DOCELIBBS®
LIBBS
Solução concentrada para infusão
docetaxel
Antineoplásico.
Apresentações.
Solução concentrada para infusão com 20 mg de docetaxel anidro em frasco-ampola (dose única) de 0,5 mL acompanhada de frasco-ampola dose única com 1,5 mL de diluente.
Solução concentrada para infusão com 80 mg de docetaxel anidro em frasco-ampola dose única de 2,0 mL acompanhada de frasco-ampola dose única com 6,0 mL de diluente.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
Composição.
Cada 0,5 mL de solução concentrada contém 21,34 mg de docetaxel tri-hidratado (equivalente a 20 mg de docetaxel anidro). Volume preenchido: 24,4 mg/0,61 mL. Cada 2 mL de solução concentrada contém 85,35 mg de docetaxel tri-hidratado (equivalente a 80 mg de docetaxel anidro). Volume preenchido: 94,4 mg/2,36 mL. Veículos da solução concentrada: polissorbato 80, ácido cítrico e álcool etílico. Cada 1 mL de solução diluente contém 130 mg de álcool etílico em água para injeção.
Informações técnicas.
1. INDICAÇÕES
Câncer de mama adjuvante
- Tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável com linfonodo positivo, em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida;
- Tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável, linfonodo negativo, com um ou mais fatores de alto risco: tamanho de tumor > 2 cm; idade < 35 anos, status de receptor hormonal negativo, tumor grau 2 ou 3; em associação com doxorrubicina e ciclofosfamida;
- Tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável cujos tumores superexpressam HER2, quando administrada doxorrubicina e ciclofosfamida seguida de Docelibbs® em associação com trastuzumabe (AC-TH);
- Tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável cujos tumores superexpressam HER2 quando da associação de Docelibbs® com trastuzumabe e carboplatina (TCH).
Câncer de mama metastático
- Tratamento de pacientes com câncer de mama localmente avançado ou metastático que não receberam terapia citotóxica prévia, em associação com doxorrubicina;
- Tratamento de pacientes com câncer de mama localmente avançado ou metastático após falha de quimioterapia prévia (após falha de terapia citotóxica), em monoterapia. Quimioterapia previa deve ter incluído a administração de antraciclina ou agente alquilante;
- Tratamento de pacientes com câncer de mama localmente avançado ou metastático após falha de quimioterapia citotóxica, em associação com capecitabina. Terapia prévia deve ter incluído a administração de antraciclina;
- Tratamento de pacientes com câncer de mama metastático cujos tumores "superexpressam" HER2, em associação com trastuzumabe, e que previamente não receberam quimioterapia para doença metastática.
Câncer de pulmão de não pequenas células
- Tratamento de pacientes com câncer de pulmão (de não pequenas células) localmente avançado ou metastático, mesmo após falha de quimioterapia prévia;
- Tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células irressecável, localmente avançado ou metastático, em associação com cisplatina, e que não tenham recebido quimioterapia para esta condição previamente (ver item "3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacodinâmicas" e "9. Reações Adversas").
Câncer de ovário: Tratamento de carcinoma metastático de ovário após falha de quimioterapia de primeira linha ou subsequente.
Câncer de próstata: Em associação com prednisona ou prednisolona é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático androgênio independente (refratário a hormônio).
Adenocarcinoma gástrico: Tratamento de pacientes com adenocarcinoma gástrico avançado, incluindo adenocarcinoma da junção gastroesofágica, em associação com cisplatina e 5-fluoruracila, e que não receberam quimioterapia prévia para a doença avançada.
Câncer de cabeça e pescoço: Tratamento de indução de pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço localmente avançado na cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe; em associação com cisplatina e 5fluoruracila.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
- Câncer de mama
Martim M, et al (2005) realizaram estudo randomizado, aberto, multicêntrico para suportar o uso de docetaxel no tratamento adjuvante de câncer de mama operável com linfonodo positivo. As pacientes (N=1491) foram randomizadas para receber tanto docetaxel 75 mg/m2, administrado uma hora após doxorrubicina 50 mg/m2 e ciclosfosfamida 500 mg/m2 (braço TAC); ou doxorrubicina 50 mg/m2 seguida de fluoruracila 500 mg/m2 e ciclofosfamida 500 mg/m2 (braço FAC). A sobrevida livre de doença foi significativamente mais longa para o braço TAC comparado ao braço FAC. A sobrevida global também foi significativamente maior no braço TAC com uma redução de 30% no risco de morte (HR, do inglês hazard ratio) comparado ao FAC [HR = 0,70; 95% IC (0,53-0,91), p=0,008]. [Martin M, et al. N Engl J Med. 2005 Jun; 352(22):2302-13].
