Diclofenaco dietilamina
Ações terapêuticas.
Analgésico e anti-inflamatório.
Propriedades.
Atua inibindo a síntese de prostaglandinas, que desempenham uma ação importante na aparição da inflamação, dor e febre, e em relação com a hialuronidase produzida por microrganismos e a agregação plaquetária. A quantidade de diclofenaco absorvida pela pele é proporcional ao tempo de contato e à área de aplicação, e depende da dose tópica total e a hidratação da pele. A metade da dose é biotransformada no fígado e se liga em cerca de 99% a proteínas séricas (albumina). É eliminado por via urinária em aproximadamente 60% na forma de metabólitos, enquanto o restante é eliminado por via biliar nas fezes.
Indicações.
Auxiliar no tratamento de processos traumáticos. Inflamação pós-traumática de tendões, ligamentos e articulações, por exemplo devida a entorses, distensões e contusões. Formas localizadas de reumatismo de tecidos moles, como tendovaginite, bursite, síndrome ombro-mão e periartropatia. Formas localizadas de reumatismo degenerativo, por exemplo artrose das articulações, periféricas e da coluna vertebral.
Posologia.
Adultos: via tópica, aplicar 2-4 g sobre uma superfície de aproximadamente 400 a 800 cm2, friccionando ligeiramente até sua total absorção. Repetir 3 a 4 vezes ao dia até a desaparição da sintomatologia.
Reações adversas.
Gastrintestinais: dor epigástrica, náuseas, vômitos, diarreia. Raramente podem haver hemorragias, úlcera péptica. Em casos isolados: transtornos hipogástricos (colite hemorrágica inespecífica e exacerbação de colite ulcerativa). Sistema nervoso central: cefaleias, enjoos, vertigens. Em raras ocasiões, sonolência e em casos isolados transtornos da visão. Dermatológicas: rash ou erupção cutânea. Hematológicas: em casos isolados: trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose, anemia hemolítica, anemia aplástica. Renais: raramente, insuficiência renal aguda, alterações urinárias, síndrome nefrótica. Reações de hipersensibilidade (broncoespasmos, reações sistêmicas anafiláticas, inclusive hipotensão). Raramente, hepatite com ou sem icterícia.
Precauções.
A aplicação deve ser feita em superfícies cutâneas sadias e intactas (ausência de feridas ou lesões abertas), evitando o contato com os olhos e as mucosas. Ao ser administrado por via tópica, as probabilidades de que ocorram efeitos secundários sistêmicos são escassas; não obstante, podem observar-se, quando o fármaco é aplicado em zonas relativamente extensas da pele e durante um período prolongado. Por isto, os pacientes com transtornos gastrintestinais ou com antecedentes de úlcera péptica, doença de Crohn ou com transtornos hematopoiéticos, com afecções hepáticas, cardíacas ou renais graves, deverão ser mantidos sob controle médico estrito. Em pacientes submetidos a tratamento prolongado recomenda-se realizar controles hematológicos periódicos e controlar a função hepática e renal. Precaução especial deverá ser observada em pacientes de idade avançada, diminuindo a dose em idosos enfraquecidos ou de baixo peso e naqueles que estejam sob tratamento diurético. Recomenda-se sua não prescrição durante o período de gravidez, sobretudo no terceiro trimestre (por possível inibição das contrações uterinas e fechamento prematuro do duto arterioso).
Interações.
Administrado de forma simultânea com preparados de lítio ou digoxina, pode elevar o nível plasmático destes fármacos. Pode inibir o efeito de diuréticos. Há relatos sobre o risco aumentado de hemorragias durante o emprego combinado de diclofenaco e anticoagulantes. Pode aumentar a concentração sanguínea do metotrexato e elevar sua toxicidade. A nefrotoxicidade da ciclosporina pode ser maior mediante os efeitos anti-inflamatórios não esteroides do diclofenaco sobre as prostaglandinas renais.
Contraindicações.
Úlcera gastroduodenal. Hipersensibilidade ao diclofenaco. Assim como para outros agentes anti-inflamatórios não esteroides, está contraindicado em pacientes nos quais o ácido acetilsalicílico e outros agentes inibidores da prostaglandina sintetase provoquem crises de asma, urticária ou rinite aguda.