Magaldrato
Ações terapêuticas.
Antiácido.
Propriedades.
É um complexo aluminato de hidroximagnésio que contém uma quantidade equivalente a 29%-40% de óxido de magnésio e 18%-26% de óxido de alumínio. Reage quimicamente para neutralizar o ácido gástrico no estômago, porém não tem efeito direto sobre sua produção. Isso origina um aumento do pH do conteúdo gástrico que alivia os sintomas da hiperacidez. Reduz a concentração de ácido no esôfago, produzindo um aumento do pH intraesofágico. Diminui a atividade da pepsina, o que contribui para o controle do refluxo gastresofágico. O tempo de início de sua ação é intermediário e sua duração é prolongada. A via de eliminação é renal e fecal.
Indicações.
Tratamento da hiperacidez. Úlceras gástricas e duodenais. Refluxo gastresofágico.
Posologia.
Para conseguir o efeito antiácido adequado no estômago, deve ser administrado entre 1 e 3 horas após as refeições, para prolongar o efeito neutralizante, e ao deitar. Administrar doses adicionais para aliviar a dor que pode ser produzida entre duas doses, quando se segue um regime regular de dose. Para neutralizar aproximadamente 1mEq de ácido clorídrico gástrico, são necessários entre 15 e 20mEq de magaldrato.
Reações adversas.
Com o uso a longo prazo em pacientes com insuficiência renal crônica submetidos a diálise: alterações no estado de ânimo ou mental (neurotoxicidade); também pode produzir, a longo prazo: osteomalácia e osteoporose, anorexia, debilidade muscular, perda de peso não-habitual, cansaço ou debilidade não-habitual.
Precauções.
O uso crônico pode originar a alcalose sistêmica. Não devem ser administrados antiácidos a crianças pequenas (até os 6 anos), a não ser que o médico o prescreva. Em pacientes com mal de Alzheimer, não se recomenda o uso de antiácidos que contenham alumínio. A doença metabólica do osso, que é observada habitualmente em idosos, pode ser agravada pela depleção de fósforo, pela hipercalciúria e pela inibição da absorção intestinal de fluoreto, produzidas pelo uso crônico de antiácidos que contêm alumínio.
Interações.
As anfetaminas ou quinidinas podem inibir a excreção urinária, o que pode dar origem à toxicidade. O uso simultâneo de esteroides anabólicos pode aumentar a possibilidade de edema. Pode diminuir a absorção dos anticoagulantes orais derivados da cumarina, reduzir os efeitos terapêuticos dos antidiscinésicos; pode tornar mais lenta, porém não diminuir, a absorção de clordiazepóxido e de diazepam. Quando se administra cimetidina ou ranitidina, deve-se advertir os pacientes para que não tomem antiácidos até transcorrer 1 hora desde a administração daquelas drogas. Diminui a concentração plasmática dos glicosídeos digitálicos; a alcalinização da urina pode aumentar a meia-vida da efedrina. Pode retardar e diminuir a absorção de isoniazida oral e de cetoconazol. A absorção pode aumentar quando se utiliza simultaneamente levodopa com magaldrato. Deve-se evitar a administração conjunta com fenotiazinas. A alcalinização da urina aumenta a excreção renal dos salicilatos e diminui seus níveis séricos.
Contraindicações.
Disfunção renal grave. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de apendicite ou sintomas de apendicite, hemorragia gastrintestinal ou retal não-diagnosticada, colite ulcerosa, diverticulite, colostomia, ileostomia, obstrução intestinal, hipoparatireoidismo e sarcoidose.