Dibecacina

Ações terapêuticas.

Antibiótico.

Propriedades.

É um agente bactericida da família dos aminoglicosídeos, derivado da canamicina; assim como outros antibacterianos do mesmo grupo, atravessa a parede bacteriana e se liga de modo irreversível às proteínas receptoras específicas da subunidade 30S dos ribosssomos bacterianos, interferindo com o complexo de iniciação RNA mensageiro-subunidade 30S ribossômica necessário para a tradução. Visto que o RNA é lido de forma errônea, originam-se proteínas anômalas; por sua vez, isto ocasiona a separação dos polirribossomas e a alteração da síntese protéica bacteriana.

Indicações.

Infecções sistêmicas provocadas por microrganismos suscetíveis. Infecções oftálmicas.

Posologia.

Adultos: intramuscular ou intravenosa, 1 mg/kg a 3 mg/kg por dia a cada 6 a 8 horas. Via oftálmica, 2 a 4 gotas, 4 vezes ao dia de uma solução contendo aproximadamente 3 mg% de dibecacina.

Superdosagem.

O bloqueio neuromuscular com comprometimento da dinâmica ventilatória pulmonar pode chegar à apneia. Como antídotos devem empregar-se neostigmina IV ou solução com gluconato de cácio.

Reações adversas.

Via sistêmica: cefaleias, nervosismo, excitação, acúfenos, vertigem, oligúria, hipoacusia, transtornos da visão, elevação da creatinina e da ureia séricas, ataxia, nistagmo, lacrimejamento, exantema cutâneo, trombocitopenia, granulocitopenia, cilindrúria.

Precauções.

Empregar com cuidado em pacientes idosos, diabéticos ou cardíacos. Durante o tratamento, deve-se exercer vigilância sobre a função renal e labiríntica-audiométrica.

Interações.

Potencialização com fármacos que podem produzir bloqueio da junção neuromuscular (curarizantes, bloqueadores neuromusculares, polimixina) ou fármacos potencialmente nefrotóxicos (cefalosporinas, diuréticos, aminoglicosídeos) ou ototóxicos (vancomicina, minociclina, aminoglicosídeos).

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco. Insuficiência renal. Lesões do 8° par craniano. Oligúria severa. Miastenia gravis.