Clodrônico, ácido

Ações terapêuticas.

Protetor ósseo.

Propriedades.

Pertence à família dos bifosfonatos, substâncias que têm afinidade com o tecido ósseo, em particular com os cristais de fosfato de cálcio. Complexa-se com a hidroxiapatita, originando uma nova estrutura cristalina, que inibe a dissolução dos cristais. Em pacientes com metástases ósseas, o tratamento com ácido clodrônico não só diminui mas também leva à interrupção da degeneração óssea, resultando em menor risco de incidência de novas metástases. As concentrações do ácido clodrônico que inibem a osteólise não interferem na mineralização do tecido ósseo.

Indicações.

Metástase óssea de tumores sólidos ou neoplasias hematológicas. Hipercalcemia induzida por tumores malignos com ou sem metástases ósseas.

Posologia.

Via oral: 1,6 a 3,2 g/dia. Via parenteral: 300 mg/dia, em infusão superior nunca inferior a duas horas.

Superdosagem.

Até o presente não há relatos; entretanto náuseas e vômitos, caso apareçam, devem receber tratamento sintomático. A hipocalcemia deve ser corrigida com alimentos ricos em cálcio ou com cálcio parenteral.

Reações adversas.

Náuseas e diarreia. Reações de hipersensibilidade cutânea. Hipocalcemia. Proteinúria passageira (após a administração). Deterioração aguda da função renal. Alterações de parâmetros bioquímicos (reversíveis): redução da fosfatemia, elevação da fosfatase alcalina, da HDL (lipoproteína de alta densidade) e do hormônio paratireoidiano.

Precauções.

Devem ser realizados controles periódicos do funcionamento hepático, renal e do nível sérico de fosfato. Monitorar a calcemia, em intervalos menores que quatro semanas. Caso seja detectada hipocalcemia ou comprometimento da função renal, o tratamento deve ser suspenso.

Interações.

Alimentos com elevado teor de cálcio, ferro e magnésio e antiácidos diminuem a absorção do fármaco.

Contraindicações.

Hipersensibilidade ao fármaco. Insuficiência renal. Inflamações agudas do trato gastrintestinal. Gravidez. Lactação.