Mepivacaína
Ações terapêuticas.
Anestesia local.
Propriedades.
A mepivacaína é uma base fraca altamente lipossolúvel pertencente quimicamente às aminoamidas que apresenta efeito anestésico local. Como todos estes agentes, bloqueia a propagação dos estímulos nervosos através de um efeito bloqueador seletivo dos canais de sódio na membrana nervosa; desta forma impede-se o desenvolvimento de potenciais de ação neurais e consequentemente bloqueia-se a neurotransmissão. Sua ação é rápida (4 a 20 minutos) após a injeção, dependendo da técnica anestésica empregada, da dose e da concentração do fármaco empregadas. Após sua aplicação alcança rapidamente o plasma, onde se liga às proteínas plasmáticas (75%) incluindo a a-glicoproteína ácida. Sua meia-vida plasmática é de 1,9 a 3,2 horas e, em neonatos, 8,7 a 9 horas. Sofre biotransformação hepática, hidroxilação e N-desmetilação, seguida de conjugação com ácido glicurônico. Os metabólitos que aparecem na bile podem ser reabsorvidos no intestino para serem finalmente eliminados por via renal.
Indicações.
Anestesia local, regional ou epidural.
Posologia.
Para anestesia infiltrativa: 40 ml da solução a 1% (até 400 mg). Para anestesia epidural: 20 ml da solução a 1,5-2% (até 20 ml). Para bloqueios periféricos empregam-se até 40 ml da solução a 1%. A dose máxima em adultos é de 5,5 a 6 mg/kg e em pediatria 4,5 a 5 mg/kg. A duração da analgesia cirúrgica varia entre 2 e 3 horas.
Reações adversas.
Nas anestesias regionais observaram-se neuropatia, lesão do nervo, aracnoidite, oclusão da artéria espinal anterior. No bloqueio paracervical pode aparecer bradicardia ou taquicardia fetal; na anestesia epidural pode apresentar-se hipotensão e bradicardia. Em pacientes com bloqueio cardíaco parcial ou completo pode provocar depressão da condução miocárdica.
Contraindicações.
Antecedentes de hipersensibilidade aos anestésicos locais do tipo amida.