Hilano
Ações terapêuticas.
Analgésico.
Propriedades.
O hilano é uma combinação de hilanos A e B, substâncias estas derivados do hialuronato de sódio, obtido a partir da crista de galo. O hialuronato de sódio é um polissacarídeo natural pertencente à família dos glicosaminoglicanos, constituído por um polímero de unidades repetitivas do dissacarídeo N-glicuronato-N-acetilglicosamina. Como o hialuronato de sódio é um dos constituintes do líquido sinovial responsável por sua viscoelasticidade, é plausível que o efeito terapêutico do hilano seja devido a uma viscossuplementação, processo pelo qual restaura-se o estado fisiológico e reológico dos tecidos da articulação artrósica. Desta forma, o hilano diminui a dor e permite uma maior mobilidade articular. Estudos in vitro demonstraram que o hilano protege as células cartilaginosas contra certas lesões físicas e químicas. A degradação dos hilanos segue a mesma via do hialuronato de sódio intrínseco do organismo e seus produtos de degradação são desprovidos de toxicidade.
Indicações.
Tratamento da dor associada com osteoartrose do joelho, em qualquer estágio da patologia articular.
Posologia.
Dose: via intra-articular, 16 mg por dose, uma vez por semana, durante três semanas. A dose máxima recomendada é de 2 séries de três injeções, cada uma administrada em seis meses e com um intervalo mínimo de 4 semanas entre as séries. A duração do efeito nos pacientes que respondem ao tratamento é, em geral, de 12 a 26 semanas, embora tenham sido observados períodos mais curtos e mais prolongados.
Reações adversas.
As principais reações adversas são dor e inflamação do joelho e tumefação transitórias, no sítio de administração. Menos frequentemente, observam-se rubor acompanhado de inflamação nos lábios, cãibras na panturrilha, dores de cabeça, enjoos, dores musculares, náuseas, ardência da pele, infecção nas articulações, rash cutâneo e taquicardia.
Precauções.
Não administar por via intravascular nem a pacientes com menos de 18 anos de idade ou durante a gravidez e a amamentação.
Interações.
Os anestésicos e outros fármacos injetados na articulação simultaneamente produzem diluição do hilano, podendo afetar a sua eficácia. Além disto, em função de incompatibilidade química, recomenda-se não administrar juntamente com sais de amônio quaternário, pois nestas condições ocorre precipitação do hilano.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco, estase venosa ou linfática na perna, articulações infectadas ou intensamente inflamadas.