Estudo randomizado, aberto, multicêntrico (GEICAM 9805) foi conduzido para o tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável linfonodo negativo com um ou mais fatores de alto risco (tamanho do tumor > 2 cm, idade < 35 anos, status negativo do receptor de hormônio, tumor grau 2 ou 3). As pacientes (N=1060) foram randomizadas para receber docetaxel 75 mg/m2 uma hora após doxorrubicina 50 mg/m2 e ciclosfosfamida 500 mg/m2 (539 pacientes no braço TAC); ou doxorrubicina 50 mg/m2 seguida de 5-fluoruracila 500 mg/m2 e ciclosfosfamida 500 mg/m2 (521 pacientes no braço FAC). A sobrevida livre de doença foi significativamente mais longa para o braço TAC comparado ao braço FAC. A sobrevida global mediana também foi mais longa no braço TAC. Neste braço as pacientes apresentaram redução de 24% no risco de morte (HR) em comparação ao FAC, porém, sem significância estatística até o momento do acompanhamento do estudo [HR= 0,76; 95% IC (0,46-1,26), p=0,28]. [GEICAM 9805 (N Engl J Med. 2010 Dec 2; 363(23):2200-10].
A eficácia e segurança de docetaxel em associação com trastuzumabe foram avaliadas no tratamento adjuvante para pacientes com câncer de mama operável cujos tumores superexpressam HER2 (com linfonodo positivo e linfonodo negativo de alto risco). Um total de 3.222 mulheres foram randomizadas no estudo e 3.174 foram tratadas com AC-T, AC-TH ou TCH. A Sobrevida Livre de Doença (SLD) foi o desfecho primário, e a Sobrevida Global (SG) foi o desfecho secundário. Quando administrados simultaneamente docetaxel e trastuzumabe como parte dos regimes de tratamento adjuvante baseado em antraciclina (AC-TH) ou sem antraciclina (TCH), houve aumento estatisticamente significativo do desfecho primário (SLD) e do secundário (SG), em comparação com o braço controle (AC-T). A redução relativa no risco de morte (HR) foi de 42% (p=0,0024) e 34% (p=0,0182) para os braços AC-TH e TCH, respectivamente, comparados ao braço AC-T. [Estudo BCIRG 006 - SABCS 2006, Abstract: 52 e Slamon D, et al. SABCS 2009. Abstract 62].
Nabholtz JM, et al (2003) conduziram estudo fase III randomizado, envolvendo 429 pacientes com câncer de mama metastático não tratados previamente. Foi administrada doxorrubicina 50 mg/m2 associada ao docetaxel 75 mg/m2 (grupo AT) versus doxorrubicina 60 mg/m2 associada à ciclofosfamida 600 mg/m2 (grupo AC). O tempo para progressão foi significativamente mais prolongado no grupo do docetaxel comparado ao grupo controle, p=0,0138. A taxa de resposta global foi significativamente maior no grupo do docetaxel (59,3%) comparada ao grupo controle (46,5%), p=0,009. [(Nabholtz JM, et al. J Clin Oncol. 2003 May; 21 (6): 968-75)].
Jones SE, et al. (2005) conduziram dois estudos comparativos, fase III, randomizados, envolvendo pacientes com câncer de mama metastático que não responderam aos agentes alquilantes (N=326) ou que não responderam às antraciclinas (N=392). Nos pacientes que falharam aos agentes alquilantes, o docetaxel foi comparado à doxorrubicina (75 mg/m2 a cada três semanas). O tempo de sobrevida global foi de 15 meses versus 14 meses (p=0,38); taxa de resposta 52% versus 37% (p=0,01), tempo de resposta 12 semanas versus 23 semanas (p=0,0070), respectivamente para docetaxel e doxorrubicina. Nos pacientes que não responderam à antraciclina, o docetaxel foi comparado à associação de mitomicina C e vimblastina,12 mg/m2 a cada seis semanas e 6 mg/m2 a cada três semanas. O tempo de sobrevida global foi 11 meses versus 9 meses (p=0,01); taxa de resposta 33% versus 12% (p=0,0001); respectivamente para docetaxel e mitomicina/vimblastina. Jones SE, et al. (2005) conduziram estudo de fase III aberto, multicêntrico, randomizado para comparar docetaxel e paclitaxel no tratamento do câncer de mama avançado nas pacientes cuja terapia prévia deveria ter incluído uma antraciclina. Um total de 449 pacientes foram randomizadas para receberem docetaxel 100 mg/m2 ou paclitaxel 175 mg/m2. Os resultados obtidos estão descritos como mediana de sobrevida (desfecho secundário) e taxa de resposta global (desfecho primário) [Jones SE, et al. J Clin Oncol. 2005 Aug; 23 (24): 5542-51].
Shaughnessy J, et al. (2002) realizaram estudo clínico fase III, controlado, randomizado, multicêntrico do uso de docetaxel em associação com capecitabina para o tratamento de câncer de mama localmente avançado ou metastático após falha de quimioterapia citotóxica, incluindo uma antraciclina. Foram randomizadas 255 pacientes para tratamento com docetaxel e capecitabina (DC) e 256 pacientes para o tratamento com docetaxel em monoterapia (D). A sobrevida foi superior no grupo DC (p=0,0126); a sobrevida mediana foi de 442 dias (DC) comparada a 352 dias (D). A taxa de resposta objetiva global em toda população randomizada (avaliação do investigador) foi de 41,6% (DC) comparada com 29,7% (D); p=0,0058. O tempo para progressão da doença ou morte foi superior na associação DC (p < 0,0001). O tempo mediano para progressão foi de 186 dias (DC) comparado com 128 dias (D). [Shaughnessy J, et al. J Clin Oncol. 2002; 20 (12): 2812-23].
