QDENGA
TAKEDA
vacina contra dengue 1,2,3 e 4
Vacina.
Apresentações.
Pó liofilizado e diluente para solução injetável em embalagens contendo:
- 1 frasco-ampola com pó liofilizado, 1 seringa preenchida com 0,5 mL de diluente e 2 agulhas.
VIA SUBCUTÂNEA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO DOS 4 AOS 60 ANOS
Composição.
Após a reconstituição, cada dose (0,5 mL) contém:
Sorotipo 1 do vírus da dengue (vivo, atenuado)*: ≥ 3,3 log10 UFP**/dose
Sorotipo 2 do vírus da dengue (vivo, atenuado)#: ≥ 2,7 log10 UFP**/dose
Sorotipo 3 do vírus da dengue (vivo, atenuado)*: ≥ 4,0 log10 UFP**/dose
Sorotipo 4 do vírus da dengue (vivo, atenuado)*: ≥ 4,5 log10 UFP**/dose
*Produzido em células Vero por tecnologia de DNA recombinante. Genes de proteínas de superfície específicas do sorotipo introduzidos no arcabouço do dengue tipo 2. Este produto contém organismos geneticamente modificados (OGMs).
#Produzido em células Vero por tecnologia de DNA recombinante.
**UFP = unidades formadoras de placas.
Excipientes: trealose di-hidratada, poloxaleno, albumina sérica humana, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, cloreto de potássio e cloreto de sódio.
Diluente: cloreto de sódio e água para injetáveis.
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
QDENGA é indicada para a prevenção de dengue em indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia clínica de QDENGA foi avaliada no estudo DEN-301, um estudo pivotal de fase 3, duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, conduzido em cinco países da América Latina (Brasil, Colômbia, República Dominicana, Nicarágua e Panamá) e em três países da Ásia (Sri Lanka, Tailândia e Filipinas). Um total de 20.099 crianças e adolescentes entre 4 e 16 anos de idade foram randomizadas (na proporção de 2:1) para receber QDENGA ou placebo, independente se tinham ou não infecção prévia por dengue.
A eficácia foi avaliada por meio de vigilância ativa ao longo de toda a duração do estudo. Foi requisitado que qualquer participante com doença febril (definida como temperatura corporal ≥ 38°C em qualquer 2 de 3 dias consecutivos) visitasse o centro do estudo para avaliação da dengue pelo investigador. Essa solicitação era lembrada pelo menos semanalmente aos participantes/responsáveis legais para maximizar a detecção de todos os casos sintomáticos de dengue confirmada virologicamente (DCV). Os episódios febris foram confirmados por um método quantitativo e validado de transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR), para detectar sorotipos específicos da dengue.
Dados de eficácia clínica para participantes de 4 a 16 anos de idade
Os resultados da eficácia da vacina (EV), de acordo com o desfecho primário (dengue confirmada virologicamente - DCV - ocorrendo de 30 dias a 12 meses após a segunda injeção) são mostrados na Tabela 1. A idade média da população do estudo de acordo com o protocolo foi de 9,6 anos (desvio padrão de 3,5 anos), com 12,7% dos participantes nas faixas etárias de 4-5 anos, 55,2% de 6-11 anos e 32,1% de 12-16 anos. Destes, 46,5% eram da Ásia e 53,5% da América Latina, 49,5% eram do sexo feminino e 50,5% do sexo masculino. A sorologia na linha de base (estado sorológico antes da primeira injeção) para dengue foi avaliada em todos os participantes pelo teste de microneutralização (MNT50) para permitir a avaliação da eficácia da vacina (EV) em função do estado imune prévio (estado sorológico na linha de base). O percentual da população total da coorte, com estado sorológico negativo para dengue na linha de base foi de 27,7%.
