Fenilefrina
Ações terapêuticas.
Vasopressor.
Propriedades.
Amina simpaticomimética de ação direta, embora atue também de forma indireta mediante a liberação de norepinefrina dos locais de armazenamento. Como vasopressor, atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos para produzir vasoconstrição, que aumenta as resistências periféricas, o que produz um aumento da pressão sistólica e da pressão diastólica. Pelo aumento da atividade vagal é produzida bradicardia reflexa, que acompanha a resposta pressora da fenilefrina. Como coadjuvante da anestesia, atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos na pele, membranas mucosas e vísceras, para produzir vasoconstrição. Esta ação diminui a velocidade de absorção vascular do anestésico local utilizado com a fenilefrina, e assim localiza a anestesia, prolongando a duração da ação e diminuindo o risco de toxicidade devida ao anestésico local. Em doses terapêuticas, produz muito pouca estimulação do SNC. Seu metabolismo é cumprido no nível gastrintestinal e hepático. O começo do efeito pressor é produzido aos 10 a 15 minutos, logo após sua administração por via IM ou subcutânea; por via IV é produzido de imediato.
Indicações.
Insuficiência vascular que não responde à reposição adequada do volume de líquidos em choque, hipotensão induzida por fármacos ou hipersensibilidade. Pode ser indicada ao ser usada simultaneamente com alguns anestésicos locais para diminuir a velocidade de absorção vascular, e dessa forma localizar a anestesia.
Posologia.
Ampolas <196> adultos: como vasopressor por via IM ou subcutânea 2 a 5 mg divididos com uma frequência maior do que 10 a 15 minutos; por via IV: 0,2 mg, divididos com uma frequência maior que 10 a 15 minutos. A dose inicial IM ou subcutânea não deve ultrapassar 5 mg. Hipotensão grave e choque <196> por infusão IV: 10 mg em 500 ml de solução glicosada a 5%. Coadjuvante da anestesia local: 1 mg de cloridrato de fenilefrina para cada 20 ml de solução de anestésico local. Dose pediátrica <196> como vasopressor: 0,1 mg/kg, divididos em 1 ou 2 horas, se necessário.
Reações adversas.
Sinais de superdosagem: taquicardia, palpitações, cefaleia, formigamento nas mãos e pés, vômitos. Podem aparecer como efeitos colaterais: enjoos, nervosismo, tremor, dispneia, debilidade não-habitual.
Precauções.
A utilização de fenilefrina durante o período final da gravidez ou durante o parto pode ocasionar anoxia e bradicardia fetal pelo aumento da contração uterina e diminuição do fluxo sanguíneo uterino.
Interações.
Podem bloquear a resposta pressora à fenilefrina medicamentos bloqueadores alfa-adrenérgicos (haloperidol, fenotiazina, fentolamina, labetalol, tioxantenos). O uso simultâneo com anestésicos orgânicos por inalação (clorofórmio, ciclopropano, enflurano, halotano, isoflurano) pode aumentar o risco de arritmias ventriculares graves. O efeito de drogas anti-hipertensivas e de diuréticos empregados como anti-hipertensivos é reduzido. Se for usada juntamente com aminoglicosídeos digitálicos ou levodopa pode também aumentar o risco de arritmias cardíacas. A oxitocina, di-hidroergotamina e ergometrina podem ocasionar um aumento da vasoconstrição. Os antidepressivos tricíclicos e inibidores da MAO podem potencializar os efeitos cardiovasculares da fenilefrina. O uso simultâneo de hormônios tireóideos pode aumentar os efeitos do hormônio ou da fenilefrina. A fenilefrina pode reduzir os efeitos antianginosos dos nitratos.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada em quadros de acidose, hipóxia, arteriosclerose grave, bradicardia, bloqueio cardíaco parcial, hipertireoidismo, taquicardia ventricular, trombose vascular periférica ou mesentérica.