Marty M, et al (2005) estudaram a associação docetaxel + trastuzumabe para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático cujos tumores superexpressam HER2 e que previamente não receberam quimioterapia para doença metastática. As pacientes (N=186) receberam docetaxel com ou sem trastuzumabe; 60% das pacientes receberam anteriormente quimioterapia adjuvante baseada em antraciclina. Os resultados de eficácia estão resumidos na tabela a seguir. [Marty M, et al. J Clin Oncol. 2005 Jul; 23 (19): 4265-74].
- Câncer de pulmão de não pequenas células
Roszkowski K, et al (2000) conduziram estudo fase III em pacientes com doença localmente avançada (estágio IIIb) e metastática (IV) para comparar o docetaxel adicionado ao melhor tratamento de suporte (D-BSC) versus BSC. A sobrevida global foi significativamente mais prolongada em pacientes no grupo do D-BSC (p=0,026) comparada aos pacientes do grupo que recebeu apenas BSC. A taxa de sobrevida em um ano foi de 25% (D-BSC) comparado a 16% para BSC. A taxa de resposta global nos pacientes avaliáveis foi de 19,6% com duração mediana de resposta de 37,1 semanas. [Roszkowski K, et al. Lung Cancer. 2000 Mar; 27 (3): 145-57].
Fossella F, et al (2003) conduziram estudo fase III com 1218 pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células no estágio IIIb não ressecado ou IV e sem quimioterapia prévia. Os pacientes foram randomizados para receber tanto docetaxel (D) 75 mg/m2 por infusão de uma hora seguido imediatamente por cisplatina (Cis) 75 mg/m2 por 30-60 minutos a cada três semanas, quanto docetaxel (D) 75 mg/m2 por infusão de uma hora seguido imediatamente por carboplatina (Cb) (AUC 6 mg/mL.min) por 30-60 minutos a cada três semanas; ou vinorelbina (V) 25 mg/m2 administrado por 6-10 minutos nos dias 1, 8, 15, 22 seguido por Cis 100 mg/m2 administrado no dia 1 dos ciclos repetidos a cada quatro semanas. A sobrevida mediana no grupo D + Cis foi de 11,3 meses comparado com 10,1 meses no grupo V + Cis. A taxa de sobrevida em dois anos foi 21% e 14% respectivamente. A taxa de risco de morte (HR) foi 1,183 a favor de D + Cis (95% IC = 1,008 - 1,388). A taxa de resposta global foi mais elevada no grupo D + Cis comparada ao grupo V + Cis (31,6% versus 24,5%). A duração mediana de resposta foi comparável entre os dois grupos (32 semanas versus 34 semanas), bem como para o tempo de progressão mediana (22,0 semanas versus 23,0 semanas). [Fossella F, et al. J Clin Oncol. 2003 Aug; 21 (16): 3016-24].
Fossella F, et al (2000) conduziram estudo multicêntrico, fase III, no qual 373 pacientes foram randomizados em três grupos de tratamento: A) docetaxel 100 mg/m2 (D/100) [n=125] por infusão IV de uma hora a cada 3 semanas ou, B) docetaxel 75 mg/m2 (D/75) [n=125] por infusão IV de uma hora a cada 3 semanas ou, C) de acordo com escolha do médico, tanto vinorelbina 30 mg/m2 (V/30) [n=89] por infusão IV nos dias 1, 8, 15 repetidos a cada três semanas, quanto ifosfamida 2 mg/m2 (I/2)[n=34] nos dias 1, 2 e 3 repetidos a cada três semanas. A taxa de sobrevida em um ano é maior em cada grupo do docetaxel (32%) comparado a 10% no grupo controle de vinorelbina (V) ou isofosfamida (I). Entre os pacientes que foram acompanhados por no mínimo um ano antes de quimioterapia subsequente, a sobrevida em um ano foi significativamente maior no grupo do docetaxel (16%) comparado ao grupo V ou I (5%) [p=0,023]. A taxa de resposta para o grupo D/100 foi significativa e estatisticamente maior que o grupo controle V/I na análise dos pacientes avaliáveis (11,9% versus 1,0%; p=0,001). No grupo D/75, a taxa de resposta foi também significativa e estatisticamente maior que o grupo controle V/I (7,5% versus 1,0%; p=0,036). [Fossella F, et al. J Clin Oncol. 2000 Jun; 18 (12): 2354-62].
