CLARITROMICINA MERCK (GENÉRICO)

MERCK

claritromicina

Antibiótico.

Medicamento Genérico Lei n° 9.787, de 1999.

Apresentações.

Comprimido revestido
claritromicina 500 mg
- Embalagens contendo 10 ou 14 comprimidos revestidos.
USO ORAL - ADULTO

Composição.

Cada comprimido revestido contém: claritromicina 500 mg. Excipientes: celulose microcristalina, corante azul indigotina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, dióxido de titânio, estearato de magnésio, hipromelose, lactose, macrogol, polissorbato 80 e povidona.

Informações ao paciente.

Ação esperada do medicamento
Tratamento de infecções por germes sensíveis à claritromicina.
Cuidados de armazenamento
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade
24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Não use medicamentos com prazo de validade vencido, pode ser perigoso para sua saúde.
Gravidez e lactação
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se está amamentando. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou do cirurgião-dentista.
Cuidados de administração
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Interrupção do tratamento
Não interromper o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Reações adversas
Informe a seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
As reações adversas mais frequentes relacionadas com o uso da claritromicina são: náuseas, vômitos, dispepsia (dificuldade na digestão), diarreia e dor de barriga. Outras reações adversas: dor de cabeça, alteração do paladar e alterações do fígado (como hepatite e aumento passageiro das enzimas do fígado). A alteração no fígado pode ser grave, mas geralmente volta à normalidade com o fim da medicação. Em situações muito raras, morte por insuficiência do fígado foi relatada, e geralmente estava associada com doenças graves e/ou uso conjunto com outras medicações. Pode ocorrer colite pseudomembranosa (inflamação do intestino grosso) associada ao uso de claritromicina. Arritmias cardíacas foram raramente relatadas com claritromicina. Alterações da mucosa da boca e língua foram relatadas durante o tratamento com claritromicina, assim como descoloração dos dentes, geralmente reversível com limpeza profissional. Reações alérgicas podem ocorrer. Houve relatos de tontura, vertigens, ansiedade, insônia, pesadelos, zumbidos, confusão, desorientação, alucinação, psicose e despersonalização; entretanto, não foi estabelecida uma relação de causa/efeito com a claritromicina. Foi relatada perda auditiva com claritromicina, geralmente reversível com a retirada do medicamento. Foram descritas alterações do olfato, normalmente em conjunto com alterações do paladar.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias
A claritromicina pode ser administrada tanto em jejum quanto juntamente com alimentos. Entretanto, ingestão de alimentos pouco antes da tomada da claritromicina pode atrasar ligeiramente o início da absorção, mas sem prejuízo de suas concentrações no organismo. A claritromicina não deve ser usado em pacientes que estejam tomando astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina. A claritromicina pode aumentar o nível sanguíneo de outros medicamentos que também são metabolizados pelo fígado tais como: os anticoagulantes orais (ex.: varfarina), alcaloides do ergot, alprazolam, astemizol, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, metilprednisolona, omeprazol, pimozida, quinidina, sildenafila, sinvastatina, terfenadina, triazolam, tacrolimus, lovastatina, disopiramida, midazolam, ciclosporina, vimblastina, rifabutina, fenitoína, teofilina, valproato, teofilina e carbamazepina, quando algum desses medicamentos é administrado junto com a claritromicina. Rabdomiólise (lesão de fibras musculares) foi raramente relatada quando claritromicina foi usada junto com medicamentos usados para controle de colesterol, como lovastatina e sinvastatina. O uso de claritromicina junto com anticoagulantes orais pode aumentar o efeito dos coagulantes orais, sendo necessário o controle do tempo de protrombina (exame laboratorial) nesses pacientes. Aumento nas concentrações de digoxina pode ocorrer em pacientes que recebem claritromicina comprimidos junto com digoxina. O monitoramento dos níveis séricos da digoxina (exame laboratorial) deve ser considerado. Foi descrito que os macrolídeos, como a claritromicina, podem alterar o metabolismo dos medicamentos: terfenadina, astemizol, cisaprida e pimozida, resultando em aumento da ação destes, o que pode estar associado com arritmias cardíacas. Também foram relatados casos de arritmias com o uso de claritromicina junto com quinidina ou disopramida.
Interações medicamentosas com antirretrovirais: o uso de comprimidos de claritromicina junto com zidovudina em pacientes adultos pode resultar em diminuição do efeito da zidovudina. Para que isso não ocorra, deve-se intercalar as doses da claritromicina e da zidovudina. Esta interação não parece ocorrer em crianças. O uso de claritromicina junto com ritonavir não necessita de ajustes em pacientes com função normal dos rins. Entretanto, em pacientes com alteração na função dos rins, a dose de claritromicina deve ser diminuída.
Contraindicações e Precauções
Contraindicado para o tratamento de pacientes com conhecida hipersensibilidade aos antibióticos macrolídeos. Não deve ser usado em crianças menores de 12 anos. A segurança da utilização durante a gravidez ainda não foi estabelecida; assim, esse medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, a não ser que o médico indique. Esse medicamento também não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.
NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.

