Adenosilmetionina

Ações terapêuticas.

Protetor hepático.

Propriedades.

Trata-se de molécula fisiológica presente em todos os tecidos e líquidos do organismo; atua como doador de grupamentos metil e como precursor de grupamentos tióis (cisteína, taurina e glutationa). No fígado a adenosilmetionina pode controlar a fluidez da membrana plasmática dos hepatócitos por meio da metilação de fosfolipídios e promover a síntese de compostos sulfurados nos processos de detoxificação. Ambas estas ações são de utilidade na prevenção dos mecanismos que induzem a colestase intra-hepática. A administração de adenosilmetionina aumenta a disponibilidade dos tióis sem ocasionar aumento dos níveis circulantes de metionina. Após a administração por via intramuscular o fármaco é completamente absorvido (96%), sendo que a proporção de droga ligada a proteínas plasmáticas é praticamente nula.

Indicações.

Colestase intra-hepática induzida por doenças hepáticas ou drogas, intoxicação por drogas que diminuam o conteúdo hepático de glutationa (por exemplo paracetamol).

Posologia.

Na colestase intra-hepática: por via intramuscular ou intravenosa, 200 mg a 800 mg a cada 12 a 24 horas. Como coadjuvante no tratamento com antidepressivos: por via intramuscular ou intravenosa, 200 mg a 400 mg por dia. Em nenhum caso sua administração poderá prolongar-se por mais de 3 semanas, pois depois deste período o tricíclico começa a manifestar seu efeito antidepressivo. A dose máxima recomendada para infusão intravenosa é 800 mg/dia.

Superdosagem.

Até o momento não foram registrados casos de superdose.

Reações adversas.

As principais reações adversas compreendem ansiedade e ligeira insônia.

Precauções.

Os estudos de toxicidade crônica realizados com camundongos machos e fêmeas não revelaram nenhum sinal de toxicidade, seja em exames clínicos ou histológicos. Igualmente não se observaram sinais de teratogenicidade em ensaios realizados com ratos e coelhos durante todo o período de prenhez. Recomenda-se restringir o uso de adenosilmetionina ao terceiro trimestre da gestação nos casos em que a sintomatologia colestática seja importante. Por não existirem dados disponíveis sobre a sua aliminação através do leite materno, recomenda-se administrar adenosilmetionina a mulheres no período de amamentação somente naqueles casos em que o benefício para a mãe supere os riscos potenciais para o feto.

Interações.

Não foram registradas.

Contraindicações.

Pacientes com hipersensibilidade ao fármaco, feocromocitoma ou estados maníacos ou hipomaníacos.