Shepherd F, et al (2000) conduziram um segundo estudo multicêntrico, fase III, no qual 204 pacientes foram randomizados dentro de dois grupos de tratamento: A) docetaxel 100 [n=49] ou 75 [n=55] mg/m2 em infusão IV de uma hora a cada três semanas comparado ao melhor tratamento de suporte (BSC) [n=100]. A sobrevida mediana foi de 7,2 meses para os pacientes tratados nos grupos com docetaxel comparado com 4,6 meses para os pacientes que receberam tratamento de suporte (p=0,14). No entanto, nos pacientes tratados com docetaxel a 75 mg/m2, a sobrevida global foi significativamente mais prolongada (p=0,016), comparada ao grupo BSC, com sobrevida mediana de 9 meses versus 4,6 meses, respectivamente. A sobrevida em um ano foi também significativamente mais prolongada (p=0,016) com docetaxel (40%) comparada ao grupo BSC (16%). A taxa de resposta global foi de 7,6% nos pacientes avaliáveis, e a mediana da duração de resposta foi de 26,1 semanas. [(Shepherd F, et al. J Clin Oncol. 2000 May; 18 (10): 2095103)].
- Câncer de ovário
A segurança e a eficácia do docetaxel foram avaliadas em quatro estudos fase II em mulheres com câncer de ovário avançado refratário à platina. No total, 340 pacientes portadoras de doença recorrente ou progressiva e que haviam sido tratadas previamente com cisplatina ou carboplatina. As taxas de resposta global entre os quatros estudos clínicos individuais variaram de 26 a 40%. Quando os dados de resposta dos quatro estudos foram compilados, houve 14 respostas completas e 79 respostas parciais entre os 315 pacientes avaliáveis, resultando em uma taxa de resposta global de 30% (IC 95%: 19-36%). A duração mediana da resposta e a sobrevida mediana nos quatros estudos individuais variou de 4,5 a 6,7 meses e de 8 a 10,4 meses, respectivamente. [(Aapro MS, et al. Ann Oncol. 1994; 5 (5): 508 (abstract) / Francis P, et al. J Clin Oncol. 1994 Nov; 12 (11): 2301-8; Piccart MJ, et al. Clin Cancer Res. 1995 May; 87 (9): 676-81 / Kavanagh JJ, et al. Clin Cancer Res. 1996 May; 2 (5): 837-42)].
- Câncer de próstata
Tannock IF, et al (2004) realizaram estudo fase III multicêntrico, randomizado de docetaxel em associação com prednisona ou prednisolona em pacientes com câncer de próstata metastático androgênico independente (refratário a hormônio). Um total de 1006 pacientes com KPS > 60 (Status de Performance Karnofsky) foram randomizados nos seguintes grupos de tratamento: A) docetaxel 75 mg/m2 a cada três semanas por dez ciclos; ou B) docetaxel 30 mg/m2 administrado semanalmente nas cinco primeiras semanas em um ciclo de seis semanas por cinco ciclos; ou C) mitoxantrona 12 mg/m2 a cada três semanas por dez ciclos. Os pacientes que receberam docetaxel a cada três semanas demonstraram significativo aumento da sobrevida global comparado aos tratados com mitoxantrona. O aumento na sobrevida observado no grupo semanal de docetaxel não foi estatisticamente significativo comparado ao grupo controle mitoxantrona. Os desfechos de eficácia para o grupo do docetaxel comparados ao grupo controle estão resumidos na tabela a seguir. [(Tannock IF, et al. N Engl J Med. 2004 Oct; 351 (15): 1502-12)].
- Adenocarcinoma gástrico
Van Cutsem E, et al (2006) realizaram estudo randomizado, aberto, multicêntrico para avaliar a segurança e a eficácia de docetaxel no tratamento de pacientes com adenocarcinoma gástrico avançado, incluindo adenocarcinoma de junção gastroesofágica, que não receberam quimioterapia prévia para a doença avançada. Um total de 445 pacientes com KPS > 70 foram tratados com docetaxel (D) (75 mg/m2, no dia 1) em combinação com cisplatina (C) (75 mg/m2, no dia 1) e fluoruracila (F) (750 mg/m2/ dia, por 5 dias) ou cisplatina (100 mg/m2, no dia 1) e fluoruracila (1000 mg/m2 por dia, por 5 dias). A sobrevida global foi significativamente mais longa (p=0,0201) no braço DCF com uma redução do risco de mortalidade de 22,7% (sobrevida global mediana de 9,2 meses no braço DCF versus 8,6 meses no braço CF). As taxas de resposta global (resposta completa + resposta parcial) foram 36,7% no braço tratado com DCF e 25,4% no braço tratado com CF, com uma diferença estatisticamente significante (p=0,0106). [Van Cutsem E, et al. J Clin Oncol. 2006 Nov; 24 (31): 4991-7].