Os resultados da EV de acordo com os desfechos secundários, na prevenção de hospitalização devido à dengue sintomática, na prevenção de dengue sintomática por estado sorológico, por sorotipo, e na prevenção de dengue grave são apresentados na Tabela 2. Para dengue grave, dois tipos de desfechos foram considerados: casos de DCV clinicamente graves e casos de DCV que atenderam aos critérios de dengue hemorrágica (DH) pela classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1997. Os critérios usados no Estudo DEN-301 para a avaliação da gravidade de DCV por um Comitê independente de adjudicação de casos de dengue (DCAC) foram baseados nas diretrizes da OMS de 2009. O DCAC avaliou todos os casos de internação por DCV utilizando critérios pré-definidos que incluíram avaliação de alterações hemorrágicas, extravasamento de plasma, função hepática, função renal, função cardíaca, sistema nervoso central e choque. No Estudo DEN-301, os casos de DCV que atendem aos critérios da OMS de 1997 para DH foram identificados usando um algoritmo programado, ou seja, sem utilizar interpretação médica. Em geral, os critérios incluíram a presença de febre com duração de 2 a 7 dias, tendência à hemorragia, trombocitopenia e evidência de extravasamento de plasma.
O início precoce da proteção foi observado com uma EV exploratória de 81,1% (IC de 95%: 64,1%, 90,0%) contra a DCV causada por todos os sorotipos em análise conjunta a partir da primeira dose até a segunda dose.
Proteção de longo prazo
No estudo DEN-301, várias análises exploratórias foram conduzidas para estimar a proteção de longo prazo desde a primeira dose até 4,5 anos após a segunda dose (Tabela 3).
Além disso, a EV na prevenção de dengue hemorrágica causada por qualquer sorotipo foi de 70,0% (IC de 95%: 31,5%, 86,9%) e na prevenção de casos de DCV clinicamente graves causados por qualquer sorotipo foi de 70,2% (IC de 95%: IC: -24,7%, 92,9%).
Na análise ano a ano até quatro anos e meio após a segunda dose, a EV na prevenção de DCV foi demonstrada para todos os quatro sorotipos em participantes soropositivos para dengue na linha de base. Em participantes soronegativos na linha de base, a EV foi demonstrada para DENV-1 e DENV-2, mas não sugerida para DENV-3 e não pôde ser mostrada para DENV-4 devido à menor incidência de casos (Tabela 4).
Eficácia clínica para participantes a partir de 17 anos de idade
Não foi realizado estudo de eficácia clínica em indivíduos dos 17 anos aos 60 anos de idade. A eficácia de QDENGA em participantes a partir de 17 anos de idade é inferida com base no conceito de "ponte imunológica" utilizando como base a eficácia demonstrada em participantes de 4 a 16 anos de idade,(veja abaixo).
Imunogenicidade
Na ausência de correlatos de proteção para a dengue, a relevância clínica dos dados de imunogenicidade ainda precisa ser compreendida por completo.
Dados de imunogenicidade para participantes de 4 a 16 anos de idade em áreas endêmicas
A média geométrica de títulos (GMT) de acordo com a sorologia para dengue na linha de base, em participantes de 4 a 16 anos no estudo DEN-301 são mostrados na Tabela 5.
Dados de imunogenicidade para participantes de 18 a 60 anos de idade em áreas não endêmicas
A imunogenicidade de QDENGA em adultos de 18 a 60 anos de idade foi avaliada no DEN-304, um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo e de Fase 3, em um país não endêmico (EUA). A GMT pós-dose 2 está descrita na Tabela 6.
A extrapolação de eficácia é baseada nos dados de imunogenicidade e resultados de uma análise de não inferioridade, comparando GMTs pós-vacinação nas populações soronegativas para dengue na avaliação inicial do DEN-301 e DEN-304 (Tabela 7). A proteção contra a dengue é esperada em adultos, embora a magnitude real da eficácia em relação àquela observada em crianças e adolescentes seja desconhecida.
Persistência de anticorpos a longo prazo
A persistência a longo prazo de anticorpos neutralizantes foi demonstrada no estudo DEN-301, com títulos que permaneceram bem acima dos níveis pré-vacinação para todos os quatro sorotipos, até 51 meses após a primeira dose.
Referências Bibliográficas
López-Medina E, Biswal S, Sáez-Llorens X, et al. TIDES study group. Efficacy of a dengue vaccine candidate (TAK-003) in healthy children and adolescents two years after vaccination. J Infect Dis. 2021:jiaa761. doi: 10.1093/infdis/jiaa761. Epub ahead of print.
Sirivichayakul C, Barranco-Santana EA, Rivera IE, et al. Long-term safety and immunogenicity of a tetravalent dengue vaccine candidate in children and adults: a randomized, placebo-controlled, phase 2 study. J Infect Dis. 2020 Jul 13:jiaa406. doi: 10.1093/infdis/jiaa406. Epub ahead of print.
