Flurazepam
Ações terapêuticas.
Hipnótico.
Propriedades.
Pertence quimicamente ao grupo dos benzodiazepínicos. Seu efeito evidencia-se por redução significativa do tempo de latência para conciliar o sono, mantendo-o sem interrupções por períodos de 7 a 8 horas. Sua meia-vida é de 2,3 horas e sua metabolização hepática origina metabólitos ativos como o desalquilflurazepam (meia-vida entre 30 e 200 horas) e o N-1-hidroxietilflurazepam (meia-vida de 2 a 4 horas). Seu equilíbrio cinético plasmático é alcançado em 7-10 dias. A eliminação renal é lenta.
Indicações.
Insônia de diferentes tipos e intensidade. Dificuldade para conciliar o sono, despertares noturnos freqüentes e/ou matutinos muito cedo.
Posologia.
Por via oral, em dose única de 15 mg a 30 mg/dia, ao deitar-se. Em pacientes debilitados ou geriátricos, recomenda-se começar com 15 mg e depois ajustar a dose se necessário. Não foi estabelecida a dose para crianças menores de 15 anos.
Superdosagem.
Sonolência, confusão e enjoos. Recomendam-se imediata lavagem gástrica e tratamento sintomático.
Reações adversas.
Pode provocar sonolência diurna. Raramente observam-se confusão, depressão mental, cãibras, visão turva, irritabilidade, obstipação, diarreia, sensação de enjoo, boca seca, dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Precauções.
Evitar funções onde a falta de atenção aumenta o risco de acidentes (operar máquinas pesadas, dirigir automóveis etc.). Não consumir álcool nem outros depressores do SNC durante o tratamento. Ocorrência da síndrome de abstinência por suspensão abrupta do fármaco. O seu uso prolongado pode levar a dependência física e psíquica. Não utilizar durante a gravidez (risco de teratogenia) e o aleitamento. O flurazepam atravessa a placenta e atua sobre o SNC do feto.
Interações.
Fármacos que causam sinergismo, em especial os depressores do SNC que levam a dependência (aumentam o risco de dependência).
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao flurazepam ou a outros benzodiazepínicos. Pacientes com glaucoma de ângulo fechado.