- Câncer de cabeça e pescoço
Vermoken J, et al (2007) avaliaram a segurança e a eficácia de docetaxel no tratamento de indução de pacientes com carcinoma de células escamosas da cabeça e pescoço (CECCP), mediante estudo de fase III, randomizado, aberto, multicêntrico (TAX 323). Neste estudo, 358 pacientes com CECCP inoperável localmente avançado e com estado de desempenho WHO 0 ou 1, foram randomizados para um dos dois braços do tratamento. Os pacientes no braço docetaxel (DCF) receberam docetaxel 75 mg/m2 seguido de cisplatina 75 mg/m2 no dia 1, seguido de fluoruracila 750 mg/m2 por dia, em infusão contínua, nos dias 1-5. Os pacientes no braço comparador (CF) receberam cisplatina 100 mg/m2 no dia 1, seguido de fluoruracila 1000 mg/m2 em infusão contínua nos dias 1-5. O desfecho primário neste estudo, a sobrevida livre de progressão (SLP) foi significativamente maior no braço DCF comparado ao braço CF, p=0,0042 (SLP: 11,4 versus 8,3 meses, respectivamente) com um tempo de acompanhamento mediano global de 33,7 meses. A sobrevida global mediana foi também, significativamente maior no braço DCF comparado ao braço CF (18,6 versus 14,5 meses, respectivamente) com uma redução no risco de mortalidade de 28%, p=0,0128. [(Vermoken J, et al. N Engl J Med. 2007 Oct; 357 (17): 1695-704].
Posner M, et al (2007) avaliaram a segurança e a eficácia de docetaxel no tratamento da indução de pacientes com CECCP localmente avançado (não ressecável, cura cirúrgica baixa ou preservação do órgão) através de estudo fase III, randomizado, multicêntrico, aberto (TAX 324). Neste estudo, 501 pacientes, com CECCP localmente avançado e um estado de desempenho WHO de 0 ou 1, foram randomizados para um dos dois braços. Os pacientes do braço docetaxel (DCF) receberam, docetaxel (75 mg/m2, por infusão IV, no dia 1, seguido de cisplatina 100 mg/m2, por infusão IV durante 30 minutos a 3 horas, no dia 1; seguido de fluoruracila 1000 mg/m2/ dia, infusão contínua IV, nos dias 1-4. Os pacientes no braço comparador (CF) receberam cisplatina 100 mg/m2, por infusão IV, de 30 minutos a 3 horas, no dia 1; seguido de fluoruracila 1000 mg/m2/dia, por infusão contínua IV, do dia 1-5. O desfecho de eficácia primário neste estudo, a sobrevida global (SG), foi significativamente mais longo (teste long-rank, p=0,0058) com regime DCF comparado ao CF (SG mediana: 70,6 vs. 30,1 meses respectivamente), com uma redução do risco de 30% na mortalidade comparada ao CF (HR=0,70, 95% IC: 0,54-0,90). O desfecho secundário, tempo livre de progressão (TLP) demonstrou uma redução do risco de 29% de progressão ou morte e uma melhora de 22 meses no TLP mediano (35,5 meses para DCF e 13,1 para CF). Isto também foi estatisticamente significante com um HR de 0,71; 95% IC: 0,56-0,90; teste de log-rank p=0,004. [Ponser M, et al. N Engl J Med. 2007 Oct; 357 (17): 1695-704.].
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas: Docetaxel, princípio ativo de Docelibbs®, é um agente antineoplásico que atua promovendo a agregação das tubulinas na formação de microtúbulos estáveis, inibindo sua despolimerização e promovendo a diminuição expressiva da tubulina livre. Sua ligação aos microtúbulos não altera o número de protofilamentos. In vitro, o docetaxel demonstrou romper a rede de microtúbulos celulares, essencial para as funções celulares vitais durante a intérfase e mitose. Demonstrou citotoxicidade contra várias linhagens de células tumorais humanas e murinas in vitro, e contra células tumorais de remoção recente em ensaios clonogênicos. O docetaxel atinge altas concentrações intracelulares com um longo período de permanência na célula. Além disso, demonstrou atividade em algumas, mas não em todas as linhagens celulares que superexpressam p-glicoproteína codificada pelo gene de resistência a múltiplos fármacos. In vivo, o docetaxel é regime-independente e apresenta um amplo espectro de atividade antitumoral experimental contra tumores murinos e tumores humanos xenotransplantados.
Para o tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável com linfonodo positivo: O efeito benéfico de TAC não foi provado em pacientes com quatro nódulos ou mais (37% da população), embora tenha sido observada uma redução de 18% do risco de recidiva neste grupo de pacientes. O benefício de TAC nessas pacientes não foi inteiramente definido após o acompanhamento de 55 meses de um estudo clínico conduzido com docetaxel (TAX 316).
