Gliquidona

Ações terapêuticas.

Hipoglicemiante oral.

Propriedades.

A gliquidona é um hipoglicemiante oral do tipo das sulfonilureias, que age estimulando as células produtoras de insulina, sendo utilizado quando o metabolismo de carboidratos já não seja possível ser controlado de modo satisfatório unicamente com a dieta. A gliquidona é bem absorvida pelo trato gastrintestinal e liga-se extensivamente a proteínas plasmáticas. É metabolizada no fígado e eliminada principalmente pelas fezes, via biliar. Apenas cerca de 5% da dose administrada é eliminada através da urina.

Indicações.

Diabetes mellitus não-insulinodependente em pacientes adultos.

Posologia.

Dose inicial: 15 mg ao dia, juntamente com o café da manhã. Esta dose pode ser aumentada até 45 mg a 60 mg por dia, divididos em 2 a 3 tomadas.

Superdosagem.

Caso ocorra superdose, o sintoma é um grave hipoglicemia. Aconselha-se administrar uma solução de glicose por via oral ou intravenosa; administrar glicocorticoides, glucagon (1 mg a 5 mg) ou adrenalina por via intramuscular.

Reações adversas.

Estas em geral dependem da dose administrada, são transitórias e respondem à diminuição ou suspensão do tratamento. Ocasionalmente podem ocorrer icterícia colestática, náuseas, diarreias, vômitos, anorexia, sensação de fome, prurido, urticária, erupções maculopapulosas. Foram relatados com o uso de sulfonilureias: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia hemolítica, anemia aplástica e pancitopenia, dificuldade respiratória, sensação de falta de ar, sonolência ou cãibras musculares, crises convulsivas.

Precauções.

Não administrar dose superior a 60 mg em cada tomada e não mais do que 180 mg ao dia. Em caso de substituição de outros hipoglicemiantes orais de ação equivalente, a dose deverá estabelecer-se conforme a situação metabólica do paciente, levando em consideração que 30 mg de gliquidona equivalem a aproximadamente 1.000 mg de tolbutamida, 250 mg de clorpropamida e 25 mg de glibornurida; além disto, 45 mg de gliquidona equivalem a 5 mg de glibenclamida. Administrar com precaução em pacientes idosos, debilitados ou desnutridos, e naqueles que apresentam insuficiência adrenal ou hipofisária, disfunção hepática ou renal, que são especialmente sensíveis à ação hipoglicemiante. Os efeitos leucopênicos e trombocitopênicos das sulfonilureias podem propiciar a uma maior incidência de infecções microbianas, retardo dos processos de cicatrização e hemorragias gengivais. Não usar durante a gravidez e a amamentação.

Interações.

O esforço físico, as situações de estresse, a ingestão de álcool ou de determinados medicamentos como salicilatos, sulfamidas, fenilbutazona, tuberculostáticos, cloranfenicol, associações de tetraciclinas, derivados do curare, ciclofosfamida e inibidores da monoaminoxidase (IMAO) podem potencializar o efeito hipoglicemiante da gliquidona. Seu efeito hipoglicemiante é diminuído quando administrada simultaneamente com clopromazina, simpatomiméticos, corticoides, hormônios tireoideanos, contraceptivos orais e preparações contendo ácido nicotínico.

Contraindicações.

Diabetes mellitus insulinodependente, coma e pré-coma diabético, acidose, gravidez e alergia a sulfamidas.

Princípios ativos que interagem com Gliquidona