VENIZ XR
RANBAXY
venlafaxina
Antidepressivo.
Apresentações.
Veniz® XR 37,5 mg em embalagens contendo 30 comprimidos de liberação prolongada.
Veniz® XR 75 mg em embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos de liberação prolongada.
Veniz® XR 150 mg em embalagens contendo 30 comprimidos de liberação prolongada.
VIA ORAL
USO ADULTO
Composição.
Veniz® XR 37,5 mg: Cada comprimido de liberação prolongada contém: cloridrato de venlafaxina 42,428 mg (equivalente a 37,5 mg de venlafaxina). Excipientes: hipromelose, povidona, lactose monoidratada, água purificada, copolímero do ácido metacrílico acrilato de etila, talco, estearato de magnésio, possolv SMCC 90, crospovidona, dióxido de silício coloidal anidro, laurilsulfato de sódio, FD & C vermelho n° 40 laca de alumínio, etil celulose dispersão aquosa, manitol, dibutil sebacato, citrato de trietila, polissorbato 20, opadry II 85F19250 claro, opacode S-1-27794 preto e álcool isopropílico.
Veniz® XR 75 mg: Cada comprimido de liberação prolongada contém: cloridrato de venlafaxina 84,855 mg (equivalente a 75 mg de venlafaxina). Excipientes: hipromelose, povidona, lactose monoidratada, água purificada, copolímero do ácido metacrílico acrilato de etila, talco, estearato de magnésio, prossolv SMCC 90, crospovidona, dióxido de silício coloidal anidro, laurilsulfato de sódio, FD & C vermelho n° 40 laca de alumínio, etil celulose dispersão aquosa, manitol, dibutil sebacato, citrato de trietila, polissorbato 20, opadry II 85F19250 claro, opacode S-1-27794 preto e álcool isopropílico.
Veniz® XR 150 mg: Cada comprimido de liberação prolongada contém: cloridrato de venlafaxina 169,710 mg (equivalente a 150 mg de venlafaxina). Excipientes: hipromelose, povidona, lactose monoidratada, água purificada, copolímero do ácido metacrílico acrilato de etila, talco, estearato de magnésio, prossolv SMCC 90, crospovidona, dióxido de silício coloidal anidro, laurilsulfato de sódio, FD & C vermelho n° 40 laca de alumínio, etil celulose dispersão aquosa, manitol, dibutil sebacato, citrato de trietila, polissorbato 20, opadry II 85F19250 claro, opacode S-1-27794 preto e álcool isopropílico.
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
Tratamento da depressão, incluindo depressão com ansiedade associada.
Prevenção de recaída e recorrência da depressão.
Tratamento de ansiedade ou transtorno de ansiedade generalizada (TAG), incluindo tratamento de longo prazo.
Tratamento do transtorno de ansiedade social (TAS), também conhecido como fobia social.
Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia, conforme definido no DSM-IV.
A eficácia da venlafaxina no tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM) foi demonstrada tanto em testes de curto prazo quanto em testes de longo prazo (Ver Resultados de Eficácia).
Um episódio depressivo maior implica um humor depressivo evidente e relativamente persistente (quase todos os dias por 2 semanas, pelo menos) ou a perda do interesse ou prazer em quase todas as atividades, representando uma mudança da função anterior, e inclui a presença de, pelo menos, cinco dos nove sintomas listados a seguir, durante o mesmo período de duas semanas: humor depressivo, interesse ou prazer nitidamente diminuído nas atividades usuais, mudança significativa de peso e/ou apetite, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, aumento do cansaço, sentimentos de culpa ou inutilidade, raciocínio lento ou concentração prejudicada, tentativa de suicídio ou ideias suicidas.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Transtorno Depressivo Maior
A eficácia do cloridrato de venlafaxina como um tratamento para o transtorno depressivo maior foi estabelecida em dois estudos de dose flexível de curto prazo, controlados com placebo em pacientes adultos que preencheram os critérios para transtorno depressivo maior do DSM-III-R ou DSM-IV.
Um estudo de 12 semanas utilizando doses de cloridrato de venlafaxina em um intervalo de 75 a 150 mg/dia (dose média para os que completaram foi de 136 mg/dia) e um estudo de oito semanas, utilizando doses de cloridrato de venlafaxina em um intervalo de 75 a 225 mg/dia (dose média para os que completaram foi de 177 mg/dia), demonstrou a superioridade do cloridrato de venlafaxina em relação ao placebo na pontuação HAM-D total e HAM-D deprimido, na pontuação total MADRS, no Clinical Global Impressions (CGI), no Item de Gravidade da Doença, e no item CGI de Melhoria Global. Em ambos os estudos, o cloridrato de venlafaxina também foi significativamente melhor do que placebo para certos fatores da HAM- D, incluindo o fator de ansiedade/ somatização, o fator de perturbação cognitiva, e o fator de retardamento, bem como para o índice de ansiedade psíquica.
