Atosibano
Ações terapêuticas.
Inibidor da contratilidade uterina.
Propriedades.
Trata-se de um fármaco bloqueador da ação da ocitocina sobre o útero, reduzindo a frequência e intensidade das contrações da musculatura lisa do útero em mulheres grávidas com o fim de retardar o parto prematuro. Quimicamente é um peptídeo sintético que atua por competição direta sobre os receptores da ocitocina humana inibindo o tônus e as contrações da musculatura uterina. O atosibano é administrada por via intravenosa inicialmente em "bolus" e em seguida em infusão contínua. O fármaco apresenta moderada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (46-48%) e atravessa a barreira placentária.
Indicações.
Parto prematuro iminente com contrações regulares de 30 segundos de duração e ≥4 contrações/30 minutos.
Posologia.
Aplica-se por via IV em uma dose inicial de 6,75 mg em "bolus" seguida de uma infusão contínua de reforço: 300 mg/min durante 3 horas seguida de outra de manutenção: 100 mg/min até 45 horas. A duração total do tratamento não deve superar 48 horas e a dose total não ser superior a 330 mg.
Reações adversas.
Ocasionalmente e com caráter leve relataram-se vertigens, náuseas, cefaleia, vômitos, rubor, taquicardia, hipotensão. Reação na zona da aplicação.
Precauções.
Em pacientes nas quais não se pode excluir a rotura de membranas ovulares será necessário ponderar os benefícios de proceder ao retardo do parto frente ao risco potencial de corioamnionite. Em caso de retardo do crescimento intrauterino, a decisão de continuar ou reiniciar o tratamento dependerá da avaliação da maturidade fetal. Em pacientes que continuam com contrações deve-se considerar a monitoração das contrações uterinas e da frequência cardíaca fetal.
Interações.
Não foram registradas.
Contraindicações.
Gravidez < 24 ou > 33 semanas completas. Rotura prematura de membranas ovulares. Hemorragia uterina pré-parto. Placenta prévia. Pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Hipersensibilidade ao fármaco.