Fampridina

Ações terapêuticas.

Pacientes com esclerose em placa com deficiência funcional de marcha.

Propriedades.

Trata-se de um agente bloqueador dos canais de potássio que reduz o escape de corrente iônica através de tais canais, prolongando desta maneira a repolarização e aumentando o potencial de ação nos axônios desmielinizados, o que permite uma maior quantidade de impulsos no SNC. Após sua administração por via oral, é absorvido de forma rápida e ampla no trato gastrintestinal. A sua biodisponibilidade é da ordem de 95%; em função de sua lipossolubilidade, atravessa a barreira hematoencefálica e não apresenta ligação significativa a proteínas plasmáticas. Sua metabolização é realizada por oxidação e conjugação adicional; sua principal via de eliminação é a renal (90%). A meia-vida do fármaco é de 6 horas.

Indicações.

Alteração da capacidade de marcha em pacientes adultos com esclerose em placa.

Posologia.

Por via oral, 10 mg a cada 12 horas sem alimentos.

Reações adversas.

As mais observadas se relacionaram com o sistema nervoso, incluindo enjoos, insônia, cefaleia, transtornos do equilíbrio, crises epilépticas, astenia, tremores, parestesias.

Precauções.

Caso não se observe qualquer melhora após 2 semanas, o tratamento deve ser suspenso. Especialmente em pessoas idosas a função renal deverá ser controlada. O tratamento com fampridina aumenta o risco da ocorrência de crises epilépticas. O emprego deste fármaco deverá ser feito com vigilância e precaução em pacientes com arritmias atrioventriculares ou sinusais.

Interações.

Não associar com cimetidina (inibidor OCT2) e empregar com precaução concomitantemente a fármacos (carvedilol, propranolol, metformina) que atuam como substratos da OCT2.

Contraindicações.

Gravidez e amamentação. Hipersensibilidade ao fármaco. Antecedentes de crises epilépticas. Pacientes com insuficiência renal. Uso concomitante com cimetidina (inibidor de cátions orgânicos).