Informações técnicas.

Características
A claritromicina é antibiótico do grupo dos macrolídeos, obtido pela substituição do grupo hidroxila na posição 6 pelo grupo CH30 no anel lactônico da eritromicina. A claritromicina é a 6-0-metil-eritromicina. Exerce sua ação antibacteriana através de sua ligação às subunidades ribossômicas 50S dos agentes patogênicos sensíveis, suprimindo-lhes a síntese protéica. A claritromicina tem atividade in vitro contra uma grande variedade de organismos Gram-positivos e Gram-negativos aeróbios e anaeróbios: Streptococcus agalactiae, Streptococcus pyogenes, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Neisseria gonorrheae, Listeria monocytogenes, Legionella pneumophila, Pasteurella multocida, Mycoplasma pneumoniae, Helicobacter pylori, Campylobacter jejunii, Chlamydia trachomatis, Chlamydia pneumoniae (TWAR), Branhamella catarrhalis, Bordetella pertussis, Borrelia burgdorferi, Staphylococcus aureus, Propionibacterium acnes, Clostridium perfringens, Peptococcus niger, Bacteroides melaninogenicus. Dados in vitro e in vivo (animais) mostram que a claritromicina tem atividade significativa contra espécies clinicamente importantes de micobactérias como Mycobacterium avium e Mycobacterium leprae, e in vitro contra Mycobacterium kansasii, Mycobacterium chelonae, Mycobacterium fortuitum e Mycobacterium intracellulare. A claritromicina mostrou ser 2 a 10 vezes mais efetiva do que a eritromicina em vários modelos experimentais de infecção em animais, tais como nos abscessos subcutâneos e intraperitoneais e nas infecções do trato respiratório em camundongos. Esses modelos envolviam as seguintes bactérias: S. pneumoniae, S. aureus, S. pyogenes e H. influenzae. Em cobaias com infecção por Legionella uma dose intraperitoneal de 1,6 mg/kg/dia de claritromicina foi mais efetiva do que 50 mg/kg/dia de eritromicina.
Farmacocinética: a claritromicina é rapidamente absorvida após a administração por via oral. A ingestão de alimentos, pouco antes da tomada da claritromicina, por via oral, pode atrasar ligeiramente o início da absorção dessa medicação; no entanto, não prejudica a sua biodisponibilidade nem suas concentrações no organismo. Estudos in vitro mostram que a claritromicina se liga às proteínas em plasma humano, em média 70% na concentração de 0,45 mcg/ml. Em adultos normais em jejum, o pico da concentração sérica foi atingido em 2 horas. Com a administração oral de uma dose de 250 mg de claritromicina, duas vezes ao dia, os níveis circulantes da droga microbiologicamente ativa foram alcançados em 2 a 3 dias e foram aproximadamente de 1 mcg/ml. O pico da concentração sérica foi de 2 a 3 mcg/ml com doses de 500 mg administradas a cada 12 horas. Ensaios microbiológicos indicam a presença de um metabólito ativo (14-hidroxiclaritromicina). Estudos de distribuição tecidual demonstraram que os níveis de claritromicina em todos os tecidos, exceto no sistema nervoso central, foram muitas vezes maiores do que os níveis séricos da medicação. As mais altas concentrações teciduais da claritromicina foram usualmente encontradas no fígado e no pulmão, onde a relação tecido/plasma (T/P) alcança valores iguais a 10-20. Quando a administração é em doses de 500 mg a cada 12 horas, a meia-vida da claritromicina é de 4,5-4,8 horas e a do seu metabólito 14-OH é de 6,9-8,7 horas. A concentração de 14-hidroxiclaritromicina não aumenta proporcionalmente com a dose de claritromicina, e aparentemente a meia-vida das duas drogas tendem a ser mais longas com doses maiores. Esse comportamento farmacocinético não-linear da claritromicina, associado com todo decréscimo na formação dos produtos 14-hidroxilados e N-dimetilados com doses maiores, indicam que o metabolismo da claritromicina aproxima-se da saturação com altas doses. A claritromicina é metabolizada principalmente pelo fígado. Após uma dose de 500 mg, a cada 12 horas, a excreção da droga não-modificada é de aproximadamente 30%. A depuração renal da claritromicina é entretanto, relativamente independente do tamanho da dose e aproxima-se do índice de filtração glomerular normal. O maior metabólito encontrado na urina é a 14-hidroxiclaritromicina, a qual responde por um acréscimo de 10% a 15%, para doses de 500 mg, administradas a cada 12 horas. Por razões éticas, não foram realizados estudos específicos de farmacocinética em crianças. Os dados de Fase I são derivados de estudos em adultos, com comprimidos e suspensão, incluindo estudos de bioequivalência.
Toxicologia (toxicidade aguda, subcrônica e crônica): estudos foram realizados em camundongos, ratos, cães e/ou macacos, com a administração oral de claritromicina, desde uma única dose oral até a administração oral diária por 6 meses consecutivos.
Nenhum sinal de toxicidade foi observado, com doses muito superiores àquelas proporcionalmente terapêuticas em humanos. Os sinais clínicos com o emprego de doses tóxicas incluem vômitos, fraqueza, consumo de alimentos e ganho de peso diminuídos, salivação, desidratação e hiperatividade. Fezes amareladas foram eliminadas em algumas ocasiões por alguns macacos que receberam uma dose de 400 mg/kg/dia durante 28 dias. Nesses estudos com doses tóxicas em animais, o fígado foi o órgão-alvo primário. O desenvolvimento de hepatotoxicidade em todas as espécies foi detectado pela precoce elevação das concentrações séricas de fosfatase alcalina, aspartato e alanina transaminases, gama-glutamil-transferase e/ou desidrogenase lática. A descontinuação do uso da medicação geralmente resulta no retorno desses parâmetros específicos aos valores normais. O estômago, o timo e outros tecidos linfoides e os rins foram menos afetados em diversos estudos com doses tóxicas. Edema conjuntival, lacrimejamento, seguindo-se a posologias próximas às terapêuticas, ocorreram em cães. Utilizando-se uma posologia de 400 mg/kg/dia, alguns cães e macacos desenvolveram opacidade corneal e/ou edema.
As soluções de lactobionato de claritromicina injetável foram avaliadas para irritação na veia periférica da orelha de coelhos. Esse estudo demonstrou que administração de dose única em altas concentrações (7,5 mg a 30 mg/ml) apresentou irritação moderada. Ocorreu irritação severa na veia, no estudo de um mês em ratos e macacos, nas dosagens de 160 mg/kg e 40 mg/kg, respectivamente.