Propriedades farmacocinéticas: Sua farmacocinética foi avaliada em pacientes com câncer após administração de 20 a 115 mg/m2 em estudos de fase I. O perfil farmacocinético do docetaxel é dose independente e consistente com modelo farmacocinético de três compartimentos com meia-vida para as fases a, b e c õ de 4 min, 36 min e 11,1 h; respectivamente. A fase tardia é devida, em parte, ao efluxo relativamente lento do docetaxel dos compartimentos periféricos. Após administração de uma dose de 100 mg/m2 sob infusão de uma hora, a concentração plasmática média obtida foi de 3,7 mcg/mL com ASC correspondente de 4,6 mcg/mL/h. Os valores médios de clearance corpóreo total e volume de distribuição no estado de equilíbrio foram de 21 L/h/m2 e 113 L, respectivamente. A variação interindividual do clearance corpóreo total foi de aproximadamente 50%. Sua ligação às proteínas plasmáticas é > 95%. Um estudo realizado com docetaxel C14 em três pacientes com câncer num período de sete dias demonstrou que o docetaxel é eliminado na urina e fezes após sofrer metabolismo oxidativo do grupo éster terc-butila, mediado pelo citocromo P450. A excreção urinária e fecal foi de aproximadamente 6% e 75% da radioatividade administrada, respectivamente. Aproximadamente 80% da radioatividade recuperada nas fezes são excretadas durante as primeiras 48 horas na forma de um metabólito principal inativo, três metabólitos secundários inativos e uma quantidade muito pequena do fármaco inalterado. Uma análise populacional farmacocinética foi realizada em 577 pacientes que receberam docetaxel. Os parâmetros farmacocinéticos estimados neste modelo foram muito próximos aos obtidos nos estudos de Fase I. Os parâmetros farmacocinéticos do docetaxel não sofrem alteração com a idade ou o sexo do paciente. Em um pequeno número de pacientes (n=23) com dados bioquímicos e clínicos indicadores de alteração da função hepática leve a moderada (TGP, TGO ≥ 1,5 vezes o limite superior da normalidade, associado com fosfatase alcalina ≥ 2,5 vezes o limite superior da normalidade), o clearance total diminuiu em média 27% (ver item "8. Posologia e Modo de usar - Instruções de preparo"). O clearance não foi alterado em pacientes com retenção hídrica leve a moderada; não existem informações disponíveis em pacientes com retenção hídrica severa. Quando utilizado em associação, o docetaxel não influencia o clearance da doxorrubicina e os níveis plasmáticos do doxorrubicinol (metabólito da doxorrubicina). Por outro lado, o clearance do docetaxel é aumentado enquanto sua eficácia é mantida. As farmacocinéticas do docetaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida, estudadas em 30 pacientes com câncer de mama, não foram influenciadas por suas administrações concomitantes. Avaliando o efeito da capecitabina na farmacocinética do docetaxel e o seu efeito na farmacocinética da capecitabina, nos estudos de fase I, não foi observado efeito da capecitabina na farmacocinética do docetaxel (Cmáx e ASC) e nenhum efeito do docetaxel na farmacocinética do 5´DFUR (o metabólito mais importante da capecitabina). O clearance do docetaxel na terapia associada com cisplatina ou carboplatina foi semelhante ao observado após a monoterapia com docetaxel. O perfil farmacocinético da cisplatina administrada logo após a infusão de docetaxel é semelhante ao observado com a cisplatina isolada. O efeito da prednisona na farmacocinética do docetaxel administrado com pré-medicação padrão de dexametasona foi estudado em 42 pacientes. Não foi observado efeito da prednisona na farmacocinética do docetaxel. A administração em 12 pacientes com tumores sólidos de terapia combinada de docetaxel + cisplatina + fluoruracila não demonstrou influência na farmacocinética individual de cada fármaco isolado.
- Dados de segurança pré-clínica
Carcinogênese: O potencial carcinogênico do docetaxel ainda não foi estudado. Mutagenicidade: O docetaxel mostrou ser mutagênico em testes in vitro de micronúcleo e de aberrações cromossômicas em células CHO-K1 e em testes in vivo de micronúcleo em camundongo. Contudo, docetaxel não induziu mutagenicidade no teste de Ames ou no ensaio de mutação gênica CHO/HGPRT. Estes dados são compatíveis com a atividade farmacológica do docetaxel. Alteração de fertilidade: Estudos de toxicidade em roedores demonstraram efeitos adversos nos testículos, sugerindo que o docetaxel pode prejudicar a fertilidade masculina.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Docelibbs® é contraindicado em pacientes com história de reações de hipersensibilidade severas ao docetaxel ou aos demais componentes da formulação. Está contraindicado em pacientes com neutropenia basal < 1.500 células/mm3; durante a gravidez ou em pacientes com insuficiência hepática severa. Quando houver contraindicações a outros fármacos, estas também são aplicáveis quando associados ao Docelibbs®.
Este medicamento é contraindicado para o uso em pacientes pediátricos.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Docelibbs® deve ser administrado somente sob supervisão médica com experiência na utilização de agentes quimioterápicos. Devem estar disponíveis recursos de suporte apropriados devida a possibilidade de reações de hipersensibilidade. Durante a infusão é recomendada monitoração cuidadosa das funções vitais do paciente. Pode ser empregada pré-medicação com a administração de corticosteroide oral, como dexametasona 16 mg/dia (por exemplo: 8 mg, duas vezes ao dia) durante três dias, com início no dia anterior à administração de docetaxel, a menos que contraindicada, para diminuir a incidência e a severidade da retenção hídrica, bem como, a severidade das reações de hipersensibilidade. O regime de pré-tratamento para câncer de próstata é dexametasona oral, 8 mg, 12 horas, 3 horas e uma hora antes da infusão de Docelibbs®.
