Efedrina

Ações terapêuticas.

Broncodilatador adrenérgico, vasopressor.

Propriedades.

Estimula os receptores adrenérgicos b2 nos pulmões para relaxar o músculo liso brônquico; alivia o broncospasmo, aumenta a capacidade vital, diminui o volume residual e reduz a resistência das vias aéreas. Pode também inibir a liberação de histamina induzida por antígenos. Como vasopressor, atua nos receptores adrenérgicos b1 no coração e aumenta a força de contração mediante um efeito inotrópico positivo no miocárdio. Esta ação aumenta o gasto cardíaco e eleva a pressão arterial sistólica e, habitualmente, a diastólica. Atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos dos vasos sanguíneos da mucosa nasal; produz vasoconstrição, o que proporciona descongestão nasal. Estimula o córtex cerebral e os centros subcorticais, e mostra seus efeitos na narcolepsia e estados depressivos. É absorvida de forma rápida logo após sua administração oral, IM ou subcutânea. É metabolizada no fígado e eliminada por via renal.

Indicações.

Na forma parenteral é indicada para reverter os efeitos hipotensores da anestesia raquidiana ou de outros tipos de anestesia por condução não-tópica. Hipotensão aguda. Por via oral: rinite vasomotora, sinusite aguda, febre do feno, congestão sinusal. Como estimulante do SNC no tratamento da narcolepsia e estados depressivos. Como coadjuvante na terapêutica da urticária.

Posologia.

Adultos: via oral, 25 a 50 mg a cada 3 ou 4 horas se for necessário; dose pediátrica: 3 mg/kg/dia divididos em 4 a 6 ingestões; injetável: via IM, IV ou subcutânea, de 12,5 a 25 mg. Vasopressor: 25 a 50 mg; repetir se for necessário. IV: 5 a 25 mg de forma lenta, repetindo num período de 5 a 10 minutos se for necessário. Dose máxima para adultos: 150 mg/dia. Dose pediátrica: IV ou subcutânea 3 mg/kg/dia divididos em 4 ou 6 vezes.

Reações adversas.

Requerem atenção médica, caso se manifestarem: cianose, dor no peito, convulsões, febre, taquicardia, cefaleias, alucinações, hipertensão, náuseas ou vômitos, ansiedade, nervosismo, dilatação das pupilas ou visão turva não-habituais, debilidade grave ou tremores.

Precauções.

É aconselhável tomar a medicação algumas horas antes de dormir, para diminuir a possibilidade de insônia. Se for administrada durante o parto pode produzir aceleração da frequência cardíaca fetal; não deve ser utilizada quando a tensão arterial materna superar 130/80.

Interações.

O uso simultâneo de corticoides ou ACTH pode aumentar o metabolismo dos corticoides, sendo necessário ajustar a dose. A alcalinização da urina produzida por antiácidos, os inibidores da anidrase carbônica, os citratos ou o bicarbonato sódico diminuem a excreção urinária de efedrina. O uso simultâneo de bloqueadores alfa-adrenérgicos ou outros medicamentos com esta ação pode diminuir a resposta pressora à efedrina. Os efeitos anti-hipertensivos ou os dos diuréticos utilizados como anti-hipertensivos podem ser diminuídos quando utilizados de forma simultânea com efedrina. O uso simultâneo com broncodilatadores adrenérgicos pode causar uma inibição mútua de seus efeitos terapêuticos. Os estimulantes do SNC podem causar estímulo aditivo. Pode aumentar o risco de arritmias cardíacas com o uso simultâneo de glicosídeos digitálicos ou levodopa. Os antidepressivos tricíclicos podem diminuir o efeito pressor da efedrina.

Contraindicações.

A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de angina pectoris, arritmia cardíaca, insuficiência coronária, hipertensão, diabetes mellitus, glaucoma de ângulo fechado, hipertireoidismo, feocromocitoma e hipertrofia prostática.

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