Medrogestona

Ações terapêuticas.

Progestágeno.

Propriedades.

Trata-se de um progestágeno sintético estruturalmente relacionado com a progesterona.

Indicações.

Síndrome pré-menstrual, afecções das glândulas mamárias relacionadas com a progesterona, irregularidades do ciclo, tais com amenorreia secundária, menorragia/metrorragia ou ciclos irregulares consecutivos à menarca (quando em combinação com estrógenos). Tratamento de sangramentos uterinos não-funcionais combinado com as terapias adequadas e durante a menopausa, como terapêutica de reposição hormonal, em combinação com estrógenos.

Posologia.

Os esquemas posológicos pressupõem que o intervalo entre as regras é de 28 dias, e que o dia 1 seja o primeiro dia do sangramento. Terapêutica hormonal de reposição na menopausa: via oral, 5 mg ao dia, durante os 10 últimos dias da terapêutica estrogênica (dias 16 a 25), caso o sangramento regular de privação seja desejado. Sangramentos uterinos disfuncionais: via oral, 5 mg a 10 mg ao dia, administrados nos dias 15 a 25 do ciclo menstrual teórico, repetido durante 3 ciclos. Em pacientes com produção endógena de estrógenos insuficiente, pode ser necessária terapêutica de reposição estrogênica previamente à administração de medrogestona. Amenorreia secundária, com adequada produção endógena de estrógenos: via oral, 5 mg a 10 mg ao dia, administrados nos dias 16 a 25 do ciclo menstrual teórico repetido durante três ou mais ciclos. Em algumas pacientes pode ser necessária uma terapêutica suplementar combinada, durante os últimos 10 dias da terapêutica estrogênica (dias 16 a 25); nesses pacientes, o ciclo pode ser iniciado em qualquer momento.

Superdosagem.

A superdose pode causar náuseas e sangramento uterino.

Reações adversas.

As principais reações adversas compreendem alterações tromboembólicas, náuseas, cloasma ou acne, sonolência, insônia, depressão, irregularidades menstruais, congestão ou secreção mamária, icterícia, reações alérgicas como exantemas ou prurido, variações de peso, retenção de líquido, aumento de temperatura corporal e, raramente, aumento ou diminuição do véu púbico.

Precauções.

A hemorragia de privação ocorre habitalmente entre o 3° e o 7° dia após a interrupção do tratamento. Deve realizar-se um exame físico antes do tratamento, especialmente em relação aos órgãos mamário e pélvico, bem como efetuar um exame papanicolaou. Recomenda-se realizar avaliações periódicas nas pacientes com epilepsia, enxaqueca, asma ou alterações cardíacas ou renais, antecedentes de depressão ou diabetes, devido à possível retenção hídrica causada pela medrogestona. Consultar imediatamente se houver hemorragias ou qualquer sangramento vaginal irregular não-diagnosticado. Caso ocorram tromboflebite, distúrbios cerebrovasculares, enxaquecas, embolia pulmonar, trombose de retina ou outras alterações da visão, a terapia com medrogestona deve ser imediatamente suspensa. Não se recomenda seu uso no tratamento da ameaça de aborto e aborto habitual, podendo haver, além disto, interferência no desenvolvimento fetal, especialmente se administrada nos primeiros quatro meses da gestação. Recomenda-se não utilizar no teste de diagnóstico de gravidez.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco, sangramento uterino não-habitual e não-diagnosticado, gravidez determinada ou provável, período de amamentação, lesão hepática grave, distúrbios tromboembólicos, possibilidade ou existência de tumores de mama ou genitais.