Para o tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama operável com linfonodo positivo: Na análise de acompanhamento de 55 meses do estudo clínico (TAX 316), o hazard ratio (HR) para período livre de doença de TAC comparado com FAC foi de 0,72 (IC=0,59 -0,88; p=0,0010) para a população global do estudo. Na análise de subgrupos nas pacientes com 1 a 3 linfonodos acometidos, o HR foi de 0,61 (IC=0,46 -0,82; p=0,0009), enquanto que para 4 linfonodos ou mais, o HR foi de 0,82 (IC=0,63 -1,08; p=0,1629). Pacientes com 4 linfonodos ou mais: O efeito benéfico de TAC não foi provado em pacientes com 4 linfonodos ou mais (37% da população), embora tenha sido observada uma redução de 18% do risco de recidiva neste grupo de pacientes. O benefício de TAC nessas pacientes não foi inteiramente definido após o acompanhamento de 55 meses do estudo TAX 316.
Reações de hipersensibilidade: Os pacientes devem ser rigorosamente observados quanto à ocorrência destas reações de hipersensibilidade, especialmente durante a primeira e a segunda infusão. As reações de hipersensibilidade podem ocorrer minutos após o início da infusão de docetaxel, devendo estar disponíveis recursos para tratamento da hipotensão e broncoespasmos. Em pacientes tratados com pré-medicação, foram relatadas reações severas como eritema/exantema generalizados, hipotensão severa, broncoespasmo ou muito raramente anafilaxia fatal. Reações de hipersensibilidade requerem descontinuação imediata de docetaxel e terapia apropriada. Os pacientes que desenvolverem reações de hipersensibilidade severas não devem ser retratados com docetaxel.
Neutropenia: O nadir neutrofílico ocorreu em uma mediana de sete dias, porém, este intervalo pode ser menor em pacientes extensivamente pré-tratados. Os pacientes devem ser monitorados com hemograma completo. O tratamento somente poderá ser repetido, quando a contagem de neutrófilos retornar a um nível ≥ 1.500 células/mm3 (ver item "8. Posologia e Modo de usar - Instrução de preparo"). Pacientes tratados com a associação docetaxel + cisplatina + fluoruracila (DCF) apresentaram neutropenia febril e/ou infecção neutropênica nos índices mais baixos quando receberam G-CSF profilático. Os pacientes tratados com DCF devem receber G-CSF profilático para aliviar o risco de neutropenia complicada (neutropenia febril, neutropenia prolongada ou infecção neutropênica). Os pacientes recebendo DCF devem ser rigorosamente monitorados. Em pacientes tratados com docetaxel + doxorrubicina + ciclofosfamida (TAC), a neutropenia febril e/ou infecção neutropênica ocorreram em níveis mais baixos quando receberam G-CSF profilático primário. Profilaxia primária com G-CSF deve ser considerada em pacientes que recebem terapia adjuvante com TAC para câncer de mama de modo a minimizar o risco de neutropenia complicada (neutropenia febril, neutropenia prolongada ou infecção neutropênica). Pacientes recebendo TAC devem ser rigorosamente monitorados (ver itens "8. Posologia e Modo de usar - Instrução de preparo" e "9. Reações Adversas").
Distúrbios oculares:Edema Macular Cistoide (EMC) tem sido reportado em pacientes tratados com docetaxel, bem como com outros taxanos. Pacientes com visão comprometida devem ser submetidos a um exame oftalmológico completo. Em caso de diagnóstico de EMC, o tratamento com docetaxel deve ser descontinuado e tratamento apropriado deve ser iniciado.
Leucemia: No tratamento adjuvante de câncer de mama, o risco de mielodisplasia tardia ou leucemia mieloide requer acompanhamento hematológico (ver item "9. Reações Adversas").
Excipientes: A quantidade de etanol no Docelibbs® pode ser prejudicial em pacientes que sofrem de alcoolismo e também deve ser considerada em mulheres grávidas ou que estejam amamentando, em crianças e nos pacientes do grupo de risco, como pacientes com redução da função do fígado ou com epilepsia. Devem ser considerados possíveis efeitos sobre o Sistema Nervoso Central. A quantidade de etanol no Docelibbs® pode alterar o efeito de outros medicamentos. A quantidade de etanol no Docelibbs® pode prejudicar a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Reações cutâneas: Foi observado eritema cutâneo localizado nas extremidades (palma das mãos e planta dos pés) com edema seguido por descamação.
Sistema nervoso: O desenvolvimento de sinais e/ou sintomas neurossensoriais severos foram observados e requerem redução da dose (ver item "8. Posologia e Modo de usar - Instrução de preparo"). Foram relatados sintomas graves neurossensoriais, tais como parestesia, disestesia, dor, podendo ser necessária a redução da dose ou a interrupção do tratamento.
