Citicolina

Ações terapêuticas.

Reconstituinte cerebral. Neuroativador metabólico.

Propriedades.

Quimicamente corresponde ao citidina-fosfato de colina (citicolina), que é um agente nootrópico caracterizado por ativar e incrementar o rendimento energético neuronal, facilitando a restauração funcional das células corticais submetidas a hipóxia. A citicolina é uma pirimidina 5'-nucleotídeo. Estimula a biossíntese dos fosfolipídeos estruturais da membrana celular, especialmente em nível neuronal. Em modelos animais parece evitar ou reduzir a extensão do dano cerebral provocado pela isquemia. Além disto, a citicolina parece induzir um aumento da sensibilidade dos receptores da dopamina, razão pela qual melhora a resposta à levodopa em pacientes afetados pelo mal de Parkinson. Também causa aumento da síntese de acetilcolina. Existem estudos não-conclusivos que assinalam utilidade potencial no tratamento do mal de Alzheimer, do infarto cerebral, da demência vascular ou degenerativa e em pacientes com traumatismo cerebral moderado ou grave. Após sua administração oral a citicolina é hidrolisada no intestino em seus dois componentes (colina e citidina), os quais são rapidamente absorvidos, ressintetizando-se uma parte do fármaco original do fígado. Apenas cerca de 30% é eliminado através da urina e das fezes.

Indicações.

Insuficiência vascular cerebral. Arteriosclerose cerebral. Envelhecimento neuronal. Tratamento de lesões cerebrais de etiologia vascular ou traumática, com ou sem perda da consciência. Síndromes cerebrais involutivas. Distúrbios da concentração, da memória e da atenção. Sequelas de acidentes vasculares cerebrais.

Posologia.

Adultos: 100 mg a 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia. Dose de manutenção: 100 mg três vezes ao dia.

Superdosagem.

Não se registram casos de superdose em função da baixa toxicidade da citicolina. Em caso de ingestão acidental, recomenda-se instaurar terapia sintomática.

Reações adversas.

Os efeitos adversos mais frequentes compreendem náuseas, vômitos, gastralgia e diarreia, fadiga, cansaço, enjoos e cefaleias. Mais ocasionalmente observam-se alterações cardiovasculares tais como hipotensão, bradicardia ou taquicardia.

Precauções.

Dada a ausência de estudos clínicos adequados, recomenda-se administrar este medicamento a mulheres grávidas somente nos casos em que o benefício para a mãe justifique o risco potencial para o feto. Posto que a citicolina é eliminado pelo leite materno, aconselha-se suspender a medicação em mulheres durante o período de lactação. Aconselha-se não superar 600mg diários em pacientes com hemorragia cerebral intracraniana.

Interações.

Não administrar este medicamento juntamente com meclofenoxato ou centrofenoxina. Devido a que a citicolina potencializa os efeitos L-dopa, é necessário administrar com precaução esta associação de medicamentos.

Contraindicações.

Hipersensibilidade à citocolina. Gravidez e lactação.

Princípios ativos que interagem com Citicolina