Acenocumarol
Ações terapêuticas.
Anticoagulante oral cumarínico.
Propriedades.
O acenocumarol prolonga o tempo de tromboplastina; aproximadamente 36 a 72 horas após iniciado o tratamento deve-se ajustar a dose conforme o prolongamento do tempo mencionado. O tempo de tromboplastina normaliza-se em poucos dias após a suspensão do fármaco. Atua como antagonista da vitamina K e inibe a
Indicações.
Tratamento e profilaxia de enfermidades tromboembólicas.
Posologia.
A sensibilidade aos anticoagulantes pode modificar-se no transcurso do tratamento, sendo, portanto, imprescindível a realização de exames de coagulação periodicamente e a adaptação da dose com base nestes resultados. Dose inicial: se o tempo de tromboplastina encontra-se dentro da margem normal, é sugerido: 1º dia: 8 a 12 mg; 2º dia: 4 a 8 mg. Se o tempo de tromboplastina for anormal, deve-se iniciar com cautela. Terapêutica de manutenção: será ajustada em função dos valores de Quick variando, em geral, entre 1 a 8 mg/dia.
Reações adversas.
Hemorragias em diversas partes do organismo em função da intensidade do tratamento, da idade do paciente e da doença básica; em geral produzidas no trato gastrintestinal, aparelho geniturinário, fígado ou vesícula biliar. De forma isolada, foram descritos distúrbios gastrintestinais, reações alérgicas em forma de urticárias, dermatites e febre. Foram descritos casos isolados de necroses cutâneas hemorrágicas, relacionadas com deficiência congênita de proteína C e lesões hepáticas.
Precauções.
Em patologias como tireotoxicoses, tumores, doenças renais ou infecções, se reduz a fixação proteica de acenocumarol com aumento correspondente de sua atividade. Se a função hepática é limitada, deverá ser observada a possível alteração na formação dos fatores da coagulação. Os distúrbios que afetam a absorção gastrintestinal podem alterar seu efeito anticoagulante. A dose deverá ser dada com cautela para pacientes com insuficiência cardíaca grave. A dose deve ser dada com precaução aos pacientes com idade mais avançada.
Interações.
As seguintes drogas potencializam o efeito anticoagulante: alopurinol, esteroides, anabólicos, andrógenos, antiarrítmicos (amiodarona, quinidina), antibióticos (eritromicina, cloranfenicol, tetraciclina, neomicina), glicacon, derivados do imidazol, sulfamidas de ação prolongada, antidiabéticos orais, hormônios tireoídeos. A administração concomitante de medicamentos que modificam a hemóstase (heparina, ácido salicílico e seus derivados), fenilbutazona ou outros derivados pirazolônicos, reforça o efeito anticoagulante e aumenta o risco de hemorragias gastrintestinais. Deverá ser controlada a coagulação quando são combinados com anti-inflamatórios não esteroides. Diminuem seu efeito anticoagulante: aminoglutetimida, barbitúricos, carbamazepina, colestiramina, griseofulvina, anticoncepcionais orais, rifampicina e diuréticos tiazídicos. A administração simultânea de hidantoína eleva sua concentração. Aumenta o efeito hipoglicemiante dos derivados da sulfonilureia, se administrados em conjunto.
Contraindicações.
Hipersensibilidade conhecida à droga e aos derivados de cumarina. Gravidez. Patologias em que o risco de hemorragias é maior do que o benefício clínico: diátese hemorrágica ou discrasias sanguíneas, úlcera gastroduodenal ou hemorragias do trato gastrintestinal, geniturinário ou respiratório. Hipertensão grave, lesões graves do parênquima hepático ou renal. Atividade fibrinolítica aumentada.