Um estudo de 4 semanas de pacientes que preencheram os critérios do DSM-III-R para o transtorno depressivo maior com melancolia utilizando cloridrato de venlafaxina em uma faixa de 150 a 375 mg/dia (esquema de três doses por dia) demonstrou a superioridade de cloridrato de venlafaxina sobre o placebo. A dose média em sujeitos que completaram os testes era 350 mg/dia.
Exames de subconjuntos de gênero da população estudada não revelaram qualquer resposta diferencial com base no gênero.
Em um estudo de longo prazo, pacientes adultos que preencheram os critérios do DSM-IV para o transtorno depressivo maior que haviam respondido durante oito semanas a um teste aberto com cloridrato de venlafaxina (75, 150 ou 225 mg, qAM) foram randomizados para a continuação com a mesma dose de cloridrato de venlafaxina ou placebo, por até 26 semanas de observação para recaída. A resposta durante a fase aberta foi definida como uma pontuação de Severidade do item de doença CGI de ≤ 3 e uma pontuação total HAM-D-21 de ≤ 10 na avaliação do dia 56. Recaída durante a fase duplo-cega foi definida da seguinte forma: (1) uma reaparição do transtorno depressivo maior, como definido pelos critérios do DSM-IV e um item CGI de Severidade da Doença com pontuação ≥ 4 (moderadamente doente), (2) 2 itens consecutivos CGI de Severidade da Doença com pontuação ≥ 4, ou (3) um item final CGI de Severidade da Doença com pontuação ≥ 4 para qualquer paciente que abandonou o estudo por qualquer motivo. Os pacientes que receberam cloridrato de venlafaxina que continuaram o tratamento experimentaram taxas de recaída significativamente mais baixas nas 26 semanas subsequentes em comparação com aqueles que receberam placebo.
Em um segundo ensaio clínico de longo prazo, pacientes adultos que preencheram os critérios do DSM-III-R para transtorno depressivo maior, tipo recorrente, que responderam (HAM -D-21 pontuação total ≤ 12, no 56° dia de avaliação) e continuaram a melhorar [definidos conforme os seguintes critérios forem atingidos do dia 56 até 180: (1) nenhuma pontuação total HAM-D-21 ≥ 20; (2) não mais do que 2 pontuações totais HAM-D-21 > 10, e (3) nenhum item CGI de Severidade da Doença com pontuação ≥ 4 (moderadamente doente)] durante um período inicial de 26 semanas de tratamento com cloridrato de venlafaxina (100 a 200 mg/dia, num esquema de duas doses por dia) foram randomizados para continuação da mesma dose de comprimidos de cloridrato de venlafaxina ou para o placebo. O período de acompanhamento para observar os pacientes para a recaída, definida como um item CGI de Severidade da Doença com pontuação ≥ 4, era de até 52 semanas. Os pacientes que receberam o tratamento continuado com ncloridrato de venlafaxina experimentaram taxas de recaída significativamente mais baixas nas 52 semanas subsequentes em comparação com aqueles que receberam placebo.
Distúrbio de Ansiedade Generalizada
A eficácia da venlafaxina como tratamento para Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) foi estabelecida em dois estudos de dose fixa, curto prazo (8 semanas) e controlados por placebo, um estudo de dose fixa, longo prazo (6 meses) e controlado por placebo e um estudo de dose flexível, longo prazo (6 meses) e controlado por placebo em pacientes ambulatoriais que atendem aos critérios DSM-IV para TAG.
Um estudo de curto prazo que avaliou doses de 75, 150 e 225 mg/dia de venlafaxina de liberação prolongada e placebo mostrou que a dose de 225 mg/dia apresentou mais efeito que o placebo no escore total da Escala de Avaliação de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), nos itens HAM-A de ansiedade e tensão e a escala CGI. Embora houvesse evidência de superioridade com relação ao placebo para doses de 75 e 150 mg/dia, estas doses não foram consistentemente eficazes como a dose maior.
Um segundo estudo de curto prazo que avaliou doses de 75 e 150 mg/dia de venlafaxina de liberação prolongada e placebo mostrou que ambas as doses foram mais eficazes que o placebo em alguns dos mesmos resultados, entretanto, a dose de 75 mg/dia foi consistentemente mais eficaz que a dose de 150 mg/dia. Dois estudos de longo prazo (6 meses), um com doses de 37,5, 75 e 150 mg/dia de venlafaxina de liberação prolongada e outro avaliando doses de 75 a 225 mg/dia, mostraram que doses de 75 mg ou superior foram mais eficazes que placebo na HAM-A total e nos itens de ansiedade e tensão, na escala CGI após tratamento de curto prazo (8 semanas) e longo-prazo (6 meses).