Michlmayr D, Andrade P, Nascimento EJM, et al. Characterization of the Type-Specific and Cross-Reactive B-Cell Responses Elicited by a Live-Attenuated Tetravalent Dengue Vaccine. J Infect Dis. 2021 Feb 3;223(2):247-257. doi: 10.1093/infdis/jiaa346.
Tricou V, Sáez-Llorens X, Yu D, et al. Safety and immunogenicity of a tetravalent dengue vaccine in children aged 2-17 years: a randomised, placebo-controlled, phase 2 trial. Lancet. 2020 May 2;395(10234):1434-1443. doi: 10.1016/S0140-6736(20)30556-0.
Tricou V, Sáez-Llorens X, Yu D, et al. Supplementary Appendix. Safety and immunogenicity of a tetravalent dengue vaccine in children aged 2-17 years: a randomised, placebo-controlled, phase 2 trial. Lancet. 2020 May 2;395(10234):1434-1443.
Biswal S, Borja-Tabora C, Martinez Vargas L, et al. TIDES study group. Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in healthy children aged 4-16 years: a randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2020 May 2;395(10234):1423-1433. doi: 10.1016/S0140-6736(20)30414-1. Erratum in: Lancet. 2020 Apr 4;395(10230):1114.
Biswal S, Borja-Tabora C, Martinez Vargas L, et al. Supplementary Appendix. Efficacy of a tetravalent dengue vaccine in healthy children aged 4-16 years: a randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. The Lancet. 2020 May 2;395(10234):1423-1433.
Turner M, Papadimitriou A, Winkle P, et al. Immunogenicity and safety of lyophilized and liquid dengue tetravalent vaccine candidate formulations in healthy adults: a randomized, phase 2 clinical trial. Hum Vaccin Immunother. 2020 Oct 2;16(10):2456-2464. doi: 10.1080/21645515.2020.1727697.
Tricou V, Low JG, Oh HM, et al. Safety and immunogenicity of a single dose of a tetravalent dengue vaccine with two different serotype-2 potencies in adults in Singapore: A phase 2, double-blind, randomised, controlled trial. Vaccine. 2020 Feb 5;38(6):1513-1519. doi: 10.1016/j.vaccine.2019.11.061.
Biswal S, Reynales H, Sáez-Llorens X, et al. TIDES Study Group. Efficacy of a Tetravalent Dengue Vaccine in Healthy Children and Adolescents. N Engl J Med. 2019 Nov 21;381(21):2009-2019. doi: 10.1056/NEJMoa1903869.
Biswal S, Reynales H, Sáez-Llorens X, et al. Supplementary Appendix. Efficacy of a Tetravalent Dengue Vaccine in Healthy Children and Adolescents. NEJM. 2019. 21;381(21):2009-2019.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: Vacinas, vacinas virais.
Código ATC: J07BX04
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação: QDENGA contém vírus vivos atenuados da dengue.
O principal mecanismo de ação de QDENGA consiste em permitir a replicação do vírus vacinal localmente e induzir respostas imunológicas humorais e celulares contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
Propriedades farmacocinéticas
Não foram realizados estudos farmacocinéticos com QDENGA.
Dados de segurança pré-clínicos: Dados pré-clínicos de segurança revelam não haver nenhum risco especial para seres humanos em estudos convencionais de dose única, tolerância local, toxicidade de doses repetidas e toxicidade para reprodução e desenvolvimento. Em um estudo de distribuição e propagação, não houve propagação do RNA de QDENGA nas fezes e na urina, confirmando um baixo risco de propagação de vírus vacinal no ambiente ou transmissão por vacinados. Um estudo de virulência neurológica mostra que QDENGA não é neurotóxica. Embora nenhum perigo relevante tenha sido identificado, a relevância dos estudos de toxicidade reprodutiva é limitada, uma vez que coelhos não são permissivos à infecção pelo vírus da dengue.
