Dacarbazina
Ações terapêuticas.
Antineoplásico.
Propriedades.
Sua principal ação é a alquilação, que não é específica de nenhuma fase do ciclo de divisão celular. Pode inibir a síntese de DNA e RNA mediante a formação de íons carbônio. Pela atividade de enzimas hepáticas, pode-se produzir certa atividade e toxicidade. Atravessa a barreira hematoencefálica em quantidade limitada. Sua união às proteínas é muito baixa. Metaboliza-se no fígado e elimina-se por via renal, de 30% a 45% da dose injetada em 6 horas e a metade dela de forma inalterada.
Indicações.
Melanoma maligno metastático após a ressecção cirúrgica do tumor. Linfoma de Hodgkin. As indicações das drogas antineoplásicas passam por constantes revisões.
Posologia.
Adultos: IV, de 2 a 4,5 mg/kg ao dia, durante 10 dias, podendo ser repetida a cada 28 dias, ou por via IV até 250 mg/m2 ao dia durante 5 dias, podendo ser repetida cada 21 dias.
Reações adversas.
Muitas reações são inevitáveis e representam a ação farmacológica do fármaco. Algumas delas, como leucopenia e trombocitopenia, são utilizadas como indicadores da eficácia da medicação. Febre, calafrios, dor de garganta, hemorragia ou hematomas não habituais. Anorexia, náuseas, vômitos, alopecia, artralgias e mialgias.
Precauções.
Evitar as imunizações a não ser que o médico as aprove. Pode-se produzir supressão gonadal, que dá lugar a amenorreia e azoospermia. Estes efeitos parecem estar relacionados com a dose e a duração do tratamento. Recomenda-se evitar o uso de dacarbazina durante o primeiro trimestre da gravidez devido ao seu potencial mutagênico e teratogênico. Não se recomenda seu uso durante o período de lactação. Raramente, pode produzir estomatite associada com mal-estar considerável.
Interações.
A inibição da xantinoxidase induzida por dacarbazina pode produzir efeitos hipouricêmicos adicionais quando empregada simultaneamente com alopurinol. Os indutores das enzimas hepáticas podem potencializar o metabolismo da dacarbazina por indução das enzimas microssômicas hepáticas. Os fármacos que produzem discrasia sanguínea, depressores da medula óssea ou radioterapia podem aumentar os efeitos depressores sobre aquela.
Contraindicações.
Catapora existente ou recente. Herpes-zóster. A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de depressão da medula óssea, disfunção hepática, infecção, disfunção renal e em pacientes que tiverem sido previamente submetidos a tratamento com citotóxicos ou radioterapia.