Referências Bibliográficas:
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3. Thase ME. Efficacy and tolerability of once-daily venlafaxine extended release (XR) in outpatients with major depression: the Venlafaxine XR 209 Study Group. J Clin Psychiatry 1997 Sep; 58: 393-8
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7. Venlafaxine XR 210 Study Group. Proceedings of the American Psychiatric Association Annual Meeting; June 1998;Toronto, Ontario.
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9. Jokela H. (Protocol 0600B2-378-EU). Wyeth-Ayerst Laboratories GMR-31786, 1997.
10. Venlafaxine XR 378 Study Group. Proceeding from the Annual Meeting of the Anxiety Disorders Association of
11. Cunningham L. (Protocol 0600B2-218-US). Wyeth-Ayerst Laboratories GMR-32976, 1997.
12. Venlafaxine XR 218 Study Group. Proceedings from the Annual Meeting of the Anxiety Disorders Association of America; March 26, 1999; San Diego, CA.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
· Descrição
Veniz® XR é um comprimido de liberação prolongada para administração oral que contém cloridrato de venlafaxina, um antidepressivo estruturalmente novo. Cloridrato de venlafaxina é inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Seu nome químico é cloridrato de (R/S)-1-[2-(dimetilamino)-1-(4-metoxifenil) etil] ciclohexanol ou cloridrato de (±)-1-[a-[(dimetilamino)metil]-p-metoxibenzil] ciclohexanol e tem a fórmula molecular de C17H27NO2HCI. O seu peso molecular é 313,87.
O cloridrato de venlafaxina comprimido de liberação prolongada é formulado como um comprimido de liberação prolongada para administração uma vez ao dia. O cloridrato de venlafaxina comprimido de liberação prolongada usam uma tecnologia com base em hidrogel para liberação de cloridrato de venlafaxina em uma taxa controlada por aproximadamente 24 horas. O sistema consiste em um comprimido de duas camadas cercado por uma camada parcialmente permeável. O núcleo do comprimido de duas camadas consiste em uma camada expansível colorida e uma segunda camada que contém o fármaco. Quando o comprimido entra em contato com um meio aquoso, os componentes solúveis da membrana semipermeável se dissolvem. A saturação da camada expansível com o meio aquoso faz com que ele inche rapidamente. Então é exercida uma pressão mecânica no revestimento causando sua ruptura. O revestimento é removido da camada expansível apenas para expor a área pré-definida de onde a liberação do fármaco ocorre. A taxa de liberação controlada do fármaco é função da superfície da área controlada e dos excipientes da camada com o fármaco. Os fragmentos biologicamente inertes do revestimento permanecem intatos e podem ser eliminados nas fezes.
· Mecanismo de ação
Acredita-se que o mecanismo da ação antidepressiva da venlafaxina nos seres humanos esteja associado com a sua potencialização da atividade neurotransmissora no sistema nervoso central. Estudos pré-clínicos demonstraram que a venlafaxina e seu metabólito ativo, O-desmetilvenlafaxina (ODV), são inibidores potentes da serotonina neuronal e da norepinefrina e inibidores fracos da recaptação de dopamina.
· Farmacodinâmica
Venlafaxina e seu metabólito ativo, O-desmetilvenlafaxina (ODV) não têm afinidade significativa com os receptores muscarínicos, histaminérgicos H1, ou adrenérgicos-a1 in vitro. A atividade farmacológica nestes receptores é hipoteticamente associada com os vários anticolinérgicos, sedativos e efeitos cardiovasculares observados com outras drogas psicotrópicas. Venlafaxina e ODV não possuem atividade inibitória da monoamina oxidase (MAO).
· Farmacocinética
As concentrações no estado de equilíbrio da venlafaxina e O-desmetilvenlafaxina (ODV) no plasma são alcançados no prazo de 3 dias de terapia de dose múltipla oral. Venlafaxina e ODV exibiram cinética linear no intervalo de doses de 75 a 450 mg/dia. A meia-vida média ± SD de eliminação aparente de venlafaxina e ODV após a administração de 75 mg de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada sob condições de alimentação foi de 10,7 ± 3,2 horas e 12,5 ± 3 horas, respectivamente. A venlafaxina e ODV são minimamente ligados, em concentrações terapêuticas nas proteínas plasmáticas (27% e 30%, respectivamente).
Absorção e Distribuição
A venlafaxina é bem absorvida e extensivamente metabolizada no fígado. ODV é o único grande metabólito ativo.