4. CONTRAINDICAÇÕES
QDENGA é contraindicada nos casos de:
• Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer excipiente listado na seção COMPOSIÇÃO ou hipersensibilidade à uma dose anterior de QDENGA;
• Indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles recebendo terapias imunossupressoras tais como quimioterapia ou altas doses de corticosteroides sistêmicos (p. ex., 20 mg/dia ou 2 mg/kg/dia de prednisona por duas semanas ou mais) dentro de quatro semanas anteriores à vacinação, assim como ocorre com outras vacinas vivas atenuadas.
• Indivíduos com infecção por HIV sintomática ou infecção por HIV assintomática quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida.
• Mulheres grávidas. (veja seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)
• Mulheres em período de amamentação. (veja seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)
Categoria C de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas.
Este medicamento é contraindicado para mulheres em período de amamentação.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Anafilaxia
Assim como com todas as vacinas injetáveis, a supervisão e o tratamento médico adequados devem sempre estar prontamente disponíveis no caso de uma rara reação anafilática após a administração da vacina.
Revisão do histórico médico
A vacinação deve ser precedida por uma revisão do histórico médico (especialmente no que diz respeito à vacinação anterior e possíveis reações de hipersensibilidade que ocorreram após a vacinação).
Doença concomitante
A vacinação com QDENGA deve ser adiada em pacientes que apresentem doença febril aguda grave. A presença de uma infecção leve, como um resfriado, não deve resultar no adiamento da vacinação.
Limitações da efetividade da vacina
Uma resposta imunológica protetora com QDENGA pode não ser induzida em todas as pessoas vacinadas contra todos os sorotipos do vírus da dengue, e pode diminuir ao longo do tempo (veja a seção 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). Atualmente não se sabe se uma ausência de proteção poderia resultar em um aumento na gravidade da dengue. Recomenda-se que as medidas de proteção pessoal contra picadas de mosquito sejam mantidas após a vacinação. Os pacientes devem procurar atendimento médico se desenvolverem sinais de alerta ou sintomas da doença da dengue.
Não há dados sobre o uso de QDENGA em pessoas acima de 60 anos de idade e dados limitados em pacientes com condições médicas crônicas.
Reações relacionadas à ansiedade
Reações relacionadas à ansiedade, incluindo reações vasovagais (síncope), hiperventilação ou reações relacionadas ao estresse podem ocorrer em associação com a vacinação como uma resposta psicogênica à injeção com agulha. É importante que sejam realizadas precauções para evitar lesões causadas por desmaios.
Mulheres com potencial para engravidar
Assim como acontece com outras vacinas vivas atenuadas, mulheres com potencial para engravidar devem evitar a gravidez durante pelo menos um mês após a vacinação.
Outros
QDENGA não deve ser administrada por injeção intravascular, intradérmica ou intramuscular.
Excipientes
QDENGA contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose de 0,5 mL, ou seja, é essencialmente "isento de sódio".
QDENGA contém menos de 1 mmol de potássio (39 mg) por dose de 0,5 mL, ou seja, essencialmente "livre de potássio".
Fertilidade, gravidez e lactação:
- Mulheres com potencial para engravidar
Mulheres com potencial para engravidar devem evitar a gravidez durante pelo menos um mês após a vacinação. Mulheres que pretendem engravidar devem ser aconselhadas a adiar a vacinação.
- Gravidez
Os estudos em animais são insuficientes com relação à toxicidade reprodutiva (veja seção 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA).
A quantidade de dados sobre o uso de QDENGA em mulheres grávidas é muito limitada. Esses dados não são suficientes para concluir quanto à ausência de possíveis efeitos de QDENGA na gravidez, no desenvolvimento embriofetal, no parto e no desenvolvimento pós-natal.
QDENGA é uma vacina viva atenuada; portanto, QDENGA é contraindicada durante a gestação (veja seção 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Categoria C de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas.
- Lactação
Não se sabe se QDENGA é excretada no leite humano. Um risco para recém-nascidos ou lactentes não pode ser excluído.
QDENGA é contraindicada durante a amamentação (veja seção 4. CONTRAINDICAÇÕES).
- Fertilidade
Os estudos em animais são insuficientes com relação à toxicidade reprodutiva (veja seção 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA). Não foram conduzidos estudos específicos sobre fertilidade em humanos.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas: QDENGA possui pouca influência na capacidade de conduzir veículos e operar máquinas.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Para pacientes recebendo tratamento com imunoglobulinas ou hemoderivados contendo imunoglobulinas, como sangue ou plasma, recomenda-se esperar pelo menos seis semanas, e, preferencialmente, três meses, após o término do tratamento antes de administrar QDENGA, a fim de evitar a neutralização dos vírus atenuados contidos na vacina.
