Dibotermina alfa
Propriedades.
A dibotermina alfa é a proteína-2 morfogenética óssea recombinante humana (rhBMP-2), derivada de uma linhagem celular de ovário de hamster chinês. Trata-se de uma proteína osteoindutora que induz a formação de tecido ósseo no sítio do implante que liga-se aos receptores de superfície das células mesenquimatosas, fazendo com que estas células se diferenciem em células formadoras de cartilagem e de osso. O proceso de formação óssea se desenvolve a partir do exterior em direção ao centro do implante de dibotermina até que a totalidade do implante seja substituída por osso trabecular. A aplicação de dibotermina dentro do osso trabecular leva a uma reabsorção transitória do osso circundante ao implante, seguida de uma substituição por osso novo, mais denso.
Indicações.
Como substituto para o enxerto de osso autógeno, na fusão vertebral lombar anterior no nível de L4-S1, em adultos com discopatias degenerativas que tenham sido tratados não cirurgicamente durante pelo menos 6 meses. Fraturas de tíbia em adultos, como adjuvante do tratamento padrão que consiste na redução da fratura aberta e a fixação de cravos intramedulares.
Posologia.
Dose: 1,5 mg/ml (12 mg) por frasco. Não utilizar em concentrações superiores a 1,5 mg/ml.
Reações adversas.
As principais reações adversas incluem a formação de acúmulos líquidos (pseudocistos, edema localizado, liberação de líquido procedente do lugar de implantação), por vezes encapsulados, que ocasionalmente podem produzir compressão do nervo e dor, em pacientes submetidos a cirurgia da coluna. Outros efeitos adversos incluem nevralgias, dor lombar, hiperamilasemia, taquicardia, hipomagnesemia, cefaleia.
Precauções.
Dada a existência de relatos de casos de edema localizado de aparição tardia associado ao uso de dibotermina em pacientes submetidos a cirurgia da coluna cervical, com comprometimento das vias respiratórias, recomenda-se realizar acompanhamento do osso em vez da administração de dibotermina alfa. Este fármaco pode provocar reabsorção inicial do osso trabecular circundante, razão pela qual não é recomendável utilizá-lo em aplicações diretas sobre o osso trabecular quando a eventualidade de uma reabsorção óssea transitória pode criar risco de fragilidade óssea. A dibotermina pode produzir ossificação heterotópica nos tecidos subjacentes e formação óssea exuberante no lugar do implante. O uso de dibotermina não provoca respostas imunológicas (anticorpos antidibotermina alfa); não obstante, recomenda-se ter em especial consideração a relação benefício/risco em pacientes que haviam recebido previamente colágeno injetável. A segurança e a eficácia da dibotermina não estão estabelecidas quando utilizados outros implantes de coluna distintos do dispositivo LTCAGE, quando o implante na coluna lombar inferior localiza-se em locais diferentes de L4-S1, em técnicas cirúrgicas que não sejam cirurgias abertas anteriores ou cirurgias laparoscópicas anteriores.
Interações.
Até o momento não foram realizados estudos a este respeito.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco, imaturidade esquelética, doença maligna ativa ou pacientes sob tratamento como consequência de uma doença maligna, infecção ativa no local da operação, síndrome compartimental persistente ou sequelas neurovasculares da síndrome compartimental, fraturas patológicas como as observadas em (porém não limitadas a) doença de Paget ou ossos metastáticos. Gravidez e lactação.