Ganirrelix

Ações terapêuticas.

Antagonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH).

Propriedades.

O ganirrelix é um antagonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), que atua modulando o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano. O fármaco inibe de modo competitivo a ligação do GnRH a seus receptores hipofisários produzindo uma supressão reversível, intensa e rápida da liberação de gonadotrofinas endógenas. Em estudos clínicos controlados e comparativos utilizando como referência um agonista do GnRH, o crescimento folicular obtido com ganirrelix foi mais rápido durante os primeros dias de estimulação, porém o número final de folículos em crescimento foi ligeiramente inferior e produziu, na média, menor quantidade de estradiol. Este padrão distinto de crescimento folicular requer que os ajustes da dose de FSH baseiem-se no número e tamanho dos folículos em crescimento, mais do que na quantidade de estradiol circulante. Após sua administração por via subcutânea, seus níveis séricos aumentam rapidamente. A excreção é realizada principalmente por via fecal (aproximadamente 75%) e urinária (aproximadamente 22%). O ganirrelix é o principal componente circulante no plasma e é também o principal composto encontrado na urina, ao passo que as fezes contêm somente os metabólitos peptídicos formados.

Indicações.

Prevenção de picos prematuros de hormônio luteinizante em mulheres submetidas a hiperestimulação ovariana controlada em protocolos de reprodução assistida.

Posologia.

Em função de a hiperestimulação ovariana controlada com FSH poder ser iniciada no segundo ou terceiro dia da menstruação, deve-se administrar uma dose de 0,25 mg por via subcutânea ao dia, a partir do sexto dia da administração de FSH. Nas mulheres que apresentam uma alta resposta, pode-se prevenir um pico prematuro iniciando o tratamento no quinto dia da administração de FSH. O início da terapia com ganirrelix pode ser retardado na ausência de crescimento folicular. A administração de ganirrelix e FSH é feita concomitantemente, porém em diferentes locais de aplicação. A duração do tratamento depende do tamanho dos folículos em crescimento. Caso se administre gonadotrofina humana (hCG) com a finalidade de induzir a maturação final dos folículos, o tempo transcorrido entre duas injeções de ganirrelix, e entre a última injeção de ganirrelix e a de hCG não deve exceder 30 horas, pois, de outra maneira, pode haver ocorrência de um pico prematuro de LH.

Superdosagem.

Em caso de superdosagem, recomenda-se suspender temporariamente o tratamento.

Reações adversas.

As principais reações adversas compreendem vermelhidão, com ou sem edema, no sítio de aplicação do fármaco, cefaleia, náuseas, síndrome de hiperestimulação ovariana, sangramento vaginal, dor abdominal e aumento de peso corporal.

Precauções.

Caso não tenha sido administrado ganirrelix no tempo indicado, recomenda-se não administrar uma dose dupla. Durante ou após a estimulação ovariana pode haver a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO), a qual deve ser tratada de forma sintomática incluindo repouso, infusão intravenosa de eletrólitos ou expansores de plasma e heparina. Não se estabeleceu sua segurança e eficácia em mulheres que pesam menos de 50 kg ou mais de 90 kg. Os dados pré-clínicos não revelaram nenhum perigo especial para os seres humanos, com base em segurança farmacológica, toxicidade de doses repetidas e genotoxicidade. Os estudos de reprodução realizados em animais mostraram ausência de efeitos teratogênicos.

Interações.

Até o momento, não são conhecidas.

Contraindicações.

Pacientes com hipersensibilidade ao fármaco, hipersensibilidade ao hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) ou a qualquer de seus análogos, insuficiência moderada ou grave da função renal ou hepática, gravidez ou amamentação.

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