Com base nos estudos de balanço de massa, pelo menos 92% de uma dose oral única de venlafaxina são absorvidos. A biodisponibilidade absoluta de venlafaxina é aproximadamente 45%. A administração de 75 mg de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada sob condições de alimentação resultou em média ± SD venlafaxina Cmáx de 26,9 ± 13,4 ng/mL e ASC de 1.536,3 ± 496,8 ng•h/mL, Tmáx foi de 6,3 ± 2,3 horas. ODV média ± SD Cmáx, ASC, Tmáx após a administração de 75 mg de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada sob condições de alimentação foi de 97,9 ± 29,4 ng/mL, 2.926 ± 746,1 ng•h/mL e 11,6 ± 2,9 horas, respectivamente.
A administração de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada (150 mg Q24 horas) geralmente resultaram em Cmáx menor (150 ng/mL para a venlafaxina e 260 ng/mL para ODV) e, posteriormente, Tmáx (5,5 horas para venlafaxina e 9 horas para ODV) do que para os comprimidos de venlafaxina de liberação imediata (Cmáx para a liberação imediata de 75 mg q12 horas foram 225 ng/mL para a venlafaxina e 290 ng/mL para ODV; Tmáx eram 2 horas para venlafaxina e 3 horas para ODV). Quando doses diárias equivalentes foram administradas como um comprimido de liberação imediata ou a forma de liberação prolongada de venlafaxina, a exposição à venlafaxina e ODV seria semelhante para os dois tratamentos. Cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada, por conseguinte, proporciona uma taxa de absorção mais lenta, mas na mesma extensão da absorção em comparação com o comprimido de liberação imediata.
Alimentos não afetaram os parâmetros farmacocinéticos da ASC, Cmáx, Tmáx e da venlafaxina ou seu metabólito ativo, ODV, após a administração de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada. Tempo de administração (AM vs PM) não afeta a farmacocinética da venlafaxina e ODV.
Doses iguais de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada são bioequivalentes ao Efexor XR* cápsulas quando administradas após alimentação.
Metabolismo e excreção
Após a absorção, a venlafaxina sofre metabolismo pré-sistêmico extenso no fígado, principalmente de ODV, mas também a N-desmetil-venlafaxina, N,O-didesmetilvenlafaxina, e outros metabólitos secundários. Estudos in vitro indicam que a formação de ODV é catalisada pelo CYP2D6; o que foi confirmado em um estudo clínico mostrando que os pacientes com níveis baixos CYP2D6 ("metabolizadores pobres") tinham aumentado os níveis de venlafaxina e níveis reduzidos de ODV em comparação com as pessoas com CYP2D6 normal ("metabolizadores extensivos"). As diferenças entre os metabolizadores pobres CYP2D6 e extensivos, no entanto, não se espera que sejam clinicamente importantes, pois a soma de venlafaxina e ODV é semelhante nos dois grupos e venlafaxina e ODV são farmacologicamente equipotentes.
Aproximadamente 87% de uma dose de venlafaxina é recuperada na urina em 48 horas como a venlafaxina inalterada (5%), ODV não conjugada (29%), ODV conjugada (26%), ou de outros metabólitos menores inativos (27%). A eliminação renal da venlafaxina e seus metabólitos é, portanto, a principal via de excreção.
· Efeito dos Alimentos
Os alimentos não exercem efeito significante sobre a absorção da venlafaxina ou a formação da ODV.
· Populações especiais
Idade e sexo: A análise farmacocinética da população de 404 pacientes tratados com venlafaxina de dois estudos envolvendo tanto posologias de duas vezes ao dia e três vezes ao dia mostrarou que os níveis plasmáticos de dose normalizada de venlafaxina ou ODV foram inalterados por idade ou sexo. O ajuste da dose com base na idade ou sexo do paciente geralmente não é necessário.
Metabolizadores Extensivos/Pobres: as concentrações plasmáticas de venlafaxina foram maiores nos metabolizadores pobres de CYP2D6 do que nos metabolizadores extensivos. Como a exposição total (ASC) da venlafaxina e ODV foi semelhante nos grupos de metabolizador pobres e extensivos, não há nenhuma necessidade de diferentes regimes de dosagem de venlafaxina para estes dois grupos.
Doença hepática: Em 9 indivíduos com cirrose hepática, a disposição farmacocinética da venlafaxina e ODV foi alterada de forma significativa após a administração oral de venlafaxina. A meia-vida de eliminação da venlafaxina foi prolongada em cerca de 30% e a depuração diminuiu cerca de 50% em indivíduos com cirrose hepática em comparação com indivíduos normais. A meia-vida de eliminação da ODV aumentou cerca de 60% e a depuração diminuiu cerca de 30% em indivíduos com cirrose hepática em comparação com indivíduos normais. Um elevado grau de intervariabilidade foi notado. Três pacientes com cirrose mais grave tiveram uma diminuição mais substancial na depuração da venlafaxina (cerca de 90%) em comparação com indivíduos normais.
Em um segundo estudo, a venlafaxina foi administrada por via oral e por via intravenosa em indivíduos normais (n = 21), e em indivíduos Child-Pugh A (n = 8) e Child-Pugh B (n = 11) (levemente e moderadamente deficientes, respectivamente).