Indicações.

Indicado para o tratamento de infecções de vias aéreas superiores e inferiores, e de infecções de pele e tecidos moles, por todos os microrganismos sensíveis à claritromicina; infecções disseminadas ou localizadas produzidas por micobactérias e para prevenção de infecção por MAC (Mycobacterium avium complex) em pacientes infectados pelo HIV com contagem de linfócitos CD4 menor ou igual a 100/mm3.

Contraindicações.

A claritromicina é contraindicada para o tratamento de pacientes com conhecida hipersensibilidade aos antibióticos macrolídeos. A administração concomitante de claritromicina com cisaprida, pimozida e terfenadina está contraindicada.

Advertências e precauções.

A claritromicina é excretada principalmente pelo fígado e rins, devendo ser administrada com cautela a pacientes com função hepática alterada. Deve ser também administrada com precaução a pacientes com comprometimento moderado a severo da função renal. Deve-se considerar a possibilidade de resistência bacteriana cruzada entre a claritromicina e os outros macrolídeos, como a lincomicina e a clindamicina. Colite pseudomembranosa foi descrita para quase todos os agentes antibacterianos, incluindo macrolídeos, podendo sua severidade variar de leve a risco de vida.
Uso na gravidez: a segurança do uso da claritromicina durante a gravidez não foi ainda estabelecida. Estudos de teratogênese em animais, com doses 70 vezes superiores às terapêuticas para uso humano, mostraram aumento da incidência de anormalidades fetais. Os benefícios e os riscos da utilização de claritromicina na mulher grávida devem ser ponderados pelo médico prescritor, principalmente durante os três primeiros meses da gravidez. Foram realizados estudos para avaliar o potencial mutagênico de claritromicina, através de sistemas de testes com microssomas hepáticos de ratos ativados e não-ativados (Ames Test). Resultados desses estudos não evidenciaram potencial mutagênico para concentrações iguais ou menores a 25 mcg de claritromicina, por placas de Petri. Numa concentração de 50 mcg, a droga foi tóxica para todas as cepas testadas.
Uso na amamentação: a segurança do uso da claritromicina durante o aleitamento materno ainda não está estabelecida. A claritromicina é excretada pelo leite materno. Uso em crianças e lactentes: não se recomenda o uso de claritromicina em crianças com idade inferior a 12 anos. A segurança e a eficácia da claritromicina em crianças com idade inferior a 6 meses não foram determinadas.

Interações medicamentosas.

Resultados de estudos clínicos revelaram que existe um aumento ligeiro, mas estatisticamente significativo (p < 0,05), nos níveis circulantes de teofilina ou de carbamazepina, quando alguma destas medicações é administrada concomitantemente com a claritromicina. Como ocorre com outros macrolídeos, o uso de claritromicina pode elevar os níveis séricos de medicações concomitantes, metabolizadas pelo sistema do citocromo P450 (p. ex.: varfarina, alcaloides do ergot, triazolam, lovastatina, disopiramida, fenitoína, midazolam, ciclosporina e rifabutina). Os níveis séricos destas medicações devem ser bem controlados em pacientes que as usam concomitantemente com a claritromicina. A administração simultânea de claritromicina e anticoagulantes orais, pode potencializar o efeito destes. Portanto deve-se controlar adequadamente o tempo de protrombina nesses pacientes. Elevação nas concentrações séricas de digoxina foi relatada em pacientes que receberam concomitantemente claritromicina comprimidos e digoxina. A monitorização dos níveis séricos da digoxina deve ser considerada. Foi descrito que os macrolídeos podem alterar o metabolismo da terfenadina e do astemizol, assim como da cisaprida e da pimozida, resultando em aumento dos níveis séricos destes, o que ocasionalmente pode estar associado com arritmias cardíacas como QT prolongado, taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e Torsades de Pointes. A administração simultânea de comprimidos de claritromicina e zidovudina a pacientes adultos pode resultar em decréscimo do estado de equilíbrio (steadystate) das concentrações de zidovudina. Como aparentemente a claritromicina interfere com a absorção da zidovudina, quando estas medicações são administradas simultaneamente, esta interação pode ser amplamente evitada intercalando-se as doses de ambas as medicações. Esta interação não parece ocorrer em pacientes pediátricos, tratados concomitantemente com claritromicina suspensão e zidovudina ou dideoxiinosina. Um estudo farmacocinético demonstrou que a administração concomitante de 200 mg de ritonavir a cada 8 horas e 500 mg de claritromicina a cada 12 horas resultou em importante inibição do metabolismo da claritromicina. A Cmáx da claritromicina aumentou 31%, a Cmin aumentou 182% e a AUC aumentou 77% com a administração concomitante de ritonavir. Foi observada uma completa inibição da formação do metabólito 14-hidroxiclaritromicina. Devido à grande janela terapêutica da claritromicina, não é necessária nenhuma redução de dose em pacientes com função renal normal. Entretanto, em pacientes com disfunção renal, os seguintes ajustes deverão ser considerados: para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 60 ml/min, a dose de claritromicina deve ser reduzida em 50%. Para pacientes com depuração de creatinina menor do que 30 ml/min, a dose de claritromicina deverá ser diminuída em 75%. Doses de claritromicina maiores que 1 g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir.
Rabdomiólise coincidente com a coadministração de claritromicina e inibidores da HMG-CoA redutase, lovastatina e sinvastatina, tem sido raramente relatada.

Posologia e modo de usar.

