Famotidina
Ações terapêuticas.
Antiulceroso. Antagonista dos receptores H2 da histamina. Inibidor da secreção gástrica ácida.
Propriedades.
Antagonista dos receptores H2 derivado do tiazol, bloqueia a secreção gástrica ácida basal e noturna pela inibição competitiva da ação da histamina sobre os receptores H2 das células parietais; também bloqueia a secreção gástrica ácida estimulada pelos alimentos e a pentagastrina. É absorvida por via oral de forma incompleta (biodisponibilidade de 40 a 45%). Sua união às proteínas é baixa (15 a 20%). É metabolizada no fígado com um metabolismo de primeiro passo mínimo. O início da ação fica evidente uma hora após a administração oral. A duração de sua ação se mantém por 10 a 12 horas e é eliminada por via renal e metabólica.
Indicações.
Tratamento a curto prazo da úlcera duodenal ativa, estados hipersecretórios gástricos, Síndrome de Zollinger-Ellison.
Posologia.
Adultos: úlcera péptica, 40 mg 1 vez ao dia, ao deitar, ou 20 mg 2 vezes ao dia. Profilaxia da úlcera duodenal recorrente: 20 mg ao deitar. Síndrome de Zollinger-Ellison, estados hipersecretórios gástricos: 20mg a cada 6 horas, e ajustar a dose segundo a necessidade; continuar o tratamento durante o tempo clinicamente indicado. Em pacientes com disfunção renal grave: 20mg ao deitar.
Reações adversas.
São de rara incidência: taquicardia, palpitações, febre, hemorragias ou hematomas injustificados e cansaço ou debilidade não-habituais. Podem ser observados de forma menos frequente: ansiedade, constipação, sonolência, secura da boca, artralgias, mialgias, náuseas ou vômitos, erupção cutânea ou prurido, perda temporal de cabelo e anorexia.
Precauções.
Evitar a ingestão de alimentos, bebidas ou outros fármacos que possam produzir irritação gastrintestinal. É possível que os pacientes que não toleram a ranitidina ou a cimetidina também não tolerem esta medicação.
Interações.
A administração simultânea de cetoconazol com famotidina pode provocar uma redução na absorção do cetoconazol, dado que a famotidina aumenta o pH gastrintestinal.
Contraindicações.
A relação risco-benefício deverá ser avaliada em presença de disfunção hepática ou renal grave.