Toxicidade cardíaca: Foi observada insuficiência cardíaca nos pacientes tratados com docetaxel + trastuzumabe, particularmente após quimioterapia contendo antraciclina (doxorrubicina ou epirrubicina), de ocorrência moderada a severa, e associada com morte (ver item "9. Reações Adversas").
Gravidez e Lactação
O docetaxel demonstrou embriotoxicidade e fetotoxicidade (ratos e coelhos), além de reduzir a fertilidade em ratos. Como com outros fármacos citotóxicos, pode causar dano fetal quando administrado em mulheres grávidas, não devendo ser utilizado durante a gravidez. Mulheres em idade fértil em tratamento com docetaxel devem ser aconselhadas a evitar a gravidez e a informarem imediatamente o médico da ocorrência da mesma (ver itam "4. Contraindicações"). Não se sabe se docetaxel é excretado no leite materno, devido os potenciais efeitos adversos em lactentes, a amamentação deve ser descontinuada durante tratamento com docetaxel.
- Populações Especiais
Uso em pacientes pediátricos: Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.
Uso em pacientes idosos: Uma análise de dados de segurança em pacientes com 60 anos de idade ou mais tratados com a associação docetaxel + capecitabina mostraram aumento na incidência de eventos adversos graus 3 e 4 relacionados ao tratamento; eventos adversos sérios relacionados ao tratamento e exclusão precoce do tratamento devido aos eventos adversos comparados aos pacientes com menos de 60 anos de idade. A proporção de pacientes idosos foi de 5,5% e 6,6% nos regimes AC-TH e TCH, respectivamente e é muito limitado para permitir conclusões a respeito dos eventos adversos por idade ( < 65 anos versus ≥ 65 anos). Num estudo conduzido em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células avançado (CPNPC) que não receberam quimioterapia prévia (estudo clínico TAX 326) 148 pacientes no grupo docetaxel + cisplatina tinham ≥ 65 anos de idade e quinze pacientes tinham ≥ 75 anos de idade; não foi observada nenhuma diferença total na efetividade quando pacientes mais idosos foram comparados aos pacientes mais jovens. Nos pacientes idosos do grupo docetaxel + cisplatina, houve uma maior tendência à diarreia e neurotoxicidade de graus 3/4 (ambas mais frequentes e severas) em comparação ao grupo vinorelbina + cisplatina. Dos 333 pacientes tratados com docetaxel a cada três semanas no estudo de câncer de próstata (TAX 327) 209 pacientes tinham ≥ 65 anos de idade e 68 pacientes tinham ≥ 75 anos. Não foram identificadas diferenças na eficácia entre pacientes idosos e mais jovens. Em pacientes tratados com docetaxel a cada três semanas, a incidência de anemia, infecção, alterações nas unhas, anorexia, perda de peso ocorreu em proporção > 10% maior que em pacientes com 65 anos ou mais comparados a pacientes mais jovens. Dentre 221 pacientes tratados com docetaxel + cisplatina + 5-fluoruracila (DCF) no estudo de câncer gástrico (TAX 325) 54 tinham ≥ 65 anos de idade e dois pacientes ≥ 75 anos de idade. Neste estudo, o número de pacientes ≥ 65 anos de idade foi insuficiente para determinar se há diferença de reações com relação aos mais jovens. Entretanto, a incidência de eventos adversos sérios foi mais elevada nos pacientes idosos comparada aos mais jovens. A incidência dos eventos (todos os graus) como letargia, estomatite, diarreia, neutropenia febril/infecção neutropênica, ocorreu nos valores ≥ 10% mais elevada em pacientes ≥ 65 anos de idade comparados aos mais jovens. Os pacientes tratados com DCF devem ser rigorosamente monitorados. Entre 174 e 251 pacientes que receberam tratamento de indução com DCF para tratamento de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECCP) nos estudos (TAX 323) e (TAX 324), somente 18 (10%) e 32 (13%) dos pacientes tinham ≥ 65 anos de idade, respectivamente. O número de pacientes idosos que receberam esse regime não foi suficiente para determinar se os pacientes idosos respondem diferentemente dos mais jovens.
- Outros grupos de risco
Pacientes com retenção hídrica: Pacientes com retenção hídrica severa (como ascite, efusão pericárdica e pleural) devem ser monitorados rigorosamente.
Uso em pacientes com insuficiência hepática: Pacientes tratados com 100 mg/m2 de docetaxel em monoterapia, com níveis plasmáticos de transaminases (TGP e/ou TGO) > 1,5 vezes o limite superior da normalidade, simultaneamente a níveis plasmáticos de fosfatase alcalina > 2,5 vezes o limite da normalidade, apresentaram maior risco de desenvolver reações adversas severas como toxicidade fatal incluindo hemorragia gastrintestinal, sepse, neutropenia febril, infecções, trombocitopenia, estomatite e astenia. Pacientes com níveis elevados dos parâmetros de função hepática não deverão receber doses maiores que 75 mg/m2 de docetaxel. Os testes de função hepática devem ser realizados no estado basal e antes do início de cada ciclo. Em pacientes com níveis plasmáticos de bilir