QDENGA não deve ser administrada em pacientes recebendo terapias imunossupressoras, tais como quimioterapia ou altas doses de corticosteroides sistêmicos dentro das quatro semanas anteriores à vacinação (veja seção 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Uso com outras vacinas
Se QDENGA for administrada ao mesmo tempo que outra vacina injetável, as vacinas devem sempre ser administradas em locais de injeção diferentes.
QDENGA pode ser administrada concomitantemente com uma vacina contra hepatite A. A administração concomitante foi estudada em adultos.
QDENGA pode ser administrada concomitantemente com uma vacina contra febre amarela. Em um estudo clínico envolvendo aproximadamente 300 participantes adultos que receberam QDENGA concomitantemente com a vacina contra febre amarela 17D, não houve impacto nas taxas de soroproteção contra febre amarela. As respostas de anticorpos contra a dengue foram reduzidas após a administração concomitante de QDENGA e a vacina contra febre amarela 17D. A significância clínica desse achado é desconhecida.
Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, a vacina não deve ser misturada com outra vacina ou medicamentos, com exceção do diluente fornecido.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar sob refrigeração entre 2°C e 8°C. Não congelar.
QDENGA, pó liofilizado e diluente, tem validade de 18 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após o preparo, a solução reconstituída com o diluente deve ser utilizada imediatamente. Se isto não for possível, QDENGA deve ser utilizada dentro de 2 horas.
A estabilidade química e física em uso foi demonstrada por 2 horas à temperatura ambiente (até 32,5°C) à partir do momento da reconstituição do frasco da vacina. Após esse período, a vacina deve ser descartada. Não a devolva à geladeira.
Do ponto de vista microbiológico, QDENGA deve ser usada imediatamente. Se não for usado imediatamente, os tempos e condições de armazenamento em uso são de responsabilidade do usuário.
QDENGA é um pó de coloração branca a quase branca (pó compacto). O diluente é uma solução transparente e incolor. Após a reconstituição a solução resultante deve ser límpida, incolor a amarelo-clara, e essencialmente livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Posologia
Indivíduos dos 4 aos 60 anos de idade
QDENGA deve ser administrada por via subcutânea em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses (0 e 3 meses), sendo cada dose de 0,5 mL.
A necessidade de uma dose de reforço ainda não foi estabelecida.
Pacientes pediátricos com idade inferior a 4 anos
A segurança e a eficácia de QDENGA em crianças com idade inferior a 4 anos ainda não foram estabelecidas.
Os dados atualmente disponíveis são descritos na seção 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA mas nenhuma recomendação pode ser feita quanto à posologia.
Método de administração
Após a reconstituição completa da vacina liofilizada com o diluente, QDENGA deve ser administrada por meio de injeção subcutânea (SC), de preferência na parte superior do braço, na região do deltoide.
QDENGA não deve ser injetada por via intravascular, intradérmica ou intramuscular. A vacina não deve ser misturada com qualquer outra vacina ou outros produtos medicamentosos parenterais na mesma seringa.
Instruções para reconstituição da vacina com o diluente apresentado em seringa preenchida
QDENGA é uma vacina de dois componentes que consiste em um frasco-ampola contendo a vacina liofilizada e o diluente em seringa preenchida. A vacina liofilizada deve ser reconstituída com o diluente antes da administração.
QDENGA não deve ser misturada com outras vacinas na mesma seringa.
Para a reconstituição, use apenas o diluente (solução de cloreto de sódio 0,22%) fornecido com a vacina, uma vez que não contém conservantes ou outras substâncias antivirais. O contato com conservantes, antissépticos, detergentes e outras substâncias antivirais deve ser evitado, pois pode inativar a vacina.
Remova o frasco da vacina e o diluente em seringa preenchida do refrigerador e coloque-os em temperatura ambiente por aproximadamente 15 minutos.
QDENGA deve ser administrada imediatamente após a reconstituição. Foi demonstrada estabilidade química e física em uso por 2 horas em temperatura ambiente (até 32,5 °C) a partir do momento da reconstituição do frasco-ampola da vacina. Após esse período, a vacina deve ser descartada. Não coloque de volta no refrigerador. Do ponto de vista microbiológico, QDENGA deve ser usada imediatamente. Se não for usada imediatamente, os tempos e condições de armazenamento em uso são de responsabilidade do usuário.
