus metabólitos são eliminados pelas vias fecal e urinária.

Indicações.

Dermatomicoses (tinha do corpo, tinha das pernas, pé-de-atleta), leveduras (candidíase) e tinha versicolor (pitiríase versicolor).

Posologia.

Por via tópica, aplicar uma fina camada, duas vezes ao dia, sobre a região da pele afetada. Para a prevenção de reinfecções, recomenda-se manter o tratamento durante pelo menos duas semanas após o desaparecimento dos sintomas.

Superdosagem.

Até o momento, não foram descritos casos de superdose.

Reações adversas.

Em casos isolados foram descritos, especialmente durante os primeiros dias de tratamento, sintomas de irritação local, ardor, enrubescimento, sensação de queimação e agulhadas, normalmente moderados e transitórios que em geral não obrigam à suspensão do tratamento.

Precauções.

Não aplicar sobre olhos e mucosas nasal, vaginal e bucal. Caso haja irritação da pele, recomenda-se suspender o tratamento. Estudos in vivo e in vitro demonstraram que a naftifina é mutagênica e embriotóxica, porém não apresenta atividade carcinogênica, nem interfere com a fertilidade. Dado que não foram realizados estudos em seres humanos, recomenda-se não administrar a mulheres durante a gravidez e a lactação. Não administrar em crianças, pois neste grupo etário a eficácia e a segurança da naftifina não foram avaliadas.

Interações.

Não foram relatadas, até o momento.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco.