Pseudoefedrina

Ações terapêuticas.

Descongestionante sistêmico.

Propriedades.

A pseudoefedrina atua sobre os receptores alfa-adrenérgicos da mucosa do trato respiratório e produz vasoconstrição. Contrai as membranas mucosas nasais inflamadas, reduz a hiperemia tissular, o edema e a congestão nasal, e aumenta a permeabilidade das vias respiratórias nasais. Pode aumentar a drenagem das secreções dos seios e abrir os condutos obstruídos das tubas. Metaboliza-se de forma incompleta no fígado. O início da ação aparece entre 15 e 30 minutos e é eliminada por via renal; a velocidade de excreção aumenta em urina ácida.

Indicações.

Congestão nasal, dos seios e das tubas.

Posologia.

Adultos: 120 mg a cada 8 ou 12 horas; dose máxima: 240 mg/dia. Crianças de 6 a 12 anos: 60 mg a cada 8 horas ou 12 horas; crianças maiores de 12 anos-dose de adultos: 60 mg, 3 a 4 vezes/dia; crianças: 4 mg/kg ou 125 mg/m2 em 4 ingestões; lactentes de até 4 meses: 15 mg, 3 ou 4 vezes/dia; crianças de 4 meses a 7 anos: 30 mg, 3 ou 4 vezes/dia; crianças maiores de 7 anos: dose para adultos.

Reações adversas.

Sinais de superdosagem: convulsões, taquipneia, alucinações, hipertensão, taquicardia ou bradicardia, nervosismo e inquietude. Podem ocorrer micção dolorosa ou difícil, tonturas, cefaleias, náuseas, vômitos ou debilidade.

Precauções.

A medicação deve ser ingerida algumas horas antes de deitar-se, para minimizar a possibilidade de insônia. Os efeitos colaterais adversos aparecem com maior frequência em lactentes, em recém-nascidos e pré-termos. Seu uso não é recomendado durante o período de lactação, pois as aminas simpaticomiméticas implicam um risco maior que o normal para o lactente.

Interações.

A administração de pseudoefedrina entre, ou pouco depois, da anestesia com clorofórmio, ciclopropano ou halotano pode aumentar o risco de arritmias ventriculares graves, principalmente com uma cardiopatia preexistente. Os efeitos da medicação anti-hipertensiva podem ser menores com a pseudoefedrina. Esta última também pode inibir o efeito dos bloqueadores beta-adrenérgicos. Pode resultar em estimulação aditiva sobre o SNC ao ser administrada com medicamentos estimulantes deste. O uso de glicosídeos digitálicos ou levodopa pode aumentar o risco de arritmias cardíacas. Os IMAO podem prolongar e intensificar os efeitos vasopressores e estimulantes cardíacos da pseudoefedrina. Os efeitos antianginosos dos nitratos podem ser reduzidos. Os hormônios tireóideos podem aumentar os efeitos da pseudoefedrina.

Contraindicações.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença de cardiopatia isquêmica, hipertensão leve a moderada, diabetes mellitus, glaucoma, hipertireoidismo e hipertrofia prostática.