Dipivefrina

Ações terapêuticas.

Antiglaucomatoso.

Propriedades.

A dipivefrina é um pró-fármaco da adrenalina que, devido a sua elevada lipossolubilidade, pode penetrar na câmara anterior do olho, onde é biotransformada em adrenalina por hidrólise enzimática. A adrenalina liberada pode então exercer sua ação, com a qual diminui a produção do humor aquoso ou aumenta a sua eliminação, com menos reações adversas do que se fosse instilado um colírio com adrenalina no olho. Em estudos clínicos foi observado que somente 3% dos pacientes que tinham antecedentes de intolerância à adrenalina também a apresentavam com a dipivefrina, enquanto que em um grupo controle, que recebeu adrenalina a 2%, 55% voltou a desenvolver intolerância. A resposta terapêutica dos pacientes à dipivefrina, duas vezes por dia, é comparável à pilocarpina a 2% administrada quatro vezes po dia.

Indicações.

Hipertensão ocular no glaucoma crônico de ângulo aberto. Glaucoma.

Posologia.

No tratamento do glaucoma: uma gota de solução de cloridrato de dipivefrina a 0,1% no olho cada 12 horas. Em terapia de substituição: durante 1 dia continuar a medicação anterior e adicionar 1 gota em cada olho a cada 12 horas; no dia seguinte suspender o medicamento antiglaucomatoso prévio e continuar a dipivefrina. Administração simultânea: pode ser adicionado (uma gota a cada 12 horas) a outros agentes antiglaucomatosos como o timolol, a pilocarpina, o carbacol e a acetazolamida, para incrementar o efeito terapêutico. Compatibilidade: pode ser utilizado em pacientes que usam lentes de contato moles.

Reações adversas.

Ardor, prurido, injeção conjuntival. Seria possível encontrar efeitos devidos à adrenalina liberada: taquicardia, arritmias, hipertensão, depósitos adenocromos na córnea e na conjuntiva.

Precauções.

Foi observado edema macular em pacientes afáquicos tratados com adrenalina por via ocular; a suspensão da medicação permite geralmente a reversão da maculopatia. Não foi estabelecido se a dipivefrina passa ao leite ou se tem algum efeito sobre o feto; utilizar somente em casos de necessidade evidente.

Interações.

Não associar com adrenalina.

Contraindicações.

Não deve ser empregado em pacientes com glaucoma agudo ou crônico de ângulo fechado.

Princípios ativos que interagem com Dipivefrina