Iobitridol
Ações terapêuticas.
Meio de contraste.
Propriedades.
Trata-se de um meio de contraste uroagiográfico, hidrossolúvel, não-iônico e de baixa osmolaridade. A molécula de iobitridol possui uma hidrofilia equilibrada e estável. Estudos sobre a tolerância geral nos sistemas hemodinâmico, cardiovascular, broncopulmonar, renal, nervoso, vascular e reológico mostraram, para o iobitridol, perfil semelhante ao de outros produtos tri-iodados, hidrossolúveis e não-iônicos de baixa osmolaridade. Após sua administração por injeção intravenosa, distribui-se através do sistema vascular e dos compartimentos intersticiais. O iobitridol é rapidamente eliminado, na forma inalterada, por via renal (por filtração glomerular sem reabsorção nem secreção tubular). Em presença de insuficiência renal a eliminação é desviada para o trato biliar; o contraste pode ser eliminado por diálise.
Indicações.
Urografia intravenosa, tomodensitometria craniana e de corpo inteiro, angiografia digitalizada por via intravenosa, arteriografia, angiografia.
Posologia.
Urografia. Via intravenosa rápida: 1,2 ml/kg, volume total 50 ml-100 ml; via intravenosa lenta: 1,6 ml/kg, volume total 100 ml. Tomodensitometria craniana: 1,4 ml/kg, volume total 20 ml-100 ml. Corpo inteiro: 1,9 ml/kg, volume total 20 ml-150 ml. Angiografia digitalizada: via intravenosa: 1,7 ml/kg, volume total 40 ml-270 ml. Ateriografia cerebral: 1,8 ml/kg, volume total 42 ml-210 ml. Membros inferiores: 2,8 ml/kg, volume total 85 ml-300 ml. Angiocardiografia: 1,1 ml/kg, volume total 70 ml-125 ml. As doses devem ser adaptadas ao tipo de exame e às regiões que se deseja opacificar, bem como ao peso e à função renal do paciente, particularmente em crianças.
Superdosagem.
Caso ocorram complicações causadas por superdose ou por reações de hipersensibilidade, deverão ser instituídas as medidas de suporte necessárias.
Reações adversas.
As reações adversas compreendem sensação de calor, náuseas, vômitos e vermelhidão da pele. Estas reações são transitórias e sem consequências. Raramente são observados outros efeitos colaterais mais severos devidos à aparição de transtornos cutâneos, respiratório, neurossensoriais, digestivos e cardiovasculares, que podem chegar até a colapso cardiovascular, choque ou parada circulatória.
Precauções.
Aconselha-se, durante o uso de iobitridol, o acompanhamento por parte de um médico, a manutenção de uma via de acesso venosa para tratamento imediato em caso de eventual acidente, assim como manter uma diurese abundante nos pacientes com insuficiência renal, diabéticos, mielomatosos, hiperuricêmicos, bem como em crianças de pouca idade e em doentes ateromatosos. Recomenda-se não utilizar iobitridol durante a gravidez, exceto se o benefício pretendido justificar o risco potencial para o feto. Não se sabe se o iobitridol é eliminado no leite materno, razão pela qual aconselha-se utilizar em mulheres no período da amamentação apenas nos casos estritamente necessários.
Interações.
Em caso de desidratação provocada por diuréticos, a administração de iobitridol pode aumentar o risco de insuficiência renal aguda; recomenda-se proceder à reidratação antes da sua administração. O tratamento com metformina deve ser suspenso 48 horas antes do uso de iobitridol, retornando-se dias depois.
Contraindicações.
Até o momento não existe uma contra indicação absoluta para a utilização dos meios de contraste triiodados no homem.