Feniltoloxamina

Ações terapêuticas.

Anti-histamínico.

Propriedades.

É um anti-histamínico H1 que compete com a histamina pelos receptores H1 das células efetoras, evitanto as respostas mediadas pela histamina. As ações muscarínicas da feniltoloxamina geram um efeito hipossecretor sobre a mucosa nasal. A feniltoloxamina é bem absorvida no trato gastrintestinal depois da administração oral e seu metabolismo é principalmente hepático. O uso prolongado pode provocar tolerância ou diminuição da eficácia terapêutica (taquifilaxia). Isso pode ser devido à indução de enzimas hepáticas que se traduz em um aumento do metabolismo da feniltoloxamina.

Indicações.

Rinite, sinusite, alergia rinossinusal, rinorreia.

Posologia.

A dose oscila entre 10 e 30 mg/dia.

Superdosagem.

Os sinais de superdose incluem: torpor ou instabilidade, secura de boca, nariz ou garganta, sufocação ou avermelhanento do rosto, sensação de falta de ar ou dispneia, sonolência grave, alucinações, crises convulsivas, insônia, cefaleia, batidas cardíacas lentas ou rápidas não-habituais. O tratamento da superdose é sintomático e de suporte e inclui indução do vômito, lavagem gástrica com uma solução de cloreto de sódio isotônica. Se o paciente for incapaz de vomitar em um prazo de três horas depois da ingestão, uso de catárticos salinos como leite de magnésia, vasopressores para o tratamento da hipotensão, oxigênio e líquidos intravenosos.

Reações adversas.

Dor de garganta, febre, hemorragias ou hematomas não-habituais, cansaço ou debilidade não-habitual, precordialgias, sonolência, espessamento das secreções brônquicas.

Precauções.

Seu uso não é recomendado durante lactação já que é excretado em pequenas quantidades no leite materno e pode produzir irritabilidade ou excitação não-habitual nos lactentes; além disso, esse fármaco pode inibir a secreção de leite por sua ação antimuscarínica. Seu uso não é recomendado em recém-nascidos nem em prematuros, por apresentarem maior sensibilidade aos efeitos antimuscarínicos, como excitação do sistema nervoso central e aumento da tendência às convulsões. Os pacientes geriátricos são mais propensos a padecer tonturas, sedação, hipotensão, hiperexcitabilidade e efeitos secundários antimuscarínicos, como secura de boca e retenção urinária. O uso prolongado pode inibir ou diminuir a secreção salivar, contribuindo ao desenvolvimento de cáries, doença periodontal, candidíase oral e mal-estar.

Interações.

Álcool, depressores do sistema nervoso central, amantadina, outros anti-histamínicos, antimuscarínicos ou outros medicamentos com ação antimuscarínica, haloperidol, fenotiazinas, procainamida, ipratrópio, medicamentos ototóxicos.

Contraindicações.

A relação risco-benefício deve ser avaliada nos seguintes casos clínicos: asma, obstrução do colo da bexiga ou retenção urinária.