INFRALAX®
EMS
paracetamol + carisoprodol + diclofenaco sódico + cafeína
Analgésico. Antiinflamatório não-esteróide.
Apresentações.
Caixa com 30 e 200 comprimidos.
USO ADULTO - USO ORAL
Composição.
Cada comprimido contém: paracetamol 300 mg, cafeína 30 mg, carisoprodol 125 mg, diclofenaco sódico 50 mg, excipientes* q.s.p. 1 com. *talco, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, corante alumínio laca amarelo crepúsculo 6, dióxido de silício.
Informações técnicas.
CARACTERÍSTICAS
O carisoprodol é um miorrelaxante de ação central que reduz indiretamente a tensão da musculatura esquelética em seres humanos. O modo de ação pelo qual o carisoprodol alivia o espasmo muscular agudo de origem local ainda não está claramente identificado, porém pode estar relacionado a suas propriedades sedativas.
Em experimentação animal, foi demonstrado que o relaxamento muscular decorre do bloqueio da atividade interneuronal e da depressão da transmissão dos neurônios polissinápticos medulares bem como da formação reticular descendente.
A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central. Atua sobre a musculatura estriada tornando-a menos susceptível à fadiga e melhorando o seu desempenho. A cafeína produz estado de alerta mental, tende a corrigir a sonolência que o carisoprodol provoca, e é potencializadora do efeito analgésico.
O diclofenaco sódico, um antiinflamatório não-esteróide com propriedades analgésicas e antipiréticas, é um inibidor da síntese de prostaglandinas, pela via da ciclo-oxigenase.
Por suas propriedades antiinflamatórias e analgésicas, o diclofenaco sódico promove resposta satisfatória ao tratamento de afecções reumáticas, caracterizada por significativa melhora dos sinais e sintomas. Atua rapidamente aliviando a dor, o edema e a inflamação decorrentes de traumatismos de todas as formas. Exerce prolongado e pronunciado efeito analgésico nos estados dolorosos moderados e agudos de origem não reumática. É bem absorvido pelo trato gastrintestinal após a administração oral. Cerca de 50% da dose é metabolizada na sua primeira passagem pelo fígado, sendo que 99,7% da substância ativa liga-se às proteínas plasmáticas.
O diclofenaco tende a penetrar no líquido sinovial e atingir concentrações eficazes persistentes, mesmo após o declínio dos níveis plasmáticos máximos.
A biotransformação do diclofenaco ocorre através da hidroxilação e glucuronidação. Cerca de 60% da dose administrada é excretada na urina sob a forma de metabólitos.
Cerca de 1% é excretado pela urina "in natura". O restante é eliminado pela bile, nas fezes. As diferenças de idade não acarretam modificações relevantes na absorção, metabolização e excreção do diclofenaco.
O paracetamol é um derivado para-aminofenol com definida ação analgésica e antipirética. Por atuar preferencialmente nas prostaglandinas do centro termo-regulador hipotalâmico a nível de sistema nervoso central, não altera a coagulação nem produz efeitos gástricos indesejáveis dos inibidores da síntese de prostaglandinas sistêmicas. Age como antipirético através de ação sobre o centro termo-regulador hipotalâmico.
Após a administração oral, é rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal atingindo concentrações séricas máximas entre 30 e 60 minutos e meia-vida plasmática de cerca de 2 horas.
A biotransformação resulta em metabólitos conjugados glucuronados, sulfonados e cisteínicos, assim como metabólitos hidroxilados e desacetilados, excretados pela via urinária. Menos de 1% é excretado "in natura".
Indicações.
Reumatismo nas suas formas inflamatório-degenerativas agudas e crônicas; crises agudas de gota, estados inflamatórios agudos, pós-traumáticos e pós-cirúrgicos.
Exacerbações agudas de artrite reumatóide e osteoartrose e estados agudos de reumatismo nos tecidos extrarticulares.
Coadjuvante em processos inflamatórios graves decorrentes de quadros infecciosos.
Contraindicações.
Úlcera péptica em atividade; hipersensibilidade a qualquer dos componentes ativos da fórmula; discrasias sanguíneas; diáteses hemorrágicas (trombocitopenia, distúrbios da coagulação), porfiria; insuficiência cardíaca, hepática ou renal grave; hipertensão grave. É contra-indicado em pacientes asmáticos nos quais são precipitados acessos de asma, urticária ou rinite aguda pelo ácido acetilsalicílico e demais inibidores da via da ciclo-oxigenase da síntese de prostaglandinas.
Advertências e precauções.
Infralax® deverá ser usado sob prescrição médica. O uso em pacientes idosos, geralmente mais sensíveis aos medicamentos, deve ser cuidadosamente observado.
Embora os estudos realizados não tenham evidenciado nenhum efeito teratogênico, desaconselha-se o uso de Infralax® durante a gravidez e lactação. A possibilidade de reativação de úlceras pépticas requer anamnese cuidadosa quando houver história progressiva de dispepsia, hemorragia gastrintestinal ou úlcera péptica.