A posologia habitual para adultos é de um comprimido de 250 mg, por via oral, a cada 12 horas. Nas infecções mais graves, a posologia pode ser aumentada para 500 mg, a cada 12 horas. A duração habitual do tratamento é de 6 a 14 dias. Em pacientes adultos, jovens ou idosos, com função renal comprometida, com depuração da creatinina inferior a 30 ml/min, a dose deve ser reduzida à metade (250 mg, uma vez ao dia ou, em infecções graves, 250 mg, duas vezes ao dia). A administração não deve prolongar-se além de 14 dias nesses pacientes.
Tratamento de MAC: em pacientes adultos com infecções disseminadas ou localizadas por micobactérias, a dose recomendada para tratamento é de 500 mg, duas vezes ao dia. Se não for observada resposta clínica ou bacteriológica em 3 a 4 semanas, a dose pode ser aumentada para 1.000 mg, duas vezes ao dia. O tratamento com claritromicina deve continuar pelo tempo em que for demonstrado benefício clínico. A adição de outras medicações contra micobactérias pode ser benéfica.
Profilaxia de MAC: a dosagem recomendada para profilaxia de MAC (Mycobacterium avium complex) em pacientes adultos é de 500 mg duas vezes ao dia.
Erradicação de H. pylori: para erradicação do Helicobacter pylori, a posologia recomendada é de 500 mg, duas vezes ao dia em associação com lansoprazol 30 mg duas vezes ao dia e amoxicilina 1.000 mg, duas vezes ao dia por 7 a 10 dias.

Reações adversas.

As reações adversas relacionadas com o uso da claritromicina mais frequentemente relatadas foram algumas perturbações gastrintestinais, como náusea, dispepsia, dor abdominal, vômito e diarreia. Outras reações adversas foram: cefaleia, paladar alterado e elevação transitória de enzimas hepáticas. Como ocorre com outros macrolídeos, disfunção hepática, incluindo aumento de enzimas hepáticas, hepatite colestática e/ou hepatocelular, com ou sem icterícia, tem sido infrequentemente relatada com claritromicina. Esta disfunção hepática pode ser severa, sendo usualmente reversível. Em situações muito raras, insuficiência hepática com desenlace fatal foi relatada e geralmente estava associada com doenças subjacentes severas e/ou medicações concomitantes. Casos isolados de creatinina sérica aumentada foram registrados, não tendo sido estabelecida nenhuma associação. Há relatos de colite pseudomembranosa associada ao uso da claritromicina. Raramente, a eritromicina, outro macrolídeo do grupo da claritromicina, foi associada com arritmias ventriculares, incluindo taquicardia ventricular e Torsades de Pointes, em indivíduos com prolongamento de intervalos QT. Como com outros macrolídeos, prolongamento de intervalos QT, taquicardia ventricular e Torsades de Pointes foram raramente relatadas com claritromicina. Glossite, estomatite, monilíase oral e descoloração da língua foram relatadas na terapêutica com claritromicina. Foi descrita descoloração dos dentes, geralmente reversível com limpeza profissional. Reações alérgicas, desde urticária e erupções cutâneas leves, até anafilaxia e síndrome de Stevens-Johnson, foram relatadas. Houve relatos de efeitos transitórios sobre o SNC, incluindo tontura, vertigens, ansiedade, insônia, pesadelos, zumbidos, confusão, desorientação, alucinação, psicose e despersonalização; entretanto, não foi estabelecida uma relação de causa/efeito. Foi relatada perda auditiva com a claritromicina, geralmente reversível com a retirada da medicação. Foram descritas alterações do olfato, usualmente em conjunto com alterações do paladar. Foram descritos raros casos de hipoglicemia, alguns dos quais ocorreram em pacientes fazendo uso concomitante de agentes hipoglicemiantes orais ou insulina. Foram reportados raros casos de leucopenia e trombocitopenia. Alterações laboratoriais, como elevação no tempo de protrombina, ureia e creatinina, podem ocorrer.

Superdose.

Alguns relatos indicam que a ingestão de grandes quantidades de claritromicina pode produzir sintomas gastrintestinais. A superdose deve ser tratada com a imediata eliminação do produto não-absorvido e com medidas de suporte. A conduta preferível para eliminação é a lavagem gástrica, o mais precocemente possível. Da mesma forma que com outros macrolídeos, não há evidências de que a claritromicina possa ser eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal.

Pacientes idosos.

Não há restrições para uso em idosos, desde que tenham função renal normal. Em idosos com prejuízo da função renal, a dose deve ser reduzida à metade (vide orientação específica em Posologia).

Dizeres legais.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
M.S. 1.0089.0293

Princípios Ativos de Claritromicina Merck

Laboratório que produce Claritromicina Merck