A biodisponibilidade oral de Venlafaxina foi aumentada de 2 a 3 vezes, a meia-vida de eliminação oral foi aproximadamente o dobro do tempo e a depuração oral foi reduzida em mais da metade, em comparação com indivíduos normais. Em indivíduos com insuficiência hepática, a meia-vida de eliminação oral da ODV foi prolongada em cerca de 40%, enquanto que a depuração oral da ODV foi semelhante ao de indivíduos normais. Um elevado grau de intervariabilidade foi notado.
É necessário o ajuste da dose nestes pacientes com insuficiência hepática.
Doença renal: Num estudo de insuficiência renal, a meia-vida de eliminação da venlafaxina após administração oral foi prolongada em cerca de 50% e a depuração foi reduzida em cerca de 24% em doentes com insuficiência renal (TFG = 10 a 70 mL/min), em comparação com indivíduos normais. Nos pacientes em diálise, a meia-vida de eliminação da venlafaxina foi prolongada em cerca de 180% e a depuração foi reduzida em cerca de 57% em comparação com indivíduos normais. Do mesmo modo, a meia-vida de eliminação de ODV foi prolongada em cerca de 40%, apesar do clearance não ter sido alterado em doentes com insuficiência renal (TFG = 10 a 70 mL/min) em comparação com indivíduos normais. Nos pacientes em diálise, a meia-vida de eliminação da ODV foi prolongada em cerca de 142% e a depuração foi reduzida em cerca de 56% em comparação com indivíduos normais. Um alto grau de intervariabilidade individual foi observado. É necessário o ajuste da dose nestes pacientes.
· Dados Pré-Clinicos de Segurança
Carcinogênese
A venlafaxina foi administrada a camundongos por sonda oral, durante 18 meses, em doses de até 120 mg/kg por dia, o que foi 1,7 vezes a dose máxima recomendada para humanos numa base de mg/m2. A venlafaxina também foi administrada a ratos por sonda oral por 24 meses, em doses de até 120 mg/kg por dia. Em ratos que receberam a dose de 120 mg/kg, as concentrações plasmáticas de venlafaxina na necropsia foram 1 vez (ratos machos) e 6 vezes (ratos fêmeas) as concentrações plasmáticas de pacientes que receberam a dose humana máxima recomendada. Os níveis plasmáticos do metabólito O-desmetil foram menores em ratos do que em pacientes que receberam a dose máxima recomendada. Os tumores não foram aumentados por tratamento com a venlafaxina em camundongos ou ratos.
Mutagênese
A venlafaxina e o principal metabólito humano, O-desmetilvenlafaxina (ODV), não foram mutagênicos no teste Ames de mutação reversa em bactérias Salmonella ou no teste chinês de mutação genética da célula mamífera em ovário de hamster/HGPRT. A venlafaxina também não foi mutagênica ou clastogênica no teste de transformação celular em ratos BALB/c-3T3 in vitro, no teste de troca de cromátides irmãs em células de ovário de hamster chinês cultivadas, ou no teste de aberração vivocromossômica na medula óssea de ratos. A ODV não foi clastogênico no teste chinês cromossômico de células de ovário de hamster in vitro, mas provocou uma resposta clastogênica no ensaio de aberração vivocromossômica na medula óssea de ratos.
Diminuição da fertilidade
Reprodução e estudos de fertilidade em ratos não mostraram nenhum efeito na fertilidade masculina ou feminina em doses orais de até 2 vezes a dose humana máxima recomendada numa base de mg/m2.
Teratogenicidade
A venlafaxina não causou malformações na prole de ratos ou coelhos quando administrada em doses até 11 vezes (ratos) ou 12 vezes (coelhos) a dose humana de 375 mg/dia de venlafaxina (em uma relação mg/kg), ou 2,5 vezes (ratos) e 4 vezes (coelhos) a dose humana de 375 mg/dia de venlafaxina (em uma relação mg/m2).
4. CONTRAINDICAÇÕES
Não se recomenda o uso de antidepressivos, incluindo Veniz® XR, em mulheres grávidas ou em fase de amamentação, a menos que o médico considere que os benefícios superem os riscos. O uso do medicamento no último trimestre de gestação e até no período próximo ao parto obriga a observar o recém-nascido para eventuais efeitos da retirada de venlafaxina.
Veniz® XR é contraindicado: (1) em pacientes alérgicos a qualquer componente da formulação, (2) pacientes recebendo antidepressivos do tipo inibidores da monoamina oxidase (IMAO), como por exemplo: fenelzina, iproniazida, isocarboxazida, nialamida, pargilina, selegilina, toloxatona, tranilcipromina, brofaromina e moclobemida.
