Dipiridamol
Ações terapêuticas.
Antitrombótico vasodilatador.
Propriedades.
É um antitrombótico com capacidade para modificar a função plaquetária, especialmente a agregação e a aderência (fatores associados com a iniciação da formação do trombo). O mecanismo de ação relaciona-se com sua capacidade de inibir a atividade das enzimas adenosina desaminase e fosfodiesterase. Esta inibição aumenta os níveis intracelulares de adenosina, nucleotídeos de adenosina e AMP cíclico. A absorção é variável e lenta. A biodisponibilidade varia de 27% a 66%. Sua união às proteínas é muito alta (99%). A meia-vida é de 1 a 12 horas e o tempo até alcançar a concentração máxima é de aproximadamente 75 minutos. Metaboliza-se no fígado e é eliminado principalmente por via biliar.
Indicações.
Como coadjuvante dos anticoagulantes orais, na profilaxia do tromboembolismo associado com válvulas protéticas.
Posologia.
Crianças: 3 mg/kg/dia. Adultos: 300 a 600 mg/dia divididos em 3 a 4 vezes. Deve ser ingerido antes das refeições.
Reações adversas.
Náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, vertigem, erupção cutânea. Em doses excessivas: vasodilatação periférica e hipotensão.
Precauções.
O dipiridamol é um potente vasodilatador e deve ser usado com cuidado em pacientes anginosos, com estenose aórtica subvalvular ou outra alteração hemodinâmica associada com enfarte do miocárdio recente. Deve ser usado com cuidado em pacientes com distúrbios de coagulação, assim como durante a gravidez e a lactação.
Interações.
Pode aumentar o risco de hemorragia por uso simultâneo com anticoagulantes orais e heparina, com anti-inflamatórios não-esteroides (AINE), ácido acetilsalicílico ou inibidores da agregação plaquetária; com trombolíticos (estreptoquinase ou uroquinase) pode aumentar o risco de hemorragia. Os antiácidos podem diminuir o efeito do dipiridamol.
Contraindicações.
Não existem contraindicações absolutas.