Nas indicações de Infralax® por períodos superiores a dez dias, deverá ser realizado hemograma e provas de função hepática antes do início do tratamento e, periodicamente, a seguir, a diminuição da contagem de leucócitos e/ou plaquetas, ou do hematócrito requer a suspensão da medicação. Em pacientes portadores de doenças cardiovasculares, a possibilidade de ocorrer retenção de sódio e edema deverá ser considerada.
Observando-se reações alérgicas pruriginosas ou eritematosas, febre, icterícia, cianose ou sangue nas fezes, a medicação deverá ser imediatamente suspensa.
Interações medicamentosas.
O diclofenaco sódico, constituinte de Infralax®, pode elevar a concentração plasmática de lítio ou digoxina, quando administrado concomitantemente com estas preparações. Alguns agentes antiinflamatórios não-esteróides são responsáveis pela inibição da ação de diuréticos da classe da furosemida e pela potenciação de diuréticos poupadores de potássio, sendo necessário o controle periódico dos níveis séricos de potássio.
A administração concomitante de glicocorticóides e outros agentes antiinflamatórios não-esteróides pode levar ao agravamento de reações adversas gastrintestinais. A biodisponibilidade de Infralax® é alterada pelo ácido acetilsalicílico quando estes compostos são administrados conjuntamente. Recomenda-se a realização de exames laboratoriais periódicos quando anticoagulantes forem administrados juntamente com Infralax®, para aferir se o efeito anticoagulante desejado está sendo mantido. Ensaios clínicos realizados em pacientes diabéticos mostram que Infralax® não interage com hipoglicemiantes orais. Pacientes em tratamento com metotrexato devem abster-se do uso de Infralax® nas 24 horas que antecedem ou que sucedem sua ingestão, uma vez que a concentração sérica pode elevar-se, aumentando a toxicidade deste quimioterápico.
Posologia e modo de usar.
Como regra geral, a dose mínima diária recomendada é de um comprimido a cada 12 horas.
Aconselha-se individualizar a posologia de Infralax®, adaptando o quadro clínico, bem como a idade do paciente às suas condições gerais. Deverão ser administradas as mais baixas doses eficazes e, sempre que possível, a duração do tratamento não deverá ultrapassar 10 dias.
Tratamentos mais prolongados requerem observações especiais (vide Precauções).
Os comprimidos de Infralax® deverão ser ingeridos inteiros (sem mastigar), às refeições, com auxílio de líquido.
Reações adversas.
Podem ocorrer distúrbios gastrintestinais como dispepsia, dor epigástrica, recorrência de úlcera péptica, náuseas, vômitos e diarréia. Ocasionalmente, podem ocorrer cefaléia, confusão mental, tonturas, distúrbios da visão, edema por retenção de eletrólitos, hepatite, pancreatite, nefrite intesrsticial.
Foram relatadas raras reações anafilactóides urticariformes ou asmatiformes bem como síndrome de Stevens-Johnson e síndorme de Lyell, além de leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, agranulocitose e anemia aplástica. O uso prolongado pode provocar necrose papilar renal.
Superdose.
Os efeitos tóxicos da cafeína, primordialmente excitação do SNC, taquicardia e extrasístoles, só ocorrem em dosagens extremamente elevadas, assim a possibilidade de toxicidade significativa, devido a este componente de Infralax® é muito improvável.
Os efeitos tóxicos do carisoprodol podem resultar em torpor, coma, choque e depressão respiratória, sendo indicadas as medidas gerais de tratamento sintomático e de suporte. É necessária a monitorização cuidadosa do débito urinário.
O tratamento de intoxicação aguda com agentes antiinflamatórios não-esteróides consiste essencialmente em medidas sintomáticas e de suporte. Diurese forçada pode teoricamente ser benéfica devido à excreção renal da droga.
Diálise ou hemoperfusão são duvidosas na eliminação de agentes anti-reumáticos não-esteróides em decorrência de seu alto índice de ligação a proteínas. As medidas terapêuticas a serem tomadas em casos de complicações decorrentes de superdosagem, tais como hipotensão, insuficiência renal, convulsões, irritação gastrintestinal, depressão respiratória e hepatotoxicidade são o tratamento sintomático e de suporte.
O paracetamol em doses maciças pode causar hepatotoxicidade, que pode não se manifestar até 48 a 72 horas após a ingestão.
Na suspeita de superdosagem, proceder o esvaziamento gástrico por lavagem ou indução do vômito com xarope de ipeca. O antídoto para a superdosagem de paracetamol é a N-acetilcisteína que deve ser administrada o mais precocemente possível e dentro do período de até 10 horas da ingestão da dose excessiva para maior eficácia.
Pacientes idosos
Infralax® deverá ser usado somente sob prescrição médica. O uso em pacientes idosos, geralmente mais sensíveis aos medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado.
Dizeres legais.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. M.S. n° 1.0235.0551