O tratamento com o Veniz® XR não deve ser iniciado no período de, no mínimo, 14 dias após a descontinuação do tratamento com um inibidor da monoamina oxidase (IMAO); O Veniz® XR deve ser descontinuado por, no mínimo, 7 dias antes do início do tratamento com qualquer IMAO.
Este medicamento é contraindicado para uso por menores de 18 anos.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Piora Clínica e Risco de Suicídio
Os pacientes com transtorno depressivo maior, tanto adultos, quanto pediátricos, podem ter um agravamento da sua depressão e/ou aparecimento de ideias e comportamento suicidas (risco de suicídio) ou mudanças incomuns no comportamento, quer estejam ou não tomando medicamentos antidepressivos, e o risco pode persistir até que ocorra uma remissão significativa. O suicídio é um risco conhecido da depressão e de outros transtornos psiquiátricos, e estes próprios transtornos são os melhores preditores de suicídio. No entanto, há tempos tem havido uma preocupação de que os antidepressivos possam ter um papel na indução do agravamento da depressão e no surgimento do risco de suicídio em certos pacientes durante as fases iniciais do tratamento. Análises combinadas de estudos placebocontrolados de curto prazo de drogas antidepressivas (ISRS - Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina e outras) mostraram que estas drogas aumentam o risco de pensamentos suicidas (risco de suicídio) em crianças, adolescentes e jovens adultos (de 18 a 24 anos) com transtorno depressivo maior (TDM) e outros transtornos psiquiátricos. Estudos de curto prazo não mostraram um aumento do risco de suicídio ao utilizar antidepressivos, quando comparados ao placebo, em adultos com mais de 24 anos; há uma redução no risco ao usar antidepressivos, quando comparados ao placebo, em adultos com 65 anos ou mais.
As análises combinadas de estudos placebo-controlados em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) ou outros transtornos psiquiátricos incluíram um total de 24 estudos de curto prazo de 9 drogas antidepressivas em mais de 4440 pacientes. As análises combinadas de testes placebo-controlados em adultos com transtorno depressivo maior ou outros transtornos psiquiátricos incluíram um total de 295 testes de curto prazo (duração média de 2 meses) de 11 drogas antidepressivas em mais de 77.000 pacientes.
Houve uma variação considerável no risco de suicídio entre as drogas, mas houve uma tendência ao aumento do risco em pacientes jovens para quase todas as drogas estudadas. Houve diferenças no risco absoluto de suicídio entre as diferentes indicações, sendo a mais alta incidência no transtorno obsessivo compulsivo. No entanto, as diferenças de risco (drogas vs. placebo) foram relativamente estáveis dentro das faixas de idade e nas indicações. Estas diferenças de risco (diferença droga-placebo no número de casos de risco de suicídio para 1000 pacientes tratados) estão apresentadas na Tabela 1.
Não ocorreu nenhum suicídio em nenhum dos estudos com crianças. Houve suicídios nos estudos com adultos, mas o número foi insuficiente para chegar a uma conclusão sobre o efeito da droga no suicídio.
Não se sabe se o risco de suicídio pode ser extrapolado ao uso prolongado, por exemplo, mais de vários meses. No entanto, há evidência substancial de estudos de manutenção placebo-controlados em adultos com depressão de que o uso de antidepressivos pode retardar a recorrência da depressão.
Todos os pacientes tratados com antidepressivos por alguma indicação devem ser monitorados adequadamente e observados cuidadosamente quanto à piora clínica, tendências suicidas ou mudanças incomuns em seu comportamento, especialmente durante os meses iniciais da terapia medicamentosa, ou no momento de mudar a dose, quer seja ela aumentada ou diminuída.
Os seguintes sintomas foram relatados em pacientes adultos e pediátricos tratados com antidepressivos por transtorno depressivo maior assim como outras indicações, tanto psiquiátricas quanto não psiquiátricas: ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, acatisia (inquietação psicomotora), hipomania e mania. Apesar de não ter sido estabelecida uma associação casual entre o aparecimento de tais sintomas e o agravamento da depressão e/ou o aparecimento de impulsos suicidas, há uma preocupação de que esses sintomas possam ser precursores do surgimento do risco de suicídio. Os familiares e cuidadores dos pacientes que estão sendo tratados com antidepressivos por transtorno depressivo maior ou outras indicações, tanto psiquiátricas quanto não psiquiátricas, devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar os pacientes com relação ao aparecimento de agitação, irritabilidade, mudanças incomuns no comportamento e os outros sintomas descritos acima, além do surgimento do risco de suicídio, e devem relatar estes sintomas imediatamente ao profissional de saúde responsável pelo paciente. Tal monitoramento deve incluir a observação diária feita por familiares e cuidadores. Deve-se prescrever a quantidade mínima de comprimidos de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada consistente com um bom controle do paciente, de forma a reduzir o risco de overdose.