Qualquer produto medicamentoso não utilizado ou material residual deverá ser descartado de acordo com as exigências locais.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
Em estudos clínicos, as reações relatadas com maior frequência em participantes entre 4 a 60 anos de idade foram dor no local da injeção (50%), cefaleia (35%), mialgia (31%), eritema no local de injeção (27%), mal-estar (24%), astenia (20%) e febre (11%).
Essas reações adversas que ocorreram, geralmente, dentro de dois dias após a injeção, foram de gravidade leve a moderada, apresentaram curta duração (1 a 3 dias) e foram menos frequentes após a segunda injeção de QDENGA do que após a primeira injeção.
Viremia por vacina
No estudo clínico DEN-205, a viremia por vacina transitória foi observada após a vacinação com QDENGA em 49% dos participantes do estudo que não haviam sido infectados pela dengue anteriormente e em 16% dos participantes do estudo que haviam sido infectados pela dengue anteriormente. A viremia por vacina geralmente começou na segunda semana após a primeira dose e teve uma duração média de 4 dias. A viremia por vacina foi associada a sintomas transitórios, de intensidade leve a moderada, tais como cefaleia, artralgia, mialgia e erupção cutânea em alguns participantes. A viremia da vacina foi raramente detectada após a segunda dose.
Lista de reações adversas
As reações adversas associadas com QDENGA obtidas a partir de estudos clínicos são apresentadas na tabela a seguir.
O perfil de segurança apresentado abaixo é baseado em uma análise agrupada incluindo 14.627 participantes de estudo de 4 a 60 anos de idade (13.839 crianças e 788 adultos) que foram vacinados com QDENGA. Esta incluiu um subconjunto de reatogenicidade de 3.830 participantes (3.042 crianças e 788 adultos).
As reações adversas estão listadas de acordo com as seguintes categorias de frequência:
Muito comum: ≥1/10
Comum: ≥1/100 a < 1/10
Incomum: ≥1/1.000 a < 1/100
Rara: ≥1/10.000 a < 1/1.000
Muito rara: < 1/10.000
População pediátrica:
Dados de participantes pediátricos de 4 a 17 anos de idade:
Os dados de segurança agrupados de estudos clínicos estão disponíveis para 13.839 crianças (9.210 com 4 a 11 anos de idade e 4.629 com 12 a 17 anos de idade). Isso inclui dados de reatogenicidade coletados em 3.042 crianças (1.865 com 4 a 11 anos de idade e 1.177 com 12 a 17 anos de idade).
A frequência, tipo e gravidade das reações adversas em crianças foram, na maioria, compatíveis com aquelas observadas em adultos.
As reações adversas relatadas mais comumente em crianças do que em adultos foram: febre (11% versus 3%), infecção das vias aéreas superiores (11% versus 3%), nasofaringite (6% versus 0,6%), faringotonsilite (2% versus 0,3%) e doença semelhante à gripe (1% versus 0,1%). As reações adversas relatadas menos comumente em crianças do que em adultos foram eritema no local da injeção (2% versus 27%), náusea (0,03% versus 0,8%) e artralgia (0,03% versus 1%).
As seguintes reações foram coletadas em 357 crianças com menos de 6 anos de idade vacinadas com QDENGA: diminuição do apetite (17%), sonolência (13%) e irritabilidade (12%).
Dados de participantes pediátricos com menos de 4 anos de idade, ou seja, fora da faixa etária indicada
A reatogenicidade em participantes com menos de 4 anos de idade foi avaliada em 78 participantes que receberam pelo menos uma dose de QDENGA dos quais 13 receberam o regime indicado de 2 doses. As reações relatadas com frequência muito comum foram irritabilidade (25%), febre (17%), dor no local da injeção (17%) e perda de apetite (15%). Sonolência (8%) e eritema no local da injeção (3%) foram relatados com frequência comum. Inchaço no local da injeção não foi observado em participantes com menos de 4 anos de idade.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Nenhum caso de superdosagem foi relatado.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dizeres legais.
MS - 1.0639.0307
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.