Auranofina

Ações terapêuticas.

Antirreumático.

Propriedades.

O efeito clínico predominante dos compostos de ouro parece ser a supressão da sinovite do estado ativo da doença reumática. Não se conhece o mecanismo preciso do efeito anti-inflamatório, porém foi sugerido que estes compostos alteram os mecanismos celulares mediante a inibição dos sistemas sulfidrilos. Outros mecanismos incluem a alteração ou inibição de diversos sistemas enzimáticos, a supressão da atividade fagocítica dos macrófagos e dos polimorfonucleares, a alteração da resposta imune e a alteração da biossíntese de colágeno. Em 1 dose de auranofina há 25% de ouro que se absorve no trato gastrintestinal. Sua união às proteínas é moderada. No sangue, 60% do ouro unem-se às proteínas plasmáticas, o restante está presente nos glóbulos vermelhos. Metaboliza-se tão rápido que não foi detectada a molécula intacta no sangue; 68% do ouro absorvido são excretados na urina e o restante da dose, nas fezes.

Indicações.

Artrite reumatoide em adultos.

Posologia.

Adultos: 6 mg uma vez ao dia ou 3 mg duas vezes ao dia; dose máxima: 9 mg/dia.

Reações adversas.

Urina turva (proteinúria), prurido cutâneo (reação alérgica), úlceras ou manchas brancas na boca ou na garganta (estomatite), olhos avermelhados (conjuntivite). Efeitos retardados: sensação de distensão ou gases, diarreia, indigestão, náuseas ou vômitos, diminuição ou perda de apetite. Em 1% a 3% dos casos, foi descrito: urticária, glossite, leucopenia, trombocitopenia, constipação, perda ou alterações do paladar.

Precauções.

Os efeitos leucopênicos ou trombocitopênicos podem dar lugar a aumento da incidência de infecções microbianas, retardamento da cicatrização e hemorragia gengival. Os compostos com ouro podem produzir glossite, gengivite ou estomatite. Pode produzir também, fotossensibilidade.

Interações.

Deve ser considerada a possibilidade de toxicidade aditiva quando administrado junto aos depressores da medula óssea, medicamentos que produzem dermatites, hepatotóxicos ou nefrotóxicos. Não se recomenda o uso simultâneo com penicilamina porque é muito provável que se aumente o risco de efeitos adversos hemáticos ou renais graves.

Contraindicações.

Efeitos adversos graves associados com a terapêutica prévia com ouro, tais como aplasia medular ou outras doenças hemáticas graves; dermatite esfoliativa, enterocolite necrotizante ou fibrose pulmonar. A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de discrasias sanguíneas ou antecedentes de agranulocitose ou diáteses hemorrágicas, debilidade aguda, erupção cutânea, lúpus eritematoso sistêmico, urticária ou eczema.