Deve ser considerada a mudança de terapia medicamentosa, incluindo a possibilidade de interromper a medicação, em pacientes cuja depressão está piorando persistentemente, ou com o aparecimento de risco de suicídio ou sintomas que possam ser precursores do agravamento da depressão ou ideias suicidas, especialmente se esses sintomas são graves, de aparição súbita ou não faziam parte dos sintomas que o paciente apresentava.
Se for decidido interromper o tratamento, a dose do medicamento deve ser reduzida gradualmente, tão rápido quanto for possível, mas sabendo que a interrupção abrupta pode estar associada a certos sintomas.
Um episódio depressivo maior pode ser a apresentação inicial de um transtorno bipolar. De modo geral acredita-se (apesar de não estar estabelecido em estudos controlados) que tratar este episódio só com antidepressivo pode aumentar a probabilidade da precipitação de um episódio maníaco/misto em pacientes com risco de transtorno bipolar.
Não se sabe se alguns dos sintomas descritos acima podem causar esta conversão. No entanto, antes de iniciar o tratamento com antidepressivos, os pacientes com sintomas depressivos devem ser examinados adequadamente para determinar se correm o risco de ter transtorno bipolar; tal exame deve incluir um histórico psiquiátrico detalhado, incluindo histórico familiar de suicídio, transtorno bipolar e depressão. Deve-se destacar que não está aprovado o uso dos comprimidos de liberação prolongada de cloridrato de venlafaxina para o tratamento da depressão bipolar.
· Reações semelhantes à Síndrome da Serotonina ou Síndrome Maligna Neuroléptica (SMN)
O desenvolvimento de reações de potencial risco à vida tipo Síndrome da Serotonina ou Síndrome Maligna Neuroléptica (SMN) tem sido relatado com o uso de IRSN (Inibidores da Recaptação da Norepinefrina e Serotonina, como, por exemplo, venlafaxina e duloxetina) e ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina, como, por exemplo, citalopram, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina) sozinhos, incluindo o tratamento com Veniz® XR, mas particularmente com o uso concomitante de drogas serotonérgicas (incluindo triptanos), com drogas que prejudicam o metabolismo da serotonina (incluindo IMAO) ou com antipsicóticos ou outros antagonistas da dopamina. Os sintomas da síndrome de serotonina podem incluir mudanças no estado mental (por exemplo, agitação, alucinações, coma), instabilidade autonômica (por exemplo, taquicardia, pressão sanguínea lábil, hipertermia), aberrações neuromusculares (por exemplo, hiperreflexia, descoordenação) e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo, náusea, vômitos, diarreia).
A Síndrome da serotonina, em suas formas mais graves, pode se assemelhar à Síndrome maligna neuroléptica, que inclui hipertermia, rigidez muscular, instabilidade autonômica, com possível flutuação rápida dos sinais vitais e mudanças no estado mental. Os pacientes devem ser monitorados quanto ao aparecimento de sinais e sintomas como os da síndrome de serotonina ou SMN.
É contraindicado o uso concomitante de Veniz® XR com IMAO com a intenção de tratar a depressão. Se o tratamento concomitante de Veniz® XR com agonistas dos receptores da 5-hidroxitriptamina (triptanos) for justificado clinicamente, recomenda-se uma observação cuidadosa do paciente, particularmente durante o início do tratamento e ao aumentar as doses.
Não é recomendando o uso de Veniz® XR com precursores da serotonina (como o triptofano).
O tratamento com Veniz® XR e qualquer outro agente serotonérgico ou antidopaminérgico concomitante, incluindo antipsicóticos, deve ser interrompido imediatamente se os eventos acima ocorrerem, e deve ser iniciado um tratamento de suporte sintomático.
· Midríase
Foram relatados casos de midríase associados à venlafaxina; portanto, os pacientes com aumento da pressão intraocular ou aqueles com risco de terem glaucoma agudo de ângulo fechado (glaucoma de ângulo fechado) devem ser monitorados.
· Fraturas ósseas
Estudos epidemiológicos mostraram um risco aumentado de fraturas ósseas em pacientes que utilizam inibidores da recaptação da serotonina (IRS), incluindo venlafaxina. O mecanismo que leva a este risco não é inteiramente conhecido.
· Uso em pacientes cardiopatas
Experiências de pré-comercialização com a venlafaxina em pacientes com doença sistêmica concomitante são limitadas. Aconselha-se precaução na administração de Veniz® XR em pacientes com doenças ou condições que possam afetar as respostas hemodinâmicas.
