Ibrutinibe
Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
O ibrutinibe é um inibidor da tirosina-quinase (BTK) que forma uma ligação covalente com um resíduo de cisteína em seu sítio ativo, razão pela qual leva à inibição de sua atividade enzimática. A BTK é uma molécula de sinalização através dos receptores de superfície de células B, que provoca a ativação das vias necessárias para seu trânsito, quimiotaxia e adesão. O ibrutinibe inibe não só a proliferação e a sobrevivência de células B malignas como também sua migração e ligação com o substrato. A administração é feita por via oral; na presença de alimentos a exposição aumenta em cerca de 2 vezes em comparação com o jejum. Apresenta elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (97%). A biotransformação é realizada pelos citocromos P450, CYP3A e CYP2D6, com liberação de um metabólito com atividade inibitória 15% inferior à do composto original. A meia-vida é de 4 a 6 horas. Sua eliminação principal (80%) é pelas fezes e < 10% pela via urinária.
Indicações.
Leucemia linfocítica crônica (LLC). Linfoma de células do manto.
Posologia.
LLC: 420 mg por via oral, 1 vez ao dia. Linfoma celular do manto: 560 mg por via oral, 1 vez ao dia.
Reações adversas.
Anemia, neutropenia, diarreia, dispneia, trombocitopenia, febre, edemas, náuseas, vômitos, infecções das vias aéreas superiores, erupções cutâneas.
Interações.
Com inibidores da CYP3A (cetoconazol, diltiazem, eritromicina). Com indutores da CYP3A (rifampicina, efavirenz).
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco.