DNase

Ações terapêuticas.

Mucolítico.

Propriedades.

A DNase humana é um enzima que hidrolisa o DNA. Obtém-se a partir da urina ou sintetiza-se rh-DNase por engenharia genética. Apresenta-se em forma de solução estéril para uso por via inalatória. A concentração da forma recombinante é expressa em unidades Genentech (1 unidade Genentech/ml = 1 mg/ml). A absorção sistêmica de DNase administrada na forma indicada é mínima. O mecanismo de ação da DNase baseia-se na hidrólise do DNA proveniente das células mortas que formam parte das secreções pulmonares do paciente fibrocístico; o DNA de alto peso molecular aumenta a viscosidade do muco; a DNase diminui o peso molecular do DNA e aumenta a fluidez do muco. Outros constituintes que outorgam viscosidade ao muco das secreções pulmonares, as mucoproteínas, não são atacados pela DNase.

Indicações.

Indica-se para melhorar a função pulmonar de crianças maiores de 5 anos com fibrose cística, que tenham uma capacidade vital forçada maior do que 40% da teórica.

Posologia.

Administram-se 2,5 ml de uma solução que contém 1mg/ml de DNase ou rh-DNase, uma vez ao dia, por via inalatória.

Reações adversas.

Faringite, rouquidão, laringite e erupções cutâneas (com ou sem prurido). A administração do aerossol de DNase pode diminuir a função pulmonar e aumentar a expectoração no início do tratamento. Não foram descritas reações anafiláticas. Erupções cutâneas e urticária: em raras ocasiões, porém sempre foram leves e transitórias. Aproximadamente 5% dos pacientes tratados com DNase desenvolveram anticorpos, mas em nenhum caso foram do tipo IgE; o desenvolvimento de anticorpos não interfere com a melhoria das provas funcionais respiratórias.

Precauções.

A DNase administrada em regime intermitente é menos eficaz que a administrada diariamente, razão pela qual se deve recomendar aos pacientes a conveniência do uso diário. A administração de DNase não interfere na evolução dos pacientes que experimentem uma nova fase aguda infecciosa da afecção respiratória durante o tratamento. Ainda não foram demonstradas a segurança terapêutica e a eficácia da administração diária desse medicamento em pacientes menores de 5 anos ou com uma capacidade vital forçada menor do que 40% do valor teórico. Os pacientes com mais de 21 anos podem beneficiar-se com um regime de duas doses diárias. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não utilizar em gestantes ou durante a lactação a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. A segurança e a eficácia em crianças menores de 5 anos não foram estabelecidas.

Interações.

Não são conhecidas.

Contraindicações.

Não são conhecidas.