A venlafaxina não foi avaliada ou utilizada em qualquer extensão apreciável em pacientes com histórico recente de infarto do miocárdio ou doença cardíaca instável. Pacientes com estes diagnósticos foram sistematicamente excluídos de muitos estudos clínicos durante os testes de pré-comercialização da venlafaxina. Foram analisados os eletrocardiogramas para 275 pacientes que receberam cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada e 220 pacientes que receberam placebo em 8 a 12 semanas, em estudos duplo-cegos e controlados por placebo do transtorno depressivo maior. A mudança média da linha de base no intervalo QT corrigido (QTc) para os pacientes tratados com cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada em estudos de transtorno depressivo maior foi aumentada em relação aos pacientes tratados com placebo (aumento de 4,7 ms para o cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada e diminuição de 1,9 ms para o placebo).
Nestes mesmos estudos, a alteração média da linha de base na frequência cardíaca em pacientes tratados com cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada nos estudos de transtorno depressivo maior foi significativamente maior do que no placebo (um aumento médio de 4 batimentos por minuto para cloridrato de venlafaxina e 1 batida por minuto para placebo).
Num estudo de dose flexível, com doses de cloridrato de venlafaxina na faixa de 200 a 375 mg/dia e a dose média maior do que 300 mg/dia, os pacientes tratados com cloridrato de venlafaxina de liberação imediata tiveram um aumento significativo em frequência cardíaca de 8,5 batimentos por minuto em comparação com 1,7 batimentos por minuto no grupo placebo.
Como foi observado aumentos da frequência cardíaca, o cuidado deve ser exercido em pacientes cujas condições médicas subjacente possam ser comprometidas pelo aumento da frequência cardíaca (por exemplo, pacientes com hipertireoidismo, insuficiência cardíaca ou infarto do miocárdio recente).
Avaliação dos eletrocardiogramas de 769 pacientes que receberam cloridrato de venlafaxina comprimidos de liberação imediata de 4 a 6 semanas, em estudo duplo-cego, controlados por placebo mostrou que a incidência de anomalias emergentes da condução de testes não diferiu do placebo.
Casos de prolongamento do intervalo QTc, Torsade de Pointes, taquicardia ventricular e morte súbita foram relatados durante o uso pós-comercialização da venlafaxina.
· Potencial de Interação com os Inibidores de Monoamina oxidase
Foram relatadas reações adversas, algumas sérias, em pacientes que interromperam recentemente o tratamento com inibidores de monoamina oxidase e começaram a usar venlafaxina, ou que interromperam o tratamento com venlafaxina antes de começar a usar IMAO. Estas reações incluíram tremor, mioclonia, diaforese, náusea, vômitos, rubor, tontura, hipertermia com características semelhantes à síndrome maligna neuroléptica, convulsões e morte. Em pacientes que tomam antidepressivos com propriedades farmacológicas semelhantes à venlafaxina associados com IMAO também há relatos de reações sérias, às vezes fatais. Para um inibidor de receptação de serotonina, estas reações incluíram hipertermia, rigidez, mioclonia, instabilidade autonômica com flutuação rápida dos sinais vitais e mudanças no estado mental que incluem agitação extrema evoluindo para delírio e coma. Alguns casos apresentaram características semelhantes à síndrome maligna neuroléptica. Foram relatados casos de severa hipertermia e convulsões, às vezes fatais, na associação de antidepressivos tricíclicos e IMAO. Estas reações também foram relatadas em pacientes que interromperam recentemente o uso dessas drogas e começaram a usar IMAO. Os efeitos do uso combinado de venlafaxina e IMAO não foram estudados em humanos ou animais. Portanto, como a venlafaxina é um inibidor da receptação tanto da norepinefrina quanto da serotonina, recomenda-se não usar os comprimidos de Veniz® XR associados a um IMAO, ou em menos de 14 dias após a interrupção do tratamento com um IMAO. Com base na meia-vida da venlafaxina, deve-se esperar, no mínimo, 7 dias após a interrupção do uso da venlafaxina para começar a usar o IMAO.
Hipertensão Persistente
O tratamento com comprimidos de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada está associado à hipertensão persistente (definida como hipertensão diastólica relacionada ao tratamento (SDBP) ≥ 90 mmHg e ≥ 10 mmHg acima do padrão em 3 visitas consecutivas durante a terapia) (ver Tabela 2).
Uma análise de estudos com pacientes usando comprimidos de cloridrato de venlafaxina de liberação imediata que preenchiam os critérios de hipertensão persistente revelou um aumento dose-dependente na incidência da hipertensão persistente ao usar cloridrato de venlafaxina de liberação imediata (ver Tabela 3).
Um número insuficiente de pacientes recebeu doses médias de comprimidos de cloridrato de venlafaxina de liberação prolongada acima de 300mg/dia para avaliar completamente a incidência do aumento persistente da pressão sanguínea com essas doses altas.
Em estudos pré-comercialização sobre transtorno depressivo maior, 0,7% (5/705) dos pacientes tratados